Alerj empossa novos deputados, mas só vai eleger novo presidente nesta quinta

Política
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Os deputados estaduais do Rio de Janeiro foram empossados na tarde desta quarta-feira, 1º, em meio à indefinição sobre quem deverá comandar a presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pelos próximos dois anos. Com ampla vantagem na Casa, o governador Cláudio Castro (PL) enfrenta o primeiro desafio de seu segundo mandato. Precisa pacificar a base para eleger seu candidato a presidir a Casa, o deputado Rodrigo Bacellar (PL), até recentemente secretário de Governo do Estado. A eleição só ocorrerá nesta quinta, 2.

Castro conta com o apoio formal de ao menos 45 deputados eleitos por partidos que apoiaram a reeleição do governador. Já os partidos de oposição (PSOL, PCdoB, PT, PSB e PDT) somam 17 cadeiras. Os dois possíveis candidatos à presidência da Alerj são do PL, partido de Castro. Os dois ocuparam o primeiro escalão do governo do Estado. Jair Bittencourt comandou a pasta de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento.

"Sempre prezei pelo diálogo e por trabalhar em conjunto em prol de um objetivo comum: melhorar a vida das pessoas. O Estado do Rio dialoga com todos os parlamentares. Da minha parte, reforço minha disposição e empenho em dialogar com todos os partidos", afirmou Castro, presente na posse.

Sem disputa desde 1995

O governador do Rio trabalha pela eleição de Bacellar. Na última semana, ele e seus aliados intensificaram os pedidos de voto no secretário de Governo. À princípio, Castro afirmou que não se envolveria na disputa do Legislativo fluminense.

Desde 1995, não há disputa pelo comando da Casa. O nome com mais apoio no parlamento e com sustentação do chefe do Executivo sempre foi conduzido. Caso Bacellar e Bitencourt se mantenham na disputa, um deles precisará alcançar a maioria simples, 36 deputados, para ser eleito.

"No meu mandato, espero atender às demandas que eu apresentei. Represento o interior e quem sobe na vida mesmo com as dificuldades. Eu disputo a eleição da Mesa Diretora com orgulho enorme de ter na minha chapa o PCdoB, o PT, o PSOL, o PL, o PDT, talvez o MDB, mostrando a diversidade do voto na Alerj. Parlamento é isso: conversa", afirmou o deputado Jair Bittencourt durante a cerimônia de posse.

A maior bancada nesta nova legislatura será do PL, com 17 deputados. Em sequência, vem a bancada do União Brasil, com oito parlamentares, seguida pelo PT com sete, PSD com seis e PSOL com cinco. O PP contará com quatro deputados, enquanto o Republicanos e o Solidariedade terão três deputados cada um. Os partidos com dois representantes na Alerj são PSB, PROS, MDB, PDT e Podemos. Já Avante, PMN, Patriota, Agir, PSC, PTB, PCdoB contam com um parlamentar, cada legenda.

A sessão solene no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia, foi comandada pelo deputado Carlos Minc (PSB), decano da Casa, que iniciou seu décimo mandato.

"Vamos deixar uma assembleia melhor para que o futuro presidente faça um trabalho ainda melhor", afirmou o atual presidente da Casa, André Ceciliano (PT).

Nesta nova legislatura, a Alerj terá uma renovação de 45,7%. São 32 novos parlamentares e 38 reeleitos. A bancada feminina na Casa representa 21,4% do total de parlamentares. A Alerj terá ainda a primeira transsexual com mandato na Assembleia, Dani Balbi (PCdoB); a Índia Armelau (PL), autodeclarada indígena; e Elika Takimoto (PT), autodeclarada asiática.

Os deputados voltarão a se reunir na quinta-feira, 2, às 15h, também no Palácio Tiradentes, para a eleição da Mesa Diretora e do novo presidente da Alerj.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.