Livres pede impeachment de Bolsonaro e destaca oito crimes de responsabilidade

Política
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O movimento político Livres, defensor de pautas sobre o liberalismo nos costumes e na economia, publicou nesta quarta-feira (16) parecer técnico pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o grupo, em nota, "o presidente da República permanece incapaz de liderar os esforços nacionais contra a pandemia da covid-19 e de implementar políticas eficazes por meio do Ministério da Saúde".

De acordo com o texto, o presidente cometeu "reiterados atos ilícitos e ímprobos" durante a gestão da crise sanitária causada pelo novo coronavírus. O grupo também destaca que "diversas condutas do presidente Jair Bolsonaro" podem ser enquadradas na Lei dos Crimes de Responsabilidade e Constituição Federal: os crimes contra o direito fundamental à vida e à saúde, o livre exercício dos Poderes Constitucionais, o sistema eleitoral e a democracia, o Estado de Direito, a segurança interna do País, a probidade administrativa, bem como ausência de decoro e omissão sobre a responsabilidade de subordinados.

Os episódios citados incluem desde as insinuações do presidente sobre uso político das Forças Armadas, às declarações de fraudes em eleições, gastos com medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19 e afronta aos pressupostos de impessoalidade.

O movimento, como organização suprapartidária, nasceu em 2018 após conflitos com o PSL após o presidente da sigla, Luciano Bivar, anunciar a filiação do então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro. Diante do conflito entre as ideias defendidas pelo grupo - que até então pertencia à estrutura do partido - e as de Bolsonaro, o filho do dirigente da legenda, Sérgio Bivar, anunciou que deixaria o partido e levaria consigo o Livres. Segundo o grupo, "quando o populismo entra pela janela, a liberdade sai pela porta".

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.