Tentativa de golpe: atos foram tantos e tão absurdos que vários acabamos esquecendo, diz Moraes

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira, 9, que, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições 2022, os atos executórios da tentativa de golpe de Estado foram "tantos e tão absurdos que vários nós acabamos esquecendo". O ministro listou então uma série de eventos, a começar pelo recurso do PL contra o resultado do pleito do qual Luiz Inácio Lula da Silva saiu vencedor.

Moraes apontou "ma-fé" do PL em pedir anulação de votos do 2º turno das eleições, indicando que a legenda recebeu uma multa pequena para o que merecia, de apenas 1,5% do valor total das urnas. Ainda de acordo com o ministro, a partir da imposição da multa, o grupo sob julgamento intensificou a discussão sobre medidas de exceção. O ministro citou a tentativa de atentado à bomba no Aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, classificando como um "atentado terrorista, mas não um ato isolado".

"Nós tivemos atos executórios violentíssimos das infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República após o segundo turno. Tivemos ações de monitoramento de autoridades, um absurdo pedido para a verificação extraordinária em que se pedia - se pedia, pasmem - para anular somente os votos de 48% das urnas eletrônicas do 2º turno", apontou.

Em outra categoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ao emir do Catar, o xeque Tamim Bin Hamad Al Thani, na quinta-feira, 18, para expressar solidariedade pelo ataque realizado pelo governo de Israel contra o Catar no último dia 9 de setembro.

Em nota enviada na manhã desta sexta, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) informou que Lula expressou ao emir "preocupação de que a ação comprometa os esforços conduzidos pelo Catar para a libertação dos reféns e defendeu a efetivação do Estado palestino, em paz e segurança ao lado do Estado de Israel, como solução para o conflito".

"O Emir do Catar agradeceu as manifestações do Brasil em repúdio ao ataque e saudou os resultados da Cúpula de Emergência de Países Árabes e Islâmicos convocada em 15 de setembro, que resultou em declaração de apoio ao Catar", disse a Secom.

Lula também aproveitou a ligação para convidar o emir para participar da COP30 em Belém do Pará, em novembro deste ano. Agradeceu, ainda, ao Catar por sediar a primeira Reunião de Líderes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no contexto da Segunda Cúpula de Desenvolvimento Social da Organização das Nações Unidas (ONU) em 3 de novembro.

Um avião que saiu de Paris para Ajaccio, na ilha de Córsega, na França, ficou preso no ar por quase uma hora após um controlador de tráfego aéreo tirar um cochilo durante o trabalho, na noite da última segunda-feira, 15.

Segundo o jornal Corse Matin, o voo da Air Corsica saiu do Aeroporto de Paris-Orly com uma hora de atraso. Ao se aproximar do Aeroporto Napoleão Bonaparte, o piloto tentou entrar em contato com a torre de controle, mas não obteve respostas. Ele percebeu também que as luzes da pista de pouso estavam apagadas.

A aeronave foi obrigada a circular sobre o mar por quase uma hora e a tripulação cogitou desviar o voo para Aeroporto de Bastia, que fica do outro lado da ilha. No entanto, o piloto conseguiu entrar em contato com o Corpo de Bombeiros do aeroporto para pedir ajuda.

As autoridades foram até o local e encontraram o controlador de tráfego aéreo dormindo. O homem foi acordado e o avião da Air Corsica conseguiu pousar sem novos incidentes.

O piloto disse ao Corse Matin que, apesar de ter décadas de experiência, nunca tinha passado por isso. "Fizemos um pequeno passeio turístico", disse. "Em nenhum momento houve pânico, todos permaneceram calmos."

Um especialista ouvido pelo jornal explicou que os controladores de tráfego aéreo operam em sistema de turnos, em duplas. Quando um faz um intervalo, o outro monitora as atividades sozinho.

O controlador envolvido no caso testou negativo para álcool e drogas, mas uma investigação está em andamento.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira (19) mais uma gama de restrições que visam pressionar a Rússia, em guerra contra a Ucrânia, incluindo medidas que afetam energia, o setor bancário e negociações de moedas digitais.

"Queremos que a Rússia deixe o campo de batalha", afirmou a dirigente em discurso transmitido em sua página no X. "Chegou a hora de fechar a torneira", salientou Von der Leyen, citando que as medidas estão alinhadas com parceiros do Grupo dos 7.

"Estamos banindo as importações de gás natural liquefeito da Rússia para os mercados europeus. Estamos preparados para isso", disse. "Quero deixar claro que os europeus ficarão seguros neste inverno", salientou a presidente da comissão, referindo-se aos preparativos feitos pelo bloco com base no REPowerEU, um plano da Comissão Europeia para acabar com a dependência de combustíveis fósseis russos antes de 2030, em resposta à invasão russa da Ucrânia em 2022.

"Estamos intensificando nossa repressão à evasão. À medida que as táticas de evasão se tornam mais sofisticadas, nossas sanções serão adaptadas para nos mantermos à frente", salientou.

"Pela primeira vez, nossas medidas restritivas atingirão plataformas de criptomoedas. E proibirão transações em criptomoedas", disse.

O pacote de sanções também afetará refinarias, comerciantes de petróleo e empresas petroquímicas em países terceiros, incluindo a China, que compram petróleo em violação às sanções. O pacote inclui a proibição de transações de outros bancos na Rússia e em países terceiros, bem como restrições diretas à exportação de itens e tecnologias utilizados no campo de batalha, listando 45 empresas que deram suporte à máquina de guerra russa.

"Apelo agora aos Estados-Membros para que aprovem rapidamente estas novas sanções", disse von der Leyen. "Queremos que a Rússia deixe o campo de batalha e venha para a mesa de negociações."