Deputado do Novo diz ter sofrido 'sapatênisfobia'; deputada afirma que faltou 'interpretação'

Política
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O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) saiu em defesa dos sapatênis durante uma sessão na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 5, em meio a uma discussão com a deputada Duda Salabert (PDT-MG).

Durante o bate-boca, a parlamentar chamou Gilson de representante do "bolsonarismo de sapatênis". A troca de farpas ocorreu durante a votação de um projeto de lei que cria medidas de educação contra desastres climáticos.

O embate começou após o partido Novo defender a retirada do termo "justiça climática" do texto do projeto. Marques argumentou que a proposta colocaria nas mãos do governo, por meio das diretrizes do Ministério da Educação (MEC), o poder de definir o ensino do conceito.

"Isso é só uma deixa, uma desculpa para colocar nas crianças, nas escolas, o que o governo quer. O que ele deseja que isso seja e, no fim das contas, é só colocar mais poder na caneta para ter mais atribuições e tirar mais dinheiro da população, com a justificativa de que está promovendo algo que ninguém sabe o que é: justiça climática", declarou o deputado.

Em resposta, Duda Salabert, autora da proposta, rebateu afirmando que a educação está no centro das gestões e dos problemas climáticos.

"Olha que vergonha, o partido Novo, que é um 'bolsonarismo de sapatênis', quer retirar do texto a justiça climática. Não há justiça social sem justiça climática. Então, nós orientamos, sim, a manutenção do texto e deixamos claro o nosso repúdio a esse partido nanico chamado partido Novo", disse a deputada.

Em seguida, Marques afirmou ter o direito de "usar qualquer calçado que desejar", assim como, segundo ele, a parlamentar tem liberdade para fazer suas escolhas estéticas.

"A deputada que me antecedeu, a Duda, que é do partido do [Carlos] Lupi, escândalo dos roubos dos aposentados, criticou a escolha de alguns membros do Novo que supostamente usam sapatênis. Logo a Duda, que todos conhecem as escolhas estéticas que utiliza. Basta olhar as vestimentas dela para saber o quanto é positivo e o quanto é negativo. Eu quero usar qualquer calçado que eu desejar, assim como ela pode usar qualquer roupa que desejar", afirmou.

Após a sessão, o parlamentar defendeu o calçado nas redes sociais e afirmou ter sido vítima de "sapatênisfobia".

Em nova resposta, Duda Salabert afirmou que a fala foi mal interpretada por Gilson Marques.

"É uma metáfora, todo mundo sabe. Estou querendo dizer que o partido Novo é bolsonarista, só que com uma roupagem diferente, uma embalagem diferente, mais gourmet - um sapatênis. Foi uma ironia. Só que os deputados do partido Novo não entenderam a metáfora, não entenderam o sarcasmo e levaram a frase ao pé da letra, achando que eu estava criticando as pessoas que usam sapatênis", rebateu a deputada.

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"Acabei de realizar uma ótima ligação entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, e o presidente Kassym-Jomart Tokayev, do Casaquistão", escreveu Trump na Truth Social.

"Em breve, anunciaremos uma Cerimônia de Assinatura para oficializar, e há muitos outros países tentando se juntar a este clube de FORÇA. Muito mais está por vir na união de países para Estabilidade e Crescimento - Progresso real, resultados reais. BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES!", acrescentou a postagem.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 7, novas sanções contra integrantes do Hezbollah acusados de usar casas de câmbio libanesas para transferir dezenas de milhões de dólares do Irã para o grupo em 2025. Segundo comunicado, os recursos financiaram forças paramilitares, infraestrutura terrorista e ações contra o governo libanês, em um esquema que mistura financiamento ilícito e comércio legítimo, ameaçando a integridade do sistema financeiro do país. A sanção acontece em paralelo a ataques de Israel ao Líbano.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado