100 advogados protestam em Goiânia em desagravo a colega agredido por PMs

Política
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A seccional goiana da Ordem do Advogados do Brasil (OAB-GO) realizou nesta quarta-feira, 28, uma manifestação por causa da agressão cometida por policiais militares do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) contra o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior. O profissional foi imobilizado e atacado, física e verbalmente, pelo grupo de oficiais enquanto trabalhava.

O incidente de abuso policial envolvendo o advogado e os integrantes do GIRO aconteceu na última quarta-feira, 21, próximo à Praça da Bíblia, na capital Goiânia. As imagens da ação foram registradas por câmeras de segurança locais e por pessoas que passavam na região e acabaram viralizando nas redes sociais.

Diante do caso de violência sofrido pelo operador do direito, a OAB-GO emitiu, na manhã desta quarta-feira, uma nota de desagravo - instrumento do órgão de classe para casos de desrespeito às prerrogativas do exercício do direito - em defesa do profissional atacado pelo grupo de policiais.

"O desagravo é um ato em favor da Advocacia e encontra-se fundamentado no artigo 7º, XVII, da Lei nº 8.906/94. O Advogado é indispensável à administração da justiça, conforme estabelece a Constituição Federal em seu artigo 133, devendo, por conseguinte, ser respeitado em seus direitos e prerrogativas, tendo-se em vista a nobre função que exerce para a sociedade", explicou o órgão na manifestação. "Os atos dos ofensores acima nominados atingiram não somente o advogado em questão, mas também a todos os advogados e a própria sociedade, devendo receber os ofensores, o mais veemente repúdio, posto que os advogados não estão dispostos a tolerar qualquer mácula às suas prerrogativas profissionais, pois nelas está o instrumento sagrado da cidadania", complementou a OAB-GO.

Além da representação em nota de agravo, um grupo de cerca de 100 advogados participou do ato público contra as agressões sofridas por Orcélio Ferreira Silvério Júnior. A manifestação reuniu representantes de seccionais da Ordem de 13 estados, entre eles Amazonas, Distrito Federal, Paraná, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo, Acre, Pará, Piauí, Alagoas, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Goiás.

Ao lado de Silvério Júnior, o presidente da OAB- GO, Lúcio Flávio de Paiva, criticou a atuação policial com o que chamou de "violação dos direitos e garantias fundamentais de todo cidadão brasileiro". "Pela palavra vibrante e intimorata da advocacia goiana, estamos aqui em praça pública para dizer: não aceitamos violência policial! Não aceitamos abuso de autoridade! Repudiamos e repugnamos todo e qualquer ato das forças policiais do Estado que não esteja dentro dos rigorosos limites da lei; repudiamos e repugnamos o ataque covarde ao livre exercício da advocacia; repudiamos e repugnamos a violação dos direitos e garantias fundamentais de todo cidadão brasileiro, assegurados pela Constituição Federal de 1988", discursou o chefe da seccional goiana para os advogados presentes.

COM A PALAVRA A POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS

A Polícia Militar do Estado de Goiás foi procurada pela reportagem que aguarda um posicionamento sobre as acusações de abuso de autoridade, mas, até a publicação desta matéria, ainda não havia se manifestado. O espaço permanece aberto a manifestações.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.