Ex-ministro de FHC apresenta representação para impugnar filiação de Ciro Gomes ao PSDB

Política
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Ex-secretário-geral de Fernando Henrique Cardoso e histórico desafeto de Ciro Gomes, Eduardo Jorge apresentou proposta de impugnação da filiação do ex-governador do Ceará ao PSDB do Estado.

No documento, Jorge diz que Ciro possui conduta pessoal indecorosa, notória e ostensiva hostilidade à legenda e atitudes desrespeitosas a lideranças partidárias e tem incompatibilidade com os princípios do PSDB.

Jorge relata episódios em que Ciro Gomes questionou a integridade de governos tucanos e teria agido de forma "agressiva" e "desrespeitosa" contra jornalistas.

"O histórico de litígios judiciais contra figuras do PSDB, somado a pronúncias públicas frequentes, compõe um padrão consistente de hostilidade e desrespeito a lideranças do partido", diz Jorge.

Os dois já travaram uma disputa judicial. Em 2000, Ciro chamou Eduardo Jorge de corrupto.

"Não sou besta. Esse Eduardo Jorge é corrupto e trabalhava na ante-sala do presidente. É omissão. Eu sempre defendi que a missão de um político sério é não roubar e não deixar roubar. Aproveitando a minha metodologia: eu acho que o Fernando Henrique não rouba, mas deixa roubar", afirmou Ciro, que estava em campanha para o Palácio do Planalto.

O caso foi parar na Justiça, e Ciro Gomes foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a indenizar o ex-secretário-geral de FHC a pagar R$ 3 mil de indenização.

No texto encaminhado para outros tucanos, Jorge diz que a sua representação "trata-se de fato inadmissível para qualquer tucano que tenha respeito pela historia desse partido e da atuação nefasta do Ciro com relação a nossos lideres históricos - como Fernando Henrique e Jose Serra", afirmou.

Nesse mesmo ano, Ciro Gomes fez ataques ao PSDB e FHC. "O marco de economia que eles (o governo Fernando Henrique Cardoso) implantaram destruiu o País", disse, quando novamente candidato à Presidência da República.

A lista de ataques a FHC é extensa. Ainda durante a campanha à Presidência, em 2001, Ciro chamou o ex-presidente de "ser desprezível"; em 2004, disse que FHC "quebrou o Brasil três vezes".

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Uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, ainda é possível, mas deverá ser "produtiva e um bom uso do tempo" do republicano, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva nesta quinta-feira, 23.

Segundo ela, Trump quer ver "mais ações" russas em busca de alcançar um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, e não apenas "promessas de paz".

"Trump está motivado depois de conseguir o cessar-fogo no Oriente Médio, mas tem ficado cada vez mais frustrado depois de meses sem avanço entre Rússia e Ucrânia", disse, ao afirmar que a ligação entre o secretário de Estado, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, não foi o "único motivo para novas sanções".

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou na quarta-feira, 22, sanções contra duas das maiores empresas petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, com o argumento de que Putin se recusa "a pôr fim" à guerra. O anúncio das sanções ocorreu depois que Trump adiou uma reunião com Putin em Budapeste devido à falta de progresso nas negociações.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt evitou prever quando uma reunião entre ambos os líderes poderia acontecer, afirmando que a agenda de Trump até o fim do ano está repleta de "compromissos importantes".

Sobre as sanções, ela reconheceu que o governo pode aplicar ainda mais restrições contra a Rússia, se necessário. "Mas a decisão cabe a Trump", frisou.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, se encontrará com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, para negociações comerciais na Malásia, confirmou o Departamento do Tesouro, em nota divulgada há pouco. Bessent permanecerá no país e acompanhará o presidente Donald Trump em sua tour por países asiáticos.

Segundo o comunicado, o secretário do Tesouro participará da 47ª cúpula da Associação de Países do Sudeste Asiático (Asean, em inglês), em Kuala Lumpur. Depois, Bessent acompanhará a visita de Estado do presidente Trump ao Japão e participará da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, em inglês) na Coreia do Sul.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 23, que a China está "usando a Venezuela para contrabandear fentanil" para o território americano e prometeu que esse será o primeiro tema de sua conversa com o líder chinês, Xi Jinping. "A primeira pergunta a Xi será sobre fentanil", declarou. O republicano acrescentou que, apesar das tensões, "não queremos elevar tarifas à China. Não seria sustentável para eles", mas reiterou que novas taxas sobre o país asiático entrarão em vigor em 1º de novembro - caso não haja acordo com Xi.

Em evento na Casa Branca, Trump disse acreditar que o próximo encontro entre os dois líderes, marcado para quinta-feira, "vai terminar muito bem", sinalizando disposição para o diálogo, mas mantendo o tom duro em relação ao tráfico de drogas e ao papel de Pequim.

Sobre a Venezuela, o presidente afirmou que os Estados Unidos "não estão nada felizes" com o governo de Nicolás Maduro e que indicou que os americanos farão uma ação terrestre no país sul-americano "em breve". Ele negou, porém, reportagens sobre voos com bombardeiros B1 e caças americanos perto do país, dizendo que "as informações não são precisas".

Trump acrescentou que seu governo pode levar ao Congresso uma proposta voltada ao combate às chamadas "drogas terrestres", mas negou que pedirá uma "declaração de guerra" contra os cartéis. Em outro momento, comentou brevemente a situação de frágil cessar-fogo no Oriente Médio, afirmando que "Israel não fará nada sobre a Cisjordânia".