"Quem fala 'fora Bolsonaro' devia estar viajando de jegue", diz Bolsonaro em voo

Política
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O presidente Jair Bolsonaro apareceu de surpresa em um voo da Azul Linhas Aéreas na manhã desta sexta-feira. Ele tirou fotos com tripulantes e passageiros e comparou o apoio recebido aos críticos, que, segundo ele, deveriam estar andando em jegues. "Vocês estão bem hoje, hein? Quem fala 'Fora Bolsonaro' devia estar viajando de jegue, não de avião. É o ou não é? Para ser solidário ao candidato deles", afirmou o presidente, após retirar a máscara que utilizou no restante do tempo dentro da aeronave.

No vídeo de 1 minuto que circula nas redes sociais não está claro se o voo estava em Brasília ou em Vitória, para onde o presidente se deslocou em agenda no Espírito Santo. Ao final, são ouvidos gritos de "Mito" por parte de alguns passageiros.

A atitude do presidente, no entanto, foi compartilhada por apoiadores da sua base de apoio. "Vai lá, Doria, faz igual!", escreveu a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) ao compartilhar o vídeo, em uma ironia ao desafeto político do presidente e governador de São Paulo.

Na chegada à capital capixaba, Bolsonaro, mais uma vez, causou aglomerações e circulou sem máscara. O presidente cumprimentou apoiadores por cima de um cercado antes de seguir para cerimônia de entrega de casas em São Mateus (ES), que ocorrerá em instantes. Procurada por meio da assessoria, a Azul Linhas Aéreas ainda não se manifestou.

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Depois de causar estragos em Taiwan e nas Filipinas, deixando ao menos 21 vitimas fatais, o tufão Gaemi atingiu a China continental na noite de quinta-feira, 25, ativando o alerta de desastre de nível mais alto. Cerca de 150 mil pessoas que vivem na província de Fujian, no sudeste do país, foram realocadas para áreas mais seguras em antecipação à tempestade, informou a BBC.

Segundo a reportagem, o presidente chinês, Xi Jinping, presidiu uma reunião com a alta liderança do Partido Comunista sobre planos de controle de enchentes e assistência a desastres. Os serviços de trem também foram suspensos em Fujian, enquanto autoridades no norte da China alertaram que fortes chuvas podem causar deslizamentos de terra e inundações. Enquanto isso, a Sede Estadual de Controle de Inundações e Assistência à Seca afirma que há um "alto risco" de desastres naturais.

De acordo com a BBC, a China está passando por um verão de clima extremamente mutável, com chuvas torrenciais no leste e no sul, além de ondas de calor escaldantes no norte. O país normalmente vivencia chuvas pesadas em meados de julho a agosto. O tufão Gaemi está seguindo uma rota semelhante à do tufão Doksuri do ano passado, que causou inundações generalizadas no norte da China, embora exista a possibilidade de que sua rota possa mudar.

Uma operação de limpeza está ocorrendo atualmente em Taiwan após a passagem do tufão, o maior a atingir a ilha em oito anos, mas apenas o primeiro da temporada de tempestades deste ano, aponta a emissora britânica. O escritório meteorológico de Taiwan disse que várias áreas da ilha receberam mais de 1.000 milímetros de chuva entre a noite de quarta-feira e o fim da manhã da quinta-feira, enquanto a cidade de Kaohsuing, no sul, registrou 1.350 milímetros de chuva.

O tufão Gaemi também intensificou as chuvas sazonais de monções quando atingiu as Filipinas, causando inundações generalizadas em Manila, capital do país. A tempestade fez com que o MT Terra Nova, um navio-tanque que se dirigia para a cidade filipina de Iloilo, afundasse com 17 tripulantes a bordo. A guarda costeira do país disse que encontrou o corpo de um membro da tripulação que estava desaparecido e que outros 16 foram resgatados.

No momento, uma grande operação está em andamento para gerenciar um vazamento de óleo que pode ser o pior da história do país, se não for devidamente contido. A guarda costeira detectou uma mancha de óleo que se estende por cerca de quatro quilômetros, descrevendo-a como "enorme". O contra-almirante Armando Balilo disse que o vazamento definitivamente afetaria o ambiente marinho.

A Baía de Manila, onde o petroleiro virou, abriga movimentadas rotas de navegação - e suas margens abrigam shoppings, resorts com cassinos e comunidades de pescadores, afirma a BBC. Especialistas disseram que, em circunstâncias normais, as autoridades imediatamente implantariam barreiras flutuantes temporárias para limitar a extensão da disseminação do vazamento, mas o mau tempo atrasou esses esforços.

Incêndios florestais destruíram cerca de metade da cidade histórica de Jasper, na província de Alberta, no Canadá, informaram as autoridades locais. Cerca de 36 mil hectares já foram queimados até o momento na região, disse administração do Parque Nacional de Jasper na noite de quinta-feira, 25. Comunidades vizinhas não correm risco. As informações são da BBC.

De acordo com a reportagem, as temperaturas mais baixas trouxeram algum alívio na quinta-feira, mas autoridades do parque afirmam que o incêndio ainda está fora de controle e que altas temperaturas estão previstas para os próximos dias. Embora nenhuma morte tenha sido relatada, cerca de 20 mil turistas e 5 mil moradores foram retirados da área montanhosa na província de Alberta na terça-feira, 23.

Durante uma entrevista coletiva, a primeira-ministra de Alberta, Danielle Smith, disse que "potencialmente 30% a 50%" dos edifícios foram destruídos. "Não há como negar que este é o pior pesadelo para qualquer comunidade", disse ela, acrescentando que o Parque Nacional de Jasper é "uma fonte de orgulho" há muitas gerações. Cerca de 2,5 milhões de pessoas visitam o parque, além do Parque Nacional de Banff, que fica próximo, a cada ano.

Segundo a BBC, os serviços ferroviários, telefônicos e de energia na área foram afetados. As chamas atingiram 100 metros de altura em alguns lugares, cobrindo uma quantidade excessiva de espaço em um período de tempo muito curto, informou uma autoridade. Centenas de bombeiros foram mobilizados para ajudar a combater o fogo, mas autoridades alertam que a extensão dos danos ainda está sendo descoberta.

Mike Ellis, ministro da segurança pública de Alberta, disse que o incêndio estava a 5 km de Jasper quando foi empurrado pelos ventos para a cidade em menos de 30 minutos. "Qualquer bombeiro lhe dirá que não há muito o que fazer quando uma onda de chamas se aproxima de você dessa forma", disse ele. "Ninguém previu que o fogo viria tão rápido, tão grande e tão rapidamente", completou.

De acordo com a BBC, na Colúmbia Britânica, província vizinha de Alberta, mais de 400 incêndios florestais estão ocorrendo e dezenas de ordens de retirada foram emitidas.

Nos Estados Unidos, mais de 3 mil pessoas foram forçadas a deixarem suas casas no estado da Califórnia devido a um incêndio que continua fora de controle. Um homem foi preso em conexão com o incêndio, informou o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios do estado. Os estados de Oregon, Montana e Utah também continuam lidando com incêndios florestais.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, se reuniu com a ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa. Em comunicado do governo chinês, Pequim reportou nesta sexta, 26, que a autoridade chinesa advertiu para o "estágio crítico" da relação bilateral, o que poderia levar a avanços ou a recuos nela.

"A política da China em relação ao Japão sempre tem mantido estabilidade e continuidade", afirma a nota oficial chinesa. "É esperado que o Japão estabeleça uma compreensão objetiva e correta da China e busque uma política positiva e racional em relação em relação a ela", acrescenta o texto.

O encontro dos ministros ocorreu em Vientiane, no Laos. A China recordou encontros recentes entre autoridades dos países, inclusive entre o premiê Fumio Kishida e o presidente Xi Jinping, em novembro passado, com foco nas relações estratégicas. Pequim diz que almeja cooperação "mutuamente benéfica", bem como que se gerenciem de modo adequadas as diferenças e se implemente de fato uma relação "estratégia e mutuamente benéfica". Também diz que deseja trabalhar com Tóquio para promover a estabilidade e a prosperidade regional.