Governo Lula tem avaliação negativa de 49,6%, segundo pesquisa AtlasIntel

Política
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A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diminuiu pela primeira vez desde novembro do ano passado. O dado é da pesquisa AtlasIntel em conjunto com a Bloomberg, divulgada nesta terça-feira, 1º.

De acordo com o levantamento, 49,6% consideram o governo Lula ruim ou péssimo. 37,4% consideram ótimo ou bom e 12,5% acham regular. 0,5% não sabem. Em fevereiro, 50,8% classificavam o governo como ruim ou péssimo.

Contudo, de fevereiro para março, o índice de aprovação do desempenho do presidente Lula, que era de 45,7%, foi para 44,9%. O de desaprovação, que era de 53%, foi para 53,6%. As duas variações estão dentro da margem de erro.

A pesquisa foi feita com 4.659 brasileiros, por meio de questionário respondido pela internet entre os dias 20 e 24 de março. A margem de erro é de um ponto porcentual e a taxa de confiança de 95%.

Entre as áreas em que o governo federal é pior avaliado estão responsabilidade fiscal e controle de gastos; indústria, energia e sistema elétrico; e impostos e carga fiscal.

A pesquisa também simulou alguns cenários eleitorais. Quando perguntados em quem votariam se as eleições presidenciais fossem acontecer no próximo domingo e se os candidatos fossem os mesmos de 2022, a situação de polarização se repete: 45,6% votariam no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível por conta de duas decisões do TSE, e 40,6% no presidente Lula.

Quando o cenário apresentado pela pesquisa incluiu Lula, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB), Ronaldo Caiado (União), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), Romeu Zema (Novo) e Marina Silva (Rede), Lula e Tarcísio ficam entre os melhores colocados.

Lula: 41,7%

Tarcísio: 33,9%

Pablo Marçal: 5,4%

Ronaldo Caiado: 3,8%

Eduardo Leite: 3,6%

Simone Tebet: 3,3%

Romeu Zema: 1,6%

Marina Silva: 0,5%

Não sei/branco/nulo: 6,2%

O instituto também fez algumas simulações e segundo turno. Há empates técnicos entre Tarcísio de Freitas (47%) e Lula (46%) e entre Jair Bolsonaro (48%) e Lula (46%). Na disputa entre Pablo Marçal e Lula, o ex-coach, hoje também inelegível, venceria hoje por 51% a 46%. Entre Lula e Ronaldo Caiado, que também tem decisão da Justiça Eleitoral proibindo-o e concorrer, o atual presidente venceria por 47% a 37%. O petista também venceria Eduardo Leite, por 46% a 36% e Romeu Zema (44% a 25%).

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O CEO da Tesla, Elon Musk, chamou de "fake news" a informação de que deve se afastar, já nas próximas semanas, de suas funções à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), como informou o Politico.

Musk compartilhou em seu perfil no X a publicação da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que já havia negado que o presidente Donald Trump tenha reforçado a seus aliados que o bilionário deixaria o cargo público em breve.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha reforçado a aliados que Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), deve se afastar nas próximas semanas, como publicado mais cedo pelo Politico. "Trump já disse publicamente que Elon deixará o serviço público depois de terminar seu incrível trabalho no Doge", escreveu Leavitt no X.

Mais cedo, uma pesquisa apontou que 58% dos entrevistados desaprovam a gestão de Musk à frente do Doge, enquanto 41% a aprovam - a menor taxa registrada desde o início do novo mandato de Trump.

O próprio Musk já havia afirmado que suas empresas estavam "sofrendo" por sua presença no governo, referindo-se aos ataques contra a Tesla e à queda das ações da companhia. O bilionário também mencionou que esperava concluir os cortes no Doge até o fim de maio.

O governo de unidade da África do Sul corre o risco de entrar em colapso, após o segundo maior partido político do país, a Aliança Democrática (DA), romper com parceiros como o partido Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) e votar contra o orçamento nacional, nesta quarta-feira, 2. A justificativa foi a impossibilidade de apoiar um aumento de impostos que sobrecarregaria ainda mais a maioria pobre da população do país.

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O líder do partido rival de esquerda Economic Freedom Fighters (EFF), Julius Malema, comemorou o atrito. "Estamos felizes por termos conseguido quebrar esse chamado governo de unidade nacional. O que está unindo vocês se vocês não conseguem concordar com algo como um orçamento nacional?", disse.

O ministro das Finanças sul-africano, Enoch Godongwana, levantou dúvidas sobre a capacidade do DA de permanecer no governo. "Não acho que você pode votar contra um orçamento, e amanhã você quer crescer e fazer parte de sua implementação. Não pode ser", defendeu. Fonte: Associated Press.