Roberto Dias diz que Dominguetti revelou 'desconhecimento total de aventureiro'

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias afirmou que as conversas entre Luiz Paulo Dominguetti e Cristiano Carvalho, representante da Davati no Brasil, mostram que existe um "desconhecimento total de aventureiro" por parte de Dominguetti, que o acusou de pedir propina em negociação de vacinas da Astrazeneca.

As mensagens foram exigidas pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Nelas, os dois conversam sobre Ferreira Dias contar com um orçamento de R$ 5 bilhões no Ministério da Saúde, enquanto ainda estava na pasta.

O ex-diretor voltou a dizer que não participa da investigação de contratos de vacinas. Segundo Ferreira Dias, no caso da Davati, ele apenas teria verificado a existência das doses de imunizantes oferecidos. Apesar disso, Renan afirmou que a negociação de vacinas por parte do ex-funcionário da Saúde está confirmada. "Não dando procedência eu já estou passando por todo esse constrangimento e esse caos, o senhor imagina se eu desse procedência", afirmou.

Durante o interrogatório do ex-diretor, Renan disse que a CPI investiga "bandalheiras no Ministério da Saúde", o que gerou a reação de governistas, que criticaram a declaração do senador e sua condução da inquirição de Ferreira Dias.

Em outra categoria

A embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, está deixando o cargo depois de quase três anos em Kiev, em meio à incerteza sobre as tentativas do governo de Donald Trump de intermediar um acordo de paz para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O Departamento de Estado americano disse nesta quinta-feira, 10, que Brink deixará seu cargo em um futuro próximo, embora não tenha ficado imediatamente claro quando ela partirá. Brink assumiu a posição no governo do ex-presidente Joe Biden e tem sido uma firme defensora da assistência militar dos EUA à Ucrânia.

Sua renúncia já era esperada há algum tempo, especialmente considerando a importância dada pelo governo Trump à reaproximação com a Rússia e ao fim da guerra.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 10, novas sanções contra entidades ligadas à exportação de petróleo iraniano, como parte da política de "pressão máxima" do governo do presidente Donald Trump para conter o programa nuclear do Irã e sua "influência maligna".

Entre os alvos está a Guangsha Zhoushan Energy Group, uma operadora de terminal com sede na China, acusada de ter recebido "ao menos oito carregamentos de petróleo bruto iraniano nos últimos anos". Segundo o comunicado, "os Estados Unidos estão comprometidos com a implementação agressiva de sanções contra toda a cadeia de fornecimento de petróleo do Irã".

Além da empresa chinesa, o Departamento de Estado sancionou três companhias de gerenciamento de navios envolvidas no transporte de petróleo iraniano, e identificou dois navios como pertencentes a duas dessas firmas. Em ação coordenada, o Departamento do Tesouro dos EUA também impôs sanções a empresas localizadas nos Emirados Árabes Unidos e na Índia, além de bloquear quase 30 embarcações ligadas ao comércio de petróleo com Teerã.

De acordo com o governo americano, essas medidas visam "reduzir o fluxo de receita que o regime iraniano usa para financiar suas atividades desestabilizadoras" e fazem parte do esforço para "levar as exportações de petróleo do Irã a zero - especialmente as exportações para a China".

O comunicado afirma ainda que os EUA "continuarão a conter o financiamento ilícito das atividades malignas do Irã" e a "usar todas as ferramentas disponíveis para responsabilizar o regime".

Trens e metrôs da Argentina sofreram interrupções, voos foram suspensos, carregamentos de grãos foram interrompidos e bancos foram fechados depois que sindicatos realizaram uma greve geral nesta quinta-feira, 10, contra o governo libertário do presidente Javier Milei.

A greve ocorre no momento em que Milei completa 16 meses de uma presidência que busca eliminar o déficit fiscal da Argentina por meio de medidas severas de austeridade.

A paralisação - liderada pela principal confederação sindical do país, a CGT - tentou parar o país um dia depois que os ativistas sindicais se juntaram a um protesto semanal de aposentados, os quais se reuniram para pedir aumentos em suas pensões do governo, a maioria das quais está atualmente fixada no equivalente a cerca de US$ 300 por mês e perdeu terreno significativo para a inflação.

Os membros do sindicato, incluindo condutores de trens, professores, funcionários da alfândega, coletores de lixo e funcionários dos correios, deixaram o trabalho à meia-noite.

Os aeroportos foram esvaziados quando as principais companhias aéreas interromperam suas operações. Muitos hospitais públicos estavam atendendo apenas emergências.

O governo disse que a paralisação custou à economia cerca de US$ 880 milhões. Fonte: Associated Press