Ao lado de Lula, Haddad dá depoimento sobre inspirações que o levaram a entrar na política

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou a economia de lado durante passagem pela fábrica da Nissan e deu um depoimento pessoal sobre as inspirações que o levaram a entrar na política. Entre elas, citou a transformação social e a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições presidenciais vencidas em 1989 por Fernando Collor.

"Gostava de política, mas tinha muita dúvida se ia ocupar um cargo, se eu iria participar de um governo. Mas duas coisas me motivaram. A primeira delas foi o aparecimento do Lula, da figura do Lula, que me motivou a pensar diferente a política", disse o ministro da Fazenda em discurso na cerimônia que marcou o início da produção de um novo modelo pela Nissan.

"Em 1989, morava fora do Brasil, morava no Canadá. E não acreditei quando recebi a notícia pela TV de que o Lula tinha passado para o segundo turno", lembrou Haddad, ao lado do presidente da República.

Ele afirmou que, na época, arrumou as malas para votar no Brasil.

Referindo-se ao discurso feito um pouco antes por uma funcionária da montadora, Haddad disse que o segunda razão que o levou para a vida pública foi o objetivo de transformar a realidade social. "É uma mulher negra, filha de um homem solteiro, que 20 ou 30 anos atrás não tinha nenhuma oportunidade de estudar, de trabalhar numa multinacional, de poder se desenvolver, de poder sonhar."

"São depoimentos como o dela que nos fazem permanecer na vida pública e acreditar que é possível ter um país mais justo", reforçou Haddad, antes de encerrar o discurso parabenizando a Nissan pelos investimentos no Brasil.

*O repórter viajou a convite da Nissan

Em outra categoria

Em seu primeiro pronunciamento público após deixar a Casa Branca, o ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden defendeu a Seguridade Social do país, destacando que fortaleceu a rede de assistência aos americanos durante a sua administração e que o sistema tem de ser protegido.

"Segurança social é uma promessa sagrada para os americanos", disse Biden em sua participação na Conferência de Defensores, Conselheiros e Representantes de Pessoas com Deficiência 2025, realizada nesta terça-feira em Chicago.

Biden iniciou seus comentários abordando seus primeiros anos na política e sua história familiar. "Meu pai tinha uma expressão. Ele dizia: 'Joey, um emprego é muito mais do que um salário. É sobre sua dignidade. É sobre respeito'", disse Biden.

O ex-presidente enalteceu os esforços de seu governo para reduzir a fraude na Previdência Social e zombou das alegações do governo Trump - incluindo as do czar da redução de custos do presidente Trump, Elon Musk - de que dezenas de inacreditavelmente idosos estão recebendo pagamentos.

"A propósito, quero conhecê-los, aqueles caras de 300 anos que recebem essa Previdência Social", disse Biden. "Que coisa incrível, cara. Estou em busca da longevidade."

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 15, que, segundo ele, reduziria os preços dos medicamentos prescritos para muitos americanos, inclusive para os usuários do Medicare.

A ordem ressuscitou algumas políticas de seu primeiro governo, como a obrigatoriedade de os centros de saúde comunitários fornecerem insulina e epinefrina injetável com desconto para pacientes sem seguro e alguns pacientes de baixa renda. O governo de Joe Biden rescindiu essa regra em 2021, dizendo que ela seria excessivamente onerosa para os centros de saúde.

Assim, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos deve trabalhar com o Congresso para reconsiderar a forma como negocia determinados preços de medicamentos do Medicare com as empresas farmacêuticas.

Trump também assinou um memorando presidencial para expandir o programa de acusação de fraudes da Administração da Previdência Social e outras ações destinadas a interromper os pagamentos a pessoas que não têm direito aos benefícios.

A China anunciou nesta terça-feira, 15, que está investigando três supostos agentes dos EUA, acusados de realizar ciberataques contra a infraestrutura chinesa durante os Jogos Asiáticos, realizados em fevereiro na cidade de Harbin.

Em um comunicado, a polícia de Harbin, na China, identificou os suspeitos como Katheryn A. Wilson, Robert J. Snelling e Stephen W. Johnson, e afirmou que eles atuaram por meio da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). A polícia não revelou como obteve os nomes nem a localização atual dos envolvidos.

Os ataques alegadamente visaram os sistemas responsáveis pela gestão dos Jogos, como registro, inscrição nas competições e organização de viagens, todos os quais armazenavam "grandes quantidades de dados pessoais sensíveis de indivíduos associados aos Jogos", conforme informou a polícia.

Os ataques prosseguiram durante o evento com a tentativa de "interromper e prejudicar suas operações normais", segundo a agência estatal de notícias Xinhua. O relatório também afirmou que os ciberataques da NSA tiveram como alvo infraestruturas críticas da província de Heilongjiang, que inclui Harbin, como energia, transporte, recursos hídricos, telecomunicações e instituições de pesquisa em defesa. A Xinhua também mencionou que os hackers atacaram a empresa de tecnologia chinesa Huawei.

Além disso, o relatório indicou que a NSA "transmitiu pacotes de dados criptografados desconhecidos para dispositivos específicos com sistemas operacionais Microsoft Windows dentro da província".