Defesa de Lula entra com pedido para fazer sustentação oral em julgamento

Política
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Horas antes de retomada do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), em que o plenário vai decidir se referenda ou não a decisão individual do ministro Edson Fachin que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato, a defesa do petista entrou com um pedido urgente para garantir o direito de fazer sustentação oral na sessão.

Na primeira etapa do julgamento, iniciada na quarta-feira, 14, o presidente do tribunal, ministro Luiz Fux, negou a palavra ao advogado Cristiano Zanin depois que a Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu abrir mão de fazer sua exposição. Fux justificou a medida dizendo que assim a 'paridade de armas' estaria assegurada.

O movimento foi classificado como 'mordaça da defesa' pelos advogados de Lula, que apontaram no documento a 'nulidade' do primeiro recurso julgado.

"A despeito de se ter oportunizado o uso da palavra de forma unilateral, a possibilidade de sustentação oral, como se observa, ficou ao alvedrio do parquet, que não surpreendentemente - quiçá constrangido pelos claudicantes fundamentos ventilados -, optou pelo silêncio", afirmam os advogados.

Sempre com o devido acatamento, em que pese a nulidade já instalada em relação ao primeiro recurso julgado, a manutenção desse horizonte no tocante aos demais recursos pendentes, ao fim e ao cabo, apenas privilegia, à revelia da paridade de armas e da dialética inerente ao processo penal democrático, a parte que carece de argumentos e que aposta na mordaça da Defesa", acrescentam.

Em uma análise preliminar, por 9 a 2, o STF decidiu que caberá aos 11 ministros do tribunal analisar se mantém cada um dos pontos da decisão de Fachin que anulou as condenações de Lula. Os ministros discutiram se caberia à Segunda Turma julgar o caso, como queria a defesa do ex-presidente, ou o plenário, como se posicionou Fachin. Ao fim, o relator da Lava Jato venceu a primeira disputa.

Assentada a questão sobre a afetação dos recursos, os ministros vão começar a decidir o mérito da decisão que declarou a incompetência da 13ª Vara de Curitiba e os efeitos dela, o que abre caminho para o debate sobre a validade do julgamento, na Segunda Turma, que declarou o ex-juiz Sérgio Moro parcial ao condenar o ex-presidente.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou há pouco que o exército russo está acumulando tropas ao longo da fronteira leste do país. Isso, segundo ele, "indica que Moscou pretende continuar ignorando a diplomacia" e tem a intenção de atacar a região de Sumy.

"Está claro que a Rússia está prolongando a guerra. Estamos prontos para fornecer aos nossos parceiros todas as informações reais sobre a situação no front, na região de Kursk e ao longo de nossa fronteira", disse Zelensky, em publicação na rede social X.

A publicação também afirma que a situação na direção da cidade de Pokrovsk foi estabilizada, e que as tropas ucranianas continuam retendo agrupamentos russos e norte-coreanos na região de Kursk.

Segundo Zelensky, o programa de mísseis da Ucrânia teve "resultados tangíveis", com o míssil longo Neptune testado e usado "com sucesso" em combate.

O presidente também disse que o Ministério de Defesa da Ucrânia apresentou um relatório sobre novos pacotes de apoio de outros países. "Sou grato a todos os parceiros que estão ajudando", acrescenta.

O Hamas disse neste sábado que só libertará um refém americano-israelense e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade, que morreram em cativeiro, se Israel implementar o atual acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A organização chamou a proposta de um "acordo excepcional" destinado a colocar a trégua de volta nos trilhos.

Um alto oficial do Hamas disse que as conversas há muito adiadas sobre a segunda fase do cessar-fogo precisariam começar no dia da liberação de reféns e não ultrapassar uma duração de 50 dias. Israel também precisaria parar de barrar a entrada de ajuda humanitária e se retirar de um corredor estratégico ao longo da fronteira de Gaza com o Egito.

O refém americano-israelense Edan Alexander, 21 anos, cresceu em Nova Jersey, nos EUA, e foi raptado da sua base militar durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra. Ele é o último cidadão americano vivo detido em Gaza.

O Hamas também exige a liberação de mais prisioneiros palestinos em troca dos reféns, disse o oficial, que falou sob condição de anonimato.

Não houve comentários imediatos de Israel, onde os escritórios do governo estavam fechados para o Sabbath (descanso) semanal. O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas na sexta-feira de "manipulação e guerra psicológica" quando a oferta foi inicialmente feita, antes de o Hamas detalhar as condições.

A Rússia e a Ucrânia trocaram intensos ataques aéreos na madrugada deste sábado, com ambos os lados reportando mais de 100 drones inimigos sobre seus respectivos territórios.

O ataque ocorre menos de 24 horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, encontrar-se com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, para discutir detalhes da proposta americana de um cessar-fogo de 30 dias na guerra com a Ucrânia.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que derrubou 126 drones ucranianos, 64 dos quais foram destruídos sobre a região de Volgogrado. Drones também foram abatidos sobre as regiões de Voronezh, Belgorod, Bryansk, Rostov e Kursk, disseram autoridades.

Já a força aérea da Ucrânia disse que a Rússia lançou uma enxurrada de 178 drones e dois mísseis balísticos sobre o país durante a noite.

A Rússia atacou instalações de energia nas regiões de Dnipropetrovsk e Odessa, causando danos significativos, disse a empresa privada de energia da Ucrânia DTEK