Gravações indicariam envolvimento de Bolsonaro em rachadinhas quando era deputado

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Gravações inéditas mostram suposto envolvimento direto do presidente da República, Jair Bolsonaro, no esquema ilegal de entrega de salários de assessores na época em que ele exerceu seguidos mandatos de deputado federal (entre os anos de 1991 e 2018). As três reportagens publicadas nesta segunda-feira, 5, na coluna da jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, indicam que Jair Bolsonaro participava diretamente da "rachadinhas" - nome popular para uma prática que configura o crime de peculato (mau uso de dinheiro público).

A notícia causo reação em políticos da oposição. O líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), considera a notícia uma "bomba". "Jair faz agora na Presidência da República o que sempre fez como deputado", escreveu o deputado em rede social, numa referência às recentes denúncias contra o presidente na compra da vacina Covaxin. "Os áudios são uma bomba porque mostram que Bolsonaro era o chefe, o 01, do esquema montado p/roubar dinheiro público através de funcionários fantasmas nos gabinetes da família", afirmou. Conforme lamentou Freixo no Twitter, "é um governo de ladrões".

Em outra categoria

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, enviou um memorando ordenando que a liderança do Pentágono, comandantes, combatentes e diretores de agências de defesa e de atividades de campo reduzam o número de funcionários civis do departamento.

No documento, ele diz que as demissões devem ter como objetivo "reduzir esforços duplicados e acabar com a burocracia excessiva através de uma análise honesta da força de trabalho".

"O efeito líquido será uma redução no número de funcionários civis de tempo integral" e "mais recursos para áreas em que mais precisamos", acrescenta o memorando, que não especifica o porcentual pretendido para a redução no quadro de funcionários.

A iniciativa pretende "realinhar o tamanho da força de trabalho civil e reorganizá-la estrutural e estrategicamente para estimular consistentemente os combatentes americanos, de acordo com a orientação da Estratégia de Defesa Nacional interina de Hegseth".

Serão tomadas duas medidas: primeiro, Hegseth pede prontidão para o Subsecretário de Pessoal e que ele ofereça aposentadoria voluntária para os funcionários civis elegíveis; segundo, a liderança sênior deve fornecer um gráfico organizacional de como deverá ser a organização no futuro. O prazo para entrega é 11 de abril.

Hegseth diz esperar que o programa de aposentadoria voluntária funcione e, assim, possa evitar "ações involuntárias que podem ser necessárias para alcançar os objetivos estratégicos".

Autoridades de Mianmar atualizaram os números para 1.002 pessoas mortas, 2.376 feridas e 30 desaparecidas em decorrência do terremoto de magnitude 7,7 que atingiu o sudoeste da Ásia nesta sexta-feira, 28; o tremor também causou pontos de destruição na Tailândia, onde pelo menos seis morreram, 26 ficaram feridos e 47 desaparecidos após a queda de um arranha-céu na capital Bangcoc.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos já estimava que o número total podia ultrapassar mais de mil mortos.

O tremor foi seguido por um forte abalo secundário de magnitude 6,4 e seis regiões declararam emergência após o terremoto.

Na cidade de Mandalay, o sismo derrubou vários edifícios, incluindo um dos maiores mosteiros da cidade. Fotos da capital, Naipidau, mostraram equipes de resgate retirando vítimas dos escombros de vários prédios usados para abrigar funcionários públicos.

O governo de Mianmar disse que há grande demanda por sangue nas áreas mais afetadas. O Ministério de Emergências da Rússia enviou dois aviões transportando 120 socorristas e suprimentos, de acordo com a agência de notícias estatal russa Tass.

A Índia enviou uma equipe de busca e resgate e uma equipe médica, além de cobertores, lonas, kits de higiene, sacos de dormir, lâmpadas solares, pacotes de alimentos e utensílios de cozinha, publicou o ministro das Relações Exteriores do país no X.

O Ministério das Relações Exteriores da Malásia disse que o país enviará 50 pessoas no domingo, 30, para ajudar a identificar e fornecer ajuda às áreas mais atingidas. As Nações Unidas destinaram US$ 5 milhões para iniciar os esforços de socorro.

O presidente Donald Trump disse na sexta-feira que os EUA iriam ajudar na resposta, mas alguns especialistas estavam preocupados com esse esforço, dados os cortes profundos de assistência estrangeira feitos por seu governo.

Rússia envia equipes de resgate

O Ministério de Emergências da Rússia informou que 120 equipes de resgate foram enviadas para ajudar na busca de vítimas presas nos escombros e auxiliar na limpeza.

De acordo com um comunicado na noite de sexta-feira, duas aeronaves estavam a caminho de Moscou para o país atingido pelo terremoto, com anestesistas, psicólogos e unidades caninas também a bordo.

Hong Kong enviará uma equipe de resgate

O executivo-chefe da cidade, John Lee, também estendeu suas condolências às vítimas do terremoto em uma publicação no Facebook no sábado

Enquanto isso, a Agência Nacional de Incêndio de Taiwan disse que uma equipe de resgate de 120 pessoas estava de prontidão para possível mobilização. A equipe incluía pessoal de resgate, médicos, enfermeiros, um veterinário, seis cães de busca e resgate e 15 toneladas de equipamentos.

A reitora interina da Universidade de Columbia, Katrina Armstrong, anunciou nesta sexta-feira, 28, que renunciou ao cargo. A decisão ocorre dias após a instituição concordar com uma série de mudanças de política exigidas pelo governo de Donald Trump como condição para restaurar US$ 400 milhões em financiamento governamental.

Em uma declaração publicada no site da Universidade de Columbia, Katrina disse que estava orgulhosa de ter liderado a universidade durante um "momento importante e desafiador".

"Mas meu coração está com a ciência, e minha paixão está com a cura. É onde posso servir melhor a esta Universidade e à nossa comunidade daqui para frente", escreveu. Ela retornará ao seu cargo de diretora do centro médico da escola de Nova York.

Katrina assumiu o cargo em agosto, depois que a presidente anterior, Minouche Shafik, renunciou após criticas sobre sua forma de lidar com os protestos e as divisões no campus sobre a guerra entre Israel e o Hamas.

A universidade nomeou a copresidente do conselho, Claire Shipman, como presidente interina enquanto a busca por uma substituta permanente continua.

A nova presidente em exercício, Shipman, foi correspondente da ABC News, NBC News e CNN ao longo de uma longa carreira no jornalismo, cobrindo a Casa Branca e a Rússia, entre outros assuntos. Ela escreveu vários livros sobre liderança feminina.

Financiamento em xeque

Katrina liderou a universidade durante alguns dos meses mais difíceis de sua história.

O governo de Donald Trump está ameaçando acabar com o fluxo de bilhões de dólares para universidades em todo os Estados Unidos, muitas das quais estão enfrentando investigações de agências que vão do Departamento de Justiça ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

A abordagem punitiva da administração Trump para as universidades está se manifestando mais intensamente na Columbia. A decisão do governo de retirar o financiamento para pesquisa da universidade e do hospital, sob a alegação de que a instituição não havia feito o suficiente para combater o antissemitismo ou punir os estudantes que participaram de manifestações pró-Palestina no ano passado, criou uma crise interna.

A universidade capitulou rapidamente, concordando com uma lista de exigências administrativas. Entre as novas mudanças, a Columbia concordou em revisar suas políticas de admissão, proibir manifestantes de usar mascaras, proibir manifestações em prédios acadêmicos e colocar seu departamento de estudos do Oriente Médio sob a supervisão de um novo reitor sênior com a missão de revisar sua liderança e currículo.

Entre outras medidas, a Columbia disse que teria 36 agentes de segurança do campus com poderes de prisão, uma mudança com enorme ressonância em uma universidade que tem uma longa história de ativismo no campus e laços tensos com a polícia.

Mas a aquiescência da escola foi condenada por alguns membros do corpo docente e defensores da liberdade de expressão, com Donna Lieberman, diretora executiva da União pelas Liberdades Civis de Nova York, dizendo que isso "coloca em risco a liberdade acadêmica e a expressão no campus em todo o país"./AP e NYT.