SP: Câmara debate mudar nome 'Escolhi Esperar' de projeto contra gravidez precoce

Política
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Os vereadores de São Paulo devem mudar o nome do programa que cria políticas de prevenção à gravidez precoce na cidade. No lugar de "Escolhi Esperar", associado ao estímulo à abstinência sexual e influenciado por bandeiras evangélicas, um novo nome pode ser apresentado nesta quinta-feira, 17. O texto tem apoio do governo Ricardo Nunes (MDB) e deve ser votado à tarde, em segundo turno.

Na prática, o programa não teria alterações: ao procurarem por métodos contraceptivos em postos de saúde, adolescentes passariam também por orientações sobre "eventuais causas, consequências e formas de prevenção da gravidez precoce", conforme diz o texto do projeto de lei - que fala em "esperar" no nome, mas é genérico nas ações a serem adotadas pela Prefeitura.

A mudança vinha sendo negociada na quarta-feira, 16, entre a bancada evangélica, o governo e o autor do projeto, Rinaldi Digilio (PSL). Quando o projeto ainda estava na comissão de Saúde da Câmara, e já sofria resistência por parte das bancadas de PT e PSOL, Digilio já havia sinalizado que poderia batizar a proposta de forma diferente, desde que mantivesse a política de orientação a adolescentes.

A avaliação no gabinete de Digilio é que a mudança de nome poderia evitar que vereadores da base governista deixassem de votar na proposta. A norma é tida como o primeiro item de uma pauta de costumes conservadora que a bancada evangélica tentará passar neste ano, mas que não conta com simpatia de outros parlamentares da base governista.

A oposição, por sua vez, passou a tarde desta quarta-feira também conversando com o governo para costurar uma mudança de nome. "Queremos que o programa se chame 'Escolhi Informar"', disse a líder da bancada do PSOL, Luana Alves. Tal nome, entretanto, já é rejeitado por Digilio. A mudança pretendida pela oposição incluiria ainda a ampliação de oferta de métodos contraceptivos a adolescentes.

Líder do governo e relator do texto, o vereador Fabio Riva (PSDB) disse ter tido conversas com os dois lados na tarde de quarta. "Se houver um novo substitutivo, uma mudança de nome, ele tem de ser proposto pelo autor do projeto", disse o parlamentar. Riva disse que ainda não há acordo fechado com o Executivo para a sanção da norma.

Para o texto ser aprovado, são necessários 28 dos 55 votos. Como se trata de uma votação em segundo turno, se o texto obtiver os votos já vai para sanção do prefeito.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.