Moraes vota por receber denúncia da PGR contra Bolsonaro e mais 7 pessoas

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira, 26, por aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tentarem um golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente nega envolvimento com a trama.

Segundo Moraes, há justa causa e indícios de autoria e materialidade suficientes para pôr Bolsonaro e seus aliados no banco dos réus. Na avaliação do relator, as provas produzidas pela Polícia Federal ao longo da investigação da Operação Tempus Veritatis já seriam "suficientes", mas há ainda vários depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, corroborando os achados dos investigadores.

Agora, os demais integrantes da Primeira Turma do STF, colegiado que analisa as imputações contra o ex-presidente e demais acusados, vão apresentar seus pareceres sobre a denúncia. Votam, na seguinte ordem, os ministros: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia, e Cristiano Zanin, presidente da Turma.

Se o STF tornar Bolsonaro réu, terá início o trâmite da ação penal contra o ex-chefe do Executivo. Somente ao final de todo o processo, que inclui uma série de oitivas e diligências - que podem ser requeridas tanto pela acusação quanto pela defesa -, será marcado o julgamento que pode sentenciar Bolsonaro.

A PGR acusa Bolsonaro dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O órgão fatiou as denúncias oferecidas contra os 40 indiciados pela tentativa de golpe de Estado. A acusação que atinge Bolsonaro é a primeira a ser analisada pelo STF.

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Nesta semana, líderes europeus e norte-americanos se reunirão para debater o reforço da defesa continental e o apoio à Ucrânia. A Presidência polonesa do Conselho da União Europeia anunciou que o Conselho Informal de Assuntos Exteriores com ministros da Defesa focará no "rearmamento da Europa e no fortalecimento de sua indústria bélica" diante da atual situação de segurança.

O encontro, liderado pela vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, e pelo vice-primeiro-ministro polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, também abordará o "papel da UE em assegurar uma paz justa e duradoura" na guerra ucraniana, além de conflitos no Oriente Médio. O evento ocorrerá em Varsóvia entre quarta e quinta-feira.

Paralelamente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, participará da Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, informou o Departamento de Estado americano. O evento ocorre quinta e sexta-feira.

Segundo o Departamento de Estado, Rubio discutirá "prioridades de segurança para a aliança, incluindo o aumento do investimento em defesa dos aliados e a busca por uma paz duradoura na Ucrânia".

O representante americano também abordará a "ameaça compartilhada da China" em sessão com parceiros do Indo-Pacífico e os preparativos para a Cúpula de Haia.