Para Aziz, Queiroga deveria retirar Mayra da Saúde ou abrir mão do cargo

Política
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), defendeu que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, retire a secretária Mayra Pinheiro da Pasta ou saia do cargo. Para Aziz, Mayra não tem condições morais de continuar na Saúde. O parlamentar também disse que o treinamento realizado pela servidora para participar da CPI não surtiu efeito. "Ela estava muito nervosa, e não conseguia se explicar", disse, após divulgação de um vídeo onde Mayra aparece se preparando para oitiva.

"Mais incrível que tem é o ministro Queiroga ainda manter a Mayra no ministério. É impressionante. Depois de um vídeo daquele, em uma servidora pública, num vídeo, diz que vai fazer um arranjo de perguntas entre senadores que pensam igual a ela, tocar pra ela fazer um gol. O ministro Queiroga tinha que tomar uma decisão imediatamente. Ou ele tira a Mayra ou ele sai do cargo. Ele não pode, pelo cargo, abrir mão dos princípios que ele jurou na sua formação", disse Aziz em entrevista à GloboNews.

De acordo com um vídeo publicado pelo site The Intercept Brasil, Mayra fez um treinamento por videoconferência antes de ser questionada pelos senadores da CPI. Estão presentes no treinamento da médica o pesquisador Regis Bruni Andriolo e o também secretário da pasta Helio Angotti Neto. No vídeo a médica afirma que precisa enviar a senadores "perguntas cujas respostas sejam oportunidade de eu falar".

"Tem um grupo que nos apoia, que reconhece o nosso trabalho. Esse grupo precisa fazer perguntas que nos ajudem no nosso discurso. Que perguntas posso dar a esses senadores fazerem a mim, que eles chutam para eu fazer o gol?", afirmou Mayra.

Aziz afirmou que sentiria vergonha de ser um dos senadores que "entrou nessa pegadinha de tocar bola pra ela", e exigiria que ela fosse exonerada imediatamente. "Porque ele vai ter que ir lá na CPI novamente, dizer quais foram os senadores que ela mandou a pergunta, e ela vai dizer que não mandou."

Reforma Ministerial

Aziz afirmou que o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que está em vias de ir para o ministério da Casa Civil, tem um bom relacionamento com todos, e que continuará tendo uma relação harmoniosa com o parlamentar. Para Aziz, o problema será do presidente Jair Bolsonaro, que deverá explicar a sua base o crescimento do Centrão em seu governo.

"O presidente que pregou uma coisa lá em 2018, falou muito não sobre não conversar com partido, nomear equipe técnica"."Se elegeu com esse discurso, mais um discurso que vai pro ralo", afirmou Aziz.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.