Arthur Weintraub confirma conselhos a Bolsonaro sobre remédio para covid

Política
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O ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub admitiu, em um vídeo postado no YouTube neste sábado, 5, que se ofereceu para aconselhar o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre medicamentos a serem usados para enfrentar o coronavírus. Arthur, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, é formado em Direito e é apontado como um dos líderes do chamado "gabinete paralelo", grupo formado no governo para orientar o presidente sobre o enfrentamento da crise sanitária e que seria responsável pela insistência no uso da cloroquina contra a doença.

"Eu, como pesquisador, falei com o presidente, comecei a ler o que existia naquele momento, março de 2020, e não havia vacina, não havia nada. Existia o remédio para malária, que estava começando a se aventar como uma possibilidade. Mas, dentro desse cenário de guerra, era uma possibilidade", disse o ex-assessor, após se apresentar como uma pessoa estudiosa, que obteve doutorado e que publicou livros na Europa.

Arthur gravou o vídeo ao lado do irmão, e afirmou que comprou um remédio, sem dizer o nome "cloroquina", após ter notícias que poderia servir como um tratamento, e que o tomou por dois dias antes de falar com Bolsonaro. "Fui comentar com o presidente que havia coisas publicadas sobre o assunto e eu estava entrando em contato com médicos, pesquisadores, dessa áreas. E o presidente disse assim: 'Olha, você que tem esse histórico (de pessoa estudiosa), passa a estudar e você vai me trazer o que você for encontrando. E você vai vendo os contatos (de pesquisadores)'", afirmou. O vídeo tem o título "Esclarecendo, sem medo da verdade".

No vídeo, ele disse também ter feito contato com outros médicos, ressaltando que, no momento, não havia vacina. O ex-ministro da Educação pro sua vez, afirma que o irmão tomou o remédio pelo par de dias para ver se havia algum efeito colateral no tratamento - que, segundo a Organização Mundial de Saúde, não é eficaz contra a covid-19 e ainda pode causar problemas cardiovasculares.

O ex-assessor, entretanto, negou que sua atividade se caracterizasse por organizar o que vem sendo chamado pelos senadores da CPI da Covid como "gabinete paralelo". "Eu não organizei gabinete, eu fazia contatos científicos e trazia informações pro presidente. Dentro disso, eu fiz um evento, em agosto de 2020, no Palácio do Planalto, porque eu acabei tendo contato com em torno de 10 mil médicos de linha de frente", disse Weintraub.

Arthur e Abraham Weintraub vivem nos Estados Unidos após o ex-ministro da Educação deixar o cargo, em junho de 2020, em meio à crise da divulgação da reunião ministerial de abril daquele ano, em que ele ameaçou prender os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele responde processo por improbidade administrativa.

Os irmãos defendem, no vídeo, o trabalho realizado por Arthur dizendo que ele estava defendendo a liberdade dos médicos de escolherem a melhor forma de tratar os pacientes. "Não cheguei a ter nenhum contato com discussão de vacinas", disse o ex-assessor.

A demora para a compra das vacinas é um dos pontos centrais das investigações da CPI.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.