Procuradores votam lista tríplice nesta terça; candidatos fazem oposição a Aras

Política
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Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) votam nesta terça-feira, 22, os nomes que vão compor a lista tríplice que será enviada ao presidente Jair Bolsonaro para escolha do novo chefe da instituição. Três subprocuradores disputam as eleições internas: Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. O atual procurador-geral da República, Augusto Aras, ainda pode ser reconduzido ao cargo.

Por lei, o presidente da República não é obrigado a escolher entre os indicados pela classe. Bolsonaro, inclusive, foi o primeiro a romper com a tradição, que vinha desde 2003, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao desprezar a lista e nomear Aras. O "alinhamento" do PGR com o Planalto é criticado pelos candidatos: os três já afirmaram que faltou ação diante da gestão da pandemia.

Embora Bolsonaro não tenha sinalizado que, desta vez, pretende usar a relação para fazer a escolha, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) decidiu manter a eleição. A entidade planeja encaminhar a lista ao presidente até o dia 2 de julho. A indicação deve ser formalizada até setembro.

Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, que é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), um das principais lideranças de oposição ao bolsonarismo, já compuseram listas tríplices em anos anteriores, mas acabaram preteridos na hora da indicação presidencial. Os três integram o Conselho Superior do Ministério Público Federal e fazem oposição a Aras.

Além das críticas pela falta de atuação em relação ao governo, uma das principais divergências é sobre a cruzada promovida pelo atual procurador-geral contra a Operação Lava Jato. Aras pôs fim às forças-tarefas como grupo de trabalho isolado e integrou os procuradores em Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos).

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 21, que há uma "boa chance" de que a Rússia e a Ucrânia cheguem a um acordo nesta semana para acabar com a guerra. O conflito já dura três anos.

"Há uma boa chance", declarou Trump quando perguntado se ele achava que Moscou e Kiev poderiam selar um acordo até sexta-feira, acrescentando que teve boas reunião com os dois lados.

Durante o evento anual Easter Egg Roll realizado na Casa Branca, o republicano também disse que teve "reuniões muito boas sobre o Irã" e expressou confiança de que uma solução comercial seria alcançada com a União Europeia. "No final das contas, teremos um acordo com qualquer um", afirmou ele.

A secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou nesta segunda-feira, 21, que o governo americano tenha iniciado o processo de busca por um novo secretário de Defesa, conforme noticiou a NPR. "Essa história da NPR é uma notícia falsa completa, baseada em uma fonte anônima que claramente não tem a mínima ideia do que está falando. Como o presidente disse esta manhã, ele apoia firmemente o secretário da Defesa", escreveu Leavitt, em publicação na rede social X.

Segundo fontes ouvidas pela NPR, a Casa Branca teria a intenção de substituir o atual secretário de Defesa, Pete Hegseth, diante das controvérsias pelo compartilhamento de detalhes sigilosos de operações militares por meio de bate-papos no aplicativo Signal.

De acordo com a Reuters, o presidente americano Donald Trump disse a jornalistas hoje que "Pete está fazendo um ótimo trabalho" e que "todos estão felizes com ele". Quando questionado se continuaria confiando em Hegseth, Trump disse: "Ah, totalmente".

Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.