Bolsonaro segue sem movimentos intestinais há duas semanas e permanece na UTI

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua sem movimentos intestinais e sem poder se alimentar pela via oral ou por sonda, e continua o tratamento para as alterações no fígado que surgiram em exames realizados durante a semana, informa o boletim médico deste sábado, 26. O registro do hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro está internado, acrescenta que ele deve permanecer sob acompanhamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por tempo indeterminado.

Por enquanto, Bolsonaro segue se alimentando exclusivamente por injeção na veia e há restrição para receber visitas.

Segundo os médicos, o ex-chefe do Executivo tem quadro clinicamente estável, sem febre ou alterações da pressão arterial. Enquanto internado, ele continua realizando a fisioterapia motora, com medidas de prevenção de trombose venosa.

O ex-presidente está sob acompanhamento há duas semanas. Ele foi internado no dia 11 de abril e passou por uma laparotomia dois dias depois. A cirurgia visa liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal do paciente e é consequência de complicações após a facada que Bolsonaro tomou em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.

Apesar de as visitas não serem recomendadas, nos últimos dias e em ocasiões diferentes, Bolsonaro recebeu o pastor evangélico Silas Malafaia, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deu entrevista à televisão e até participou de uma live direto da UTI do hospital.

Na quarta-feira, 23, ele foi intimado por uma oficial de Justiça sobre ação do golpe. Como Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo, o tribunal considerou que ele "demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado". Ele reagiu reclamando com a oficial encarregada da tarefa.

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O governo da China isentou de suas tarifas retaliatórias algumas importações dos EUA que o país teria dificuldade em obter imediatamente de outros países para proteger seus interesses nacionais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Entre os produtos, estão alguns semicondutores, equipamentos para fabricação de chips, produtos médicos e peças de aviação.

O esforço chinês envolveu vários órgãos governamentais, com a coordenação supervisionada pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado, o gabinete do país. Segundo uma das fontes, Pequim se absteve de anunciar publicamente suas isenções tarifárias para não revelar suas vulnerabilidades estruturais, deixando espaço para ajustes e negociações futuras.

Dois comerciantes de semicondutores disseram que a alfândega chinesa suspendeu as tarifas sobre oito categorias de chips fabricados nos EUA, incluindo unidades centrais de processamento, a partir de 24 de abril. As autoridades chinesas não removeram as tarifas sobre chips de memória dos EUA. Muitos chips desenvolvidos pela Intel e Texas Instruments estão isentos das tarifas, enquanto alguns produtos americanos da fabricante de chips de memória Micron Technology continuarão sujeitos às tarifas.

Pequim preparou uma lista de importações dos EUA das quais planeja remover as tarifas, disseram algumas das fontes. Os produtos em consideração também incluem alguns produtos químicos industriais, como quartzo e etano, bem como máquinas de litografia, helicópteros e vacinas. As fontes alertaram que a lista pode mudar à medida que as discussões prosseguem.

Já o órgão regulador da aviação da China instruiu algumas companhias aéreas a suspenderem o recebimento de aeronaves e componentes dos EUA. A isenção para peças de aeronaves, como motores, permitirá que o país continue com a manutenção e a fabricação de aeronaves. A China possui uma fabricante nacional de aviões, a Comac, que continua dependente de cadeias de suprimentos estrangeiras. Autoridades chinesas também estão avaliando a isenção de tarifas para companhias aéreas chinesas que alugam jatos dos EUA, disse uma das pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado, 26, que "não há razão" para que o presidente russo, Vladimir Putin, use mísseis contra regiões civis da Ucrânia nos últimos dias. Na sua rede social, a Truth Social, Trump ameaçou lançar novas sanções contra a Rússia.

"Me faz pensar que, talvez, ele não queira parar a guerra, ele esteja apenas me enrolando, e isso tem de ser abordado de forma diferente, por meio de 'sanções secundárias' ou 'bancárias', talvez?", afirmou Trump, no seu perfil. "Muitas pessoas estão morrendo!!!"

Neste sábado, Trump se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pouco antes do funeral do papa Francisco, em Roma. No X, antigo Twitter, Zelenski agradeceu a reunião e repetiu a demanda por um "cessar-fogo total e incondicional."

Na sua publicação, Trump ainda criticou o jornal The New York Times pela cobertura da sua proposta de acordo de paz, que envolve a cessão de territórios ucranianos para a Rússia.

Ele repetiu que a guerra foi culpa do ex-presidente americano Joe Biden, e disse que a Rússia pôde roubar a região da Crimeia da Ucrânia durante o governo Obama.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, concordaram em manter "trabalho intenso" com parceiros internacionais para progredir nos próximos passos de planejamento para "assegurar paz justa e duradoura na Ucrânia". O encontro entre os líderes aconteceu neste sábado, 26, em Roma.

"Os líderes concordaram em conversar novamente na oportunidade mais próxima", afirmou um porta-voz da Downing Street, em nota.

Mais cedo, Zelenski também se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir os esforços por um cessar-fogo com a Rússia.

Ambas as reuniões aconteceram na Basílica de São Pedro, pouco antes do início do funeral do papa Francisco.