Veja a íntegra da defesa de Mauro Cid em julgamento no STF

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A defesa do tenente-coronel Mauro Cid pediu nesta terça-feira, 25, durante sustentação oral no julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que a Corte rejeite a denúncia contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o advogado Mauro Cezar Bitencourt, Cid atuou com "dignidade" e "grandeza" sendo apenas o delator no processo. O STF analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode tornar Cid, Bolsonaro e outros seis acusados réus por tentativa de golpe de Estado.

O advogado afirmou que Cid prestou informações relevantes e cumpriu sua missão ao contribuir para o esclarecimento dos fatos. Segundo a defesa, ele não teve papel central nos crimes investigados e sua conduta foi importante para o avanço das apurações.

"Nós estamos com uma missão relativamente simples porque o Cid é o delator, é ele quem desencadeou o andamento dessas questões. Então, nós não temos muita coisa para falar, a respeito do Cid, apenas destacar a sua dignidade, a sua grandeza, a sua participação nos fatos como testemunha, como intermediário, e, neste caso, como delator", disse o advogado de Cid.

Veja a íntegra da defesa de Mauro Cid:

Excelentíssimo Senhor Presidente deste Tribunal, ministro Cristiano Zanin, faço aqui uma homenagem desta defesa, com o prazer e a satisfação de estar perante Vossa Excelência. À nossa decana, ministra Cármen Lúcia, a nossa respeitável homenagem. É um prazer e uma satisfação, mais uma vez, estar aqui. Ao digníssimo e eminente relator, cumprimento pelo excelente trabalho de Vossa Excelência. É uma satisfação, igualmente, estarmos em sua presença. Ao ministro Luiz Fux, as homenagens de sempre, com prazer e satisfação em revê-lo. Ao eminente ministro Flávio Dino, as nossas homenagens, o nosso reconhecimento e nossa admiração a todos Vossas Excelências. Cumprimentar o eminente procurador-geral, respeitosamente, e cumprir a sua missão.

Nós estamos com uma missão relativamente simples porque o Cid é o delator, é ele quem desencadeou o andamento dessas questões. Então, nós não temos muita coisa para falar, a respeito do Cid, apenas destacar a sua dignidade, a sua grandeza, a sua participação nos fatos como testemunha, como intermediário e, neste caso, como delator.

As circunstâncias o colocaram nessa situação. E como assessor que foi do presidente, ele tinha conhecimento dos fatos, ele tinha conhecimento dos aspectos que se desencadearam. E desta forma, o relator Cid se desincumbiu e buscou fazer a sua missão. Nós não temos mais argumentos, não temos a necessidade de trazer outros fatos, outros argumentos, apenas destacando que o Cid é o colaborador, que ele apenas serviu à Justiça e trouxe sua contribuição, a sua parcela de contribuição para orientar e informar. Simplesmente isso.

E nós fazemos uma singela sustentação, destacando a responsabilidade de Mauro Cid dentro desses fatos, dentro das circunstâncias em que se viu envolvido e tinha que se desincumbir. Nessa circunstância, como delator, ele está realmente protegido. Nós não temos a necessidade de estender a sustentação. Ele cumpriu seu dever e tem o direito de receber o que merece e que já está sendo concedido.

Dessa forma, nós sustentamos rapidamente, dizendo que esperamos a absolvição dele ou, no caso, até a recusa do recebimento da denúncia que está sendo iniciada. A absolvição será mais adiante. E dessa forma, nós não ocuparemos mais espaço, não ocuparemos mais tempo. Apenas pedimos, Excelências, que seja reconsiderado o recebimento da denúncia em relação a Mauro Cid, que prestou sua informação, cumpriu com sua missão e com seu dever.

Então dessa forma, sem querer ocupar mais espaço de tempo, nós pedimos que seja recusada, que seja não recebida a denúncia em relação a Mauro Cid, pela circunstância de colaborador. Muito obrigado, Excelências.

*Este conteúdo foi transcrito com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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O presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 25, para alterar normas eleitorais dos Estados Unidos, exigindo que as pessoas forneçam documentos comprovando que são cidadãos quando se registrarem para votar. O texto do decreto cita o exemplo do Brasil e da Índia como países que impõem proteções eleitorais.

"Apesar do autogoverno pioneiro, os Estados Unidos agora falham em impor proteções eleitorais básicas e necessárias empregadas por nações modernas e desenvolvidas, bem como por aquelas ainda em desenvolvimento. Índia e Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração para cidadania", diz o decreto executivo assinado por Trump.

A ordem pede que a Comissão de Assistência Eleitoral exija que as pessoas apresentem prova de cidadania americana emitida pelo governo para se registrarem para votar, e orienta autoridades estaduais ou locais a registrar e verificar as informações. Sob essa ordem, os eleitores poderiam usar passaportes ou documentos de identidade para provar cidadania, mas não certidões de nascimento.

Ao The Washington Post, Wendy Weiser, vice-presidente de democracia do Brennan Center for Justice da New York University, disse que, se colocada em prática, a medida privaria milhões de pessoas que não têm acesso tão fácil a documentos que comprovem sua cidadania. O especialista argumentou que o decreto é ilegal, já que o presidente americano não teria poder para anular um estatuto aprovado pelo Congresso.

A mudança parece ter como alvo imigrantes ilegais, amplificando as queixas inverídicas de longa data de Trump sobre a integridade eleitoral. Nas eleições passadas, ele declarou, de forma falsa, que votos ilegais contribuíram para sua derrota na eleição de 2020 e no voto popular em 2016.

A ordem também tenta impedir que Estados contem cédulas de correio que os oficiais eleitorais recebem após o Dia da Eleição. No ano passado, 18 Estados permitiram que cédulas de correio que chegaram após o Dia da Eleição fossem contadas, desde que tivessem carimbo postal do Dia da Eleição.

Essa é uma prática comum em Estados que exigem que as cédulas de correio sejam postadas apenas no Dia da Eleição. Mas mesmo nas semanas após sua vitória decisiva em novembro, Trump continuou reclamando que as cédulas ainda estavam sendo contadas.

A ordem ameaça retirar o financiamento federal dos Estados que não cumprirem.

"Eleições livres, justas e honestas, sem fraudes, erros ou suspeitas, são fundamentais para manter nossa República constitucional", declarou a ordem. "O direito dos cidadãos americanos de terem seus votos devidamente contados e tabulados, sem diluição ilegal, é vital para determinar o vencedor legítimo de uma eleição."

Na assinatura, Trump - que ainda afirma falsamente que venceu a eleição de 2020 - observou que alguns podem não entender por que ele estava reclamando, já que ele venceu "de forma esmagadora" no ano passado.

"Há outros passos que tomaremos como próximos nas próximas semanas, e achamos que conseguiremos acabar tendo eleições justas", disse Trump na assinatura. "Este país está tão doente por causa da eleição, das eleições falsas e das eleições ruins, e vamos consertar isso de uma forma ou de outra." (Com agências internacionais)

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem "plena confiança" em sua equipe de segurança nacional, em entrevista para a Fox News, nesta terça-feira. A fala acontece após a criação de um chat de grupo com supostas informações do governo do país que, por engano, incluiu um jornalista.

"Estamos trabalhando duramente para entender como o número de telefone do jornalista entrou no grupo e vamos assegurar que nunca aconteça novamente", disse. "Os democratas querem que as pessoas acreditem que temos uma crise na segurança nacional americana."

Nesta terça-feira, 25, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Waltz, assumiu "completa responsabilidade" pelo erro.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Waltz, assumiu "completa responsabilidade" pelo erro em um chat de grupo em um serviço não governamental americano que, por engano, incluiu um jornalista, em entrevista para a Fox News, nesta terça-feira, 25. "Um erro foi cometido, vamos seguir em frente", afirmou.

Waltz, no entanto, chamou o jornalista de "perdedor" e disse que não haviam mensagens confidenciais no grupo de mensagens. "Não precisamos de distrações, estamos focados em cumprir agenda do presidente Donald Trump e em arrumar a bagunça do ex-presidente Joe Biden", acrescentou.