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Kassab diz poder abrir mão de candidatura do PSD à Presidência caso Tarcísio entre na disputa

Política
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O presidente do PSD, Gilberto Kassab, cogita abrir mão da candidatura do partido à Presidência da República para apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele decida participar dessa mesma disputa, em 2026.

"Tarcísio tem dito que não é candidato. E o que eu sinto no partido, próprio Ratinho (Júnior), todos, que o Tarcísio saindo, essa questão tem que ser discutida", afirmou Kassab.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), até o momento, teria o favoritismo para ser o pré-candidato à Presidência pelo PSD. "Hoje nós temos o Ratinho se apresentando como pré-candidato e tenho dito que se o partido tiver candidato ele será bem recebido", disse.

Kassab esteve em Brasília nesta quarta-feira, 23, em um evento promovido pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) e pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSD-SP), para estreitar a relação entre lideranças municipais em São Paulo com a base do PSD no Congresso Nacional.

É um gesto apontado entre integrantes do PSD de que Kassab - atual secretário da Casa Civil de Tarcísio - pode pleitear o governo do Estado caso o atual gestor decida disputar o Palácio do Planalto. Durante o evento, alguns correligionários e aliados regionais já chamavam Kassab de "governador".

Ainda pensando em 2026, Kassab admite que deseja filiar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). "É um sonho antigo, mas é um governador de Estado e posso dizer a vocês que caso ele se defina por sair do PSDB, vamos nos esforçar muito para que ele seja um filiado nosso", disse.

Como mostrou a Coluna do Estadão, Leite cogita migrar para o PSD, enquanto os presidentes do PSDB, Marconi Perillo, e do Podemos, Renata Abreu, tentam evitar essa movimentação. PSDB e Podemos devem anunciar uma fusão partidária até o final do mês.

Kassab diz que o PSD dá "governabilidade" ao presidente Luiz Inácio Lula Silva enquanto, ao mesmo tempo, a bancada no Congresso tem "independência" - como no caso do apoio ao projeto de lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro.

Entre as siglas do Centrão, o PSD foi um dos que menos deram assinaturas ao requerimento de urgência do projeto de lei (procedimento que acelera a tramitação de uma proposta legislativa) da anistia, mas mais da metade (foram 23 dos 44) apoiaram a matéria.

O PSD tem atualmente três ministérios (Agricultura, Minas e Energia e Pesca) e pleiteia mais espaço no governo Lula. A sigla deseja uma pasta com mais orçamento à disposição do que a Pesca.

"Pela possibilidade de contribuir mais com o governo, nós gostaríamos, caso o governo assim entendesse, de trocar a pasta da Pesca", afirmou o líder do PSD na Câmara, Antônio Brito (BA).

Esse assunto deverá entrar em discussão na noite desta quarta-feira, quando Lula se reunirá com líderes partidários em um jantar.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.