CPI marca depoimento de Luana Araújo, ex-secretária de enfrentamento à covid

Política
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), marcou para esta quarta-feira (2) o depoimento da médica infectologista Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. O data estava prevista antes para a audiência de especialistas a favor e contra o uso de medicamentos sem a eficácia comprovada para o tratamento da covid.

A mudança na pauta não agradou aos membros governistas do colegiado. O senador Marcos Rogério (DEM-RO), que já havia reclamado da convocação de autoridades para falar sobre a realização da Copa América no Brasil, dizendo que fatos que "vão acontecer" tornavam a CPI ilegal. Ele reclamou também da falta de "previsibilidade" nos trabalhos da comissão e das "reiteradas" mudanças de pauta.

Aziz rebateu Rogério afirmando que o entendimento da Mesa é de que não faz parte dos trabalhos da CPI a realização de Audiência Pública. Para Aziz, quem tem que discutir se a cloroquina é boa ou não é a ciência, e não a CPI.

Aziz se desculpou com os especialistas que tinham sido convidados a falar nesta quarta-feira, mas justificou que a decisão foi baseada no tempo. "Nós queremos terminar a CPI em 90 dias, nós não queremos prorrogar a CPI", afirmou. Aziz concluiu sua fala dizendo que "com certeza absoluta", a depoente de hoje, a médica oncologista Nise Yamaguchi, "dará um show defendendo a cloroquina aqui muito mais do que qualquer outro especialista", afirmou.

O presidente do colegiado aproveitou para comentar sobre as mudanças na pauta e as discussões que envolvem convocações. Segundo Aziz, na tentativa de ter "um bom relacionamento" com os membros da comissão, ele tem tentado apresentar a pauta das votações 48h antes, mas devido a dinâmica das investigações, ele não vê a necessidade de pautar requerimento de senadores dois dias antes para votar. "O erro não foi na quarta-feira passada a convocação de governadores, foi quando se apensou, lá atrás, o requerimento do senador Eduardo Girão que é muito claro em investigar" afirmou o Aziz dizendo que as reclamações referentes ao requerimentos deveriam ter sido feitas "lá atrás".

Fábio Wanjgarten

"Vamos reconvocar o senhor Fábio Wanjgarten à CPI da Covid. Percebemos que a comunicação do governo foi para promover a expansão do contágio e estamos colhendo os frutos mais fúnebres. Vivemos a 3ª onda por causa da sandice deste trabalho. Precisamos de mais esclarecimentos!"

A frase é senador e membro da CPI da Covid, Rogério Carvalho (PT-SE), em publicação no Twitter, sobre a reconvocação do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, à comissão. Carvalho apresentou o pedido à sessão desta terça-feira.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.