Vídeo de 2016? Bolsonaristas tentam minimizar ato contra o governo na Paulista

Política
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Apoiadores do governo Jair Bolsonaro tentaram emplacar nas redes sociais e em aplicativos de mensagens a ideia de que imagens da manifestação de 29 de maio com milhares de pessoas na avenida Paulista em São Paulo seriam na verdade de atos de 2016, de quando a militância pró-governo Dilma Rousseff (PT) foi às ruas contra o impeachment. Porém, é possível ver nas imagens das publicações faixas contra Bolsonaro e o boneco gigante inflado pelo movimento Acredito em que o presidente é representado como a morte segurando uma caixa que simula uma embalagem de cloroquina.

Em defesa da tese de que as imagens eram mesmo de 2016, até print screens de publicações antigas foram modificados. Uma tela disseminada em grupos de WhatsApp por bolsonaristas mostra um artigo publicado no site Esquerda Diário de 2016 com a suposta mesma imagem que circula em publicações sobre o ato na Paulista. Porém, a imagem original na publicação de 2016 no site é outra, referente a uma das manifestações daquele ano. Até nesta montagem é possível ver o "pixuleco" de Bolsonaro.

Bolsonaristas atestam que uma das "provas" de que as imagens são mesmo de 2016 é que atualmente as colunas do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que aparece nas imagens, são vermelhas, diferente do que apontam parecer nas fotos do ato de 29 de maio. O argumento não é válido, já que o Masp tem suas colunas pintadas de vermelho desde os anos 1990.

Atos que pediram o impeachment de Bolsonaro foram registrados em mais de 200 cidades no País e no exterior, na maior manifestação contra o governo desde o início da pandemia. Pressionados pelas mobilizações em defesa do governo Bolsonaro nas últimas semanas, líderes de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de oposição decidiram abandonar o "fique em casa" na pandemia e ir às ruas. Houve resistência e discordâncias e os atos foram convocados com orientações de cuidado como distanciamento social e uso de máscaras PFF2. Houve muita aglomeração mesmo assim.

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O Hamas alertou nesta segunda-feira, 8, que a expansão das operações militares de Israel na Cidade de Gaza e o deslocamento de milhares de residentes poderiam ter "repercussões desastrosas" nas negociações que visam um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses.

O grupo militante disse num comunicado que o seu principal líder político, Ismail Haniyeh, alertou os mediadores sobre o "colapso" das negociações, dizendo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o exército do país assumiriam "total responsabilidade".

A declaração foi feita dias depois de os dois lados parecerem ter reduzido as lacunas nas negociações de longa data que visam interromper os combates nove meses após o início da guerra em Gaza. Esperava-se que as negociações sobre um cessar-fogo fossem retomadas esta semana. O Hamas quer um acordo que garanta a saída total das tropas israelenses de Gaza e que a guerra termine.

Israel diz que não pode parar a guerra antes que o grupo militante palestino seja eliminado. O governo pós-guerra e o controle da segurança do enclave também têm sido questões controversas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 8, esperar que o grupo político do presidente francês, Emmanuel Macron, e as forças de esquerda do país europeu possam chegar a um acordo para governar.

O segundo turno das eleições legislativas francesas foram realizadas neste domingo. Os blocos de esquerda e de Macron conseguiram ficar à frente da extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, mas nenhum dos dois grupos conseguiu maioria absoluta das vagas em disputa.

"Espero que o meu amigo Macron, que meu amigo Mélenchon Jean-Luc Mélenchon, líder do França Insubmissa, que meu amigo François Hollande e tantos outros companheiros na França se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês", declarou o presidente brasileiro.

Há o temor de que o país europeu fique ingovernável com o Legislativo dividido em três grandes blocos. Esquerda e centro fizeram acordos eleitorais para barrar o avanço da extrema-direita, mas têm muitas divergências programáticas.

Lula mencionou a união contra o grupo de Le Pen. "Quando parecia que tudo estava confuso, tudo estava dando errado, o povo se manifesta, vai para a rua e diz 'queremos que os setores democráticos continuem governando a França'", comentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 8, que a única pessoa que sabe se Joe Biden tem condições de concorrer à reeleição para a presidência dos Estados Unidos é o próprio Biden. O americano está sendo pressionado a deixar a corrida eleitoral por ter demonstrado fragilidades contra Donald Trump, seu adversário.

"É muito difícil um cidadão de outro país dar palpite sobre a candidatura de outro presidente de outro país. Somente o Biden tem o direito de tomar uma posição sobre ele. Somente ele se conhece perfeitamente bem, sabe o que ele tem, o que ele não tem, se ele pode ou não pode", disse Lula.

O presidente brasileiro deu as declarações a jornalistas em Assunção, no Paraguai, onde foi participar de reunião com os demais líderes do Mercosul.