Tarcísio diz que direita pode atrair 'massa de centro' e que deve 'governar com Congresso'

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira, 27, que o projeto da direita em 2026 terá condições de "angariar simpatia da massa de centro" na eleição presidencial de 2026. Segundo ele, as alternativas que o campo oposicionista colocará na disputa têm "rejeição muito menor" do que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja taxa negativa, afirmou, "está cristalizada".

O governador disse esperar uma tentativa dos adversários de colarem no candidato de oposição "algumas bandeiras" associadas ao bolsonarismo, mas avaliou que essa estratégia será "ineficaz" diante do que chamou de "bons quadros" da direita. Tarcísio afirmou que o eleitorado busca "um grande projeto nacional" e que o campo conservador terá condições de apresentá-lo.

"Quando você avalia alternativas, você vai perceber que essas alternativas têm uma rejeição muito menor. O Lula tem uma rejeição muito alta, está cristalizada", disse o chefe do Executivo paulista durante o Annual Meeting realizado pela XP Asset Management. "E eu acredito o seguinte: no final, o projeto de país, esse projeto, vai nos dar a possibilidade de angariar simpatia e adesão daquela massa que fica mais ao centro, que tende ora para cá, ora para lá, sem trazer a rejeição."

Ele também defendeu a centralidade do Congresso em um eventual governo de oposição. Para o governador, será "fundamental" que o próximo presidente governe em parceria com o Legislativo. Tarcísio classificou o Congresso atual como "absolutamente reformista" e lembrou que a Casa aprovou, nos últimos anos, reformas estruturais e medidas pró-mercado.

"Este Congresso que está aí, com alguma renovação, foi o mesmo que aprovou a reforma trabalhista, a reforma tributária, a reforma da Previdência, o marco do saneamento, a Lei do Gás, a autonomia do Banco Central, a Lei das Agências", continuou. "Poucos presidentes, na história recente, tiveram essa habilidade de tornar o Congresso sócio das realizações."

Tarcísio afirmou ainda que a disputa de 2026 será marcada por desinformação. "Vai ter muita fake news. O PT gosta muito de fazer isso", declarou, acrescentando que, apesar disso, considera que a população está "mais vacinada" contra estratégias de desconstrução.

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A Suprema Corte do Peru condenou o ex-presidente Pedro Castillo a 11 anos e meio de prisão por conspiração para cometer rebelião em 2022, quando tentou dissolver o Congresso enquanto os legisladores se preparavam para destituí-lo. Um painel especial da mais alta corte também proibiu Castillo, de 56 anos, de ocupar cargos públicos por dois anos. Ele está sob custódia desde sua prisão, em dezembro de 2022.

Dois dos ex-ministros de Castillo também foram condenados a 11 anos e meio de prisão pelo mesmo crime. Um deles é a ex-primeira-ministra Betssy Chávez, que recebeu asilo do México e permanece dentro da embaixada mexicana em Lima. O governo peruano rompeu relações diplomáticas com o México devido ao asilo concedido a Chávez.

Castillo e seus ex-ministros podem apelar da decisão. Esta é a segunda sentença de um ex-presidente peruano nesta semana. Um tribunal diferente condenou ontem o ex-líder Martín Vizcarra a 14 anos de prisão após considerá-lo culpado de receber subornos enquanto servia como governador de um estado do sul.

(*Fonte: Associated Press)

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, Sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, firmou nesta quinta-feira, 27, um acordo com a província canadense de Alberta para impulsionar a produção energética do país, sob objetivo de construir oleodutos para levar commodities do país à mercados do continente asiático, segundo memorando divulgado no site do governo.

A parceria pretende gerar "condições necessárias" de infraestrutura ao priorizar oleodutos, ferrovias, geração de energia, portos, além de uma rede de transmissão forte e integrada capaz de expandir a produção e o transporte de recursos naturais no oeste do Canadá.

Somente os oleodutos devem permitir o transporte de pelo menos 1 milhão de barris por dia, com rota que aumente o acesso de compradores da Ásia às exportações. O Canadá se comprometeu em declarar a obra como projeto de "interesse nacional" e submetê-lo para aprovação até 1º de julho de 2026, segundo o documento.

Outras obras incluem a construção de um projeto de captura, utilização e armazenamento de carbono, com o objetivo de tornar o petróleo produzido na região "um dos barris com menor intensidade de carbono produzidos no mundo". Além disso, o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA) também é visado, com a expansão da capacidade computacional para o setor.

Uma mulher identificada como Cheung procurava pelos familiares desaparecidos no incêndio que atingiu um complexo de prédios residenciais de Hong Kong. Até o momento, 83 óbitos foram confirmados. A tragédia já é a mais letal dos últimos 77 anos.

A polícia instalou um local para identificação de vítimas em um centro comunitário, onde são exibidas fotografias dos corpos resgatados do incêndio.

"Se os rostos estão irreconhecíveis, há objetos pessoais para que as pessoas possam identificá-los", relatou Cheung. "Não tenho palavras. Havia crianças (...) Não consigo descrever", disse.

O combate ao incêndio já dura mais de 24 horas. As autoridades locais disseram nesta quinta-feira, 27, que as chamas foram extintas em quatro edifícios e estão sob controle em outros três.

Nas janelas dos prédios carbonizados e em ruínas, ainda é possível ver pequenas chamas alaranjadas. Com o incêndio quase totalmente controlado, os bombeiros percorrem os apartamentos com lanternas, em meio à fumaça densa, à procura de vítimas que ainda não tenham sido resgatadas.

O chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, disse nesta quinta-feira que 279 pessoas ainda não foram localizadas. No entanto, não se sabe se elas estão presas nos escombros ou se conseguiram buscar abrigo em outro lugar.

"[Os socorristas estão] enfrentando altas temperaturas e subindo cuidadosamente andar por andar, realizando buscas minuciosas e tentando resgatar pessoas o mais rápido possível", disse o vice-diretor do Corpo de Bombeiros, Wong Ka Wing. "Não descartamos a possibilidade de resgatar mais feridos."

Um bombeiro está entre os 65 mortos. Outras 70 pessoas ficaram feridas e mais de 900 foram resgatadas e levadas para abrigos temporários.

Apesar de estarem em segurança, muitos moradores seguem aflitos. Lawrence Lee, que foi levado a um abrigo, perdeu contato com a mulher e acredita que ela ainda esteja presa dentro do apartamento.

"Quando o incêndio começou, eu disse a ela por telefone para escapar. Mas assim que ela saiu do apartamento, o corredor e as escadas estavam cheios de fumaça e tudo estava escuro, então ela não teve escolha a não ser voltar para o apartamento", afirmou.

Já Winter e Sandy Chung, que viram faíscas voarem enquanto fugiam, disseram estar preocupados com sua casa. "Não consegui dormir a noite toda", afirmou Winter.

A principal suspeita é de que o fogo tenha começado em andaimes de bambu e redes de proteção de obra instalados nos prédios. Apenas um dos oito edifícios do complexo, que abrigava milhares de pessoas, não foi atingido.

As autoridades acreditam que alguns materiais das paredes externas não atendiam aos padrões de resistência ao fogo, o que permitiu a propagação rápida das chamas. Os agentes também encontraram isopor - altamente inflamável - nas janelas de cada andar, próximo ao hall do elevador, na única torre que não foi afetada.

Dois diretores e um consultor de engenharia de uma construtora foram presos por suspeita de homicídio culposo. "Temos motivos para acreditar que os responsáveis pela construtora foram extremamente negligentes", disse a superintendente sênior da polícia de Hong Kong, Eileen Chung.

O nome da empresa à qual os três homens estão vinculados não foi divulgado. No entanto, policiais cumpriram um mandado de busca no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, que, de acordo com a Associated Press, era responsável pelas reformas no Wang Fuk Court. Caixas de documentos foram apreendidas. Procurada pela AP, a empresa não atendeu às ligações.

*Com informações da Associated Press.