Mourão: maior erro do governo foi falta de campanhas de orientação sobre covid

Política
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que um dos maiores erros do governo com relação ao combate à pandemia da covid-19 no Brasil está relacionado à comunicação. De acordo com o vice, a falta de peças publicitárias e de investimento em campanhas que esclarecessem aspectos da crise sanitária podem ter agravado a pandemia. Contudo, mesmo com críticas, Mourão defendeu, em entrevista à GloboNews, o presidente Jair Bolsonaro. Afirmou que não se pode colocar todos os problemas relacionados à crise "nas costas dele", e que todos tem "sua parcela de erro" com relação à pandemia.

Sobre os erros na comunicação, Mourão afirmou: "eu acho que este foi o grande erro: (não ter feito) uma campanha de esclarecimento firme, como tivemos no passado, de outras vacinas. Então, uma campanha de esclarecimento da população sobre a realidade da doença, orientações o tempo todo para a população", declarou. "Eu acho que isso teria sido um trabalho eficiente do nosso governo", acrescentou.

A afirmação de Mourão, no entanto, vai contra uma declaração de Bolsonaro. Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo defendeu a redução dos investimentos em peças publicitárias com informações sobre a pandemia. "Alguém precisa de propaganda na televisão sobre covid ou todo mundo sabe o que está acontecendo?", questionou o presidente.

Relações

Mourão também comentou sobre suas relações com as pessoas que integraram o quadro de ministros do governo Bolsonaro. Apesar de fazer uma boa avaliação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, afirmando que ele o ajudou em "momentos difíceis", Mourão declarou que o ex-ministro deveria ter compreendido que estava em função política, e que deveria ter passado para a reserva do Exército ao assumir no ministério. "Teria mais liberdade de manobra para trabalhar. É o ponto focal da questão". O vice-presidente também tentou descolar a imagem de Pazuello do Exército. "Pazuello não é o Exército nem o Exército é Pazuello, apesar de ele ser um militar".

Sobre o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com quem o vice tem tido alguns atritos, Mourão declarou que "trabalhar com pessoas não é simples", e defendeu a busca por "sinergia" e "cooperação" nos trabalhos ministeriais.

Eleições 2022

Hamilton Mourão também afirmou, na entrevista, que o presidente Jair Bolsonaro ainda não conversou com ele sobre sua permanência na chapa para a eleição presidencial de 2022. Mas avaliou que "os indícios todos" apontam para que ele não seja convidado para repetir, no próximo ano, a dobradinha vitoriosa de 2018. Se isso for confirmado, Mourão repetiu que pode concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

O vice negou que um cargo na Câmara dos Deputados esteja em seu horizonte, e que "é mais difícil" uma candidatura ao governado gaúcho. "Hoje eu estou em cima do muro, estou de 'PSDB'", brincou Mourão.

Sobre as possíveis razões que motivem o presidente a não convidá-lo para permanecer na chapa no ano que vem, Mourão afirmou que "há sempre aquela desconfiança de que estaria me preparando para ocupar o lugar dele". Para o vice-presidente, discussões sempre ocorrem e o presidente deveria entender que ele "não está a fim do cargo dele (Bolsonaro)".

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.