Soligo diz que foi 'colaborador eventual' antes de contratação na pasta da Saúde

Política
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Em sua fala inicial à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o ex-assessor especial do Ministério da Saúde Airton Antônio Soligo, conhecido como "Cascavel", que atuou no cargo durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, declarou que foi um "colaborador eventual" da pasta antes de sua contratação. Em 2020, a imprensa revelou a atuação informal do empresário no Ministério.

Após a denúncia, Pazuello nomeou o amigo como assessor especial, cargo que ocupou de junho do ano passado a março de 2021. De acordo com Soligo, ele conheceu Pazuello durante sua atuação na Operação Acolhida. Sobre sua chegada ao ministério, ele afirmou que inicialmente foi convidado para ser assessor por dez dias pelo então ministro Nelson Teich, que logo saiu do ministério, quando Pazuello assumiu e o nomeou.

Soligo declarou que quando chegou à pasta, sua função não era de "especialista de saúde", mas de interlocução, atuando de forma institucional na relação com o Congresso Nacional e com os municípios. Questionado, disse se sentir preparado para o cargo. "Sinto que estava preparado para essa função", disse. "Nunca vi um secretário municipal estadual me condenar, diziam inclusive que eu ajudava".

Destacando sua atuação no Parlamento, o depoente afirmou que "muito mais que um empresário", ele se considerava um servidor público. Cascavel disse que dedicou mais da metade da sua vida ao serviço público. "Fui prefeito municipal aos 24 anos, fui deputado constituinte, presidente da Assembleia Legislativa do meu Estado, vice-governador, presidente do conselho deliberativo do Sebrae, presidente da companhia de desenvolvimento, deputado federal pelo PPS, e na Câmara, fui presidente de duas comissões", declarou, afirmando ter exercido todos esses cargos pelo seu Estado, Roraima.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que teve discussões "muito boas e produtivas" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em publicação na Truth Social, nesta sexta-feira, 14. Segundo ele, há uma "grande chance" de que a guerra entre russos e ucranianos chegue ao fim. O republicano, no entanto, mencionou que milhares de tropas da Ucrânia estão cercadas por militares russos e em uma posição "muito ruim e desfavorável". "Eu pedi fortemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas", escreveu o presidente dos EUA.

China, Rússia e Irã pediram nesta sexta-feira, 14, o fim das sanções dos EUA contra Teerã e a retomada das negociações nucleares. A reunião ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter enviado uma carta ao líder supremo iraniano na tentativa de reabrir o diálogo, enquanto impunha novas sanções ao país.

Os três países defenderam o fim das sanções "unilaterais ilegais", segundo o vice-ministro chinês Ma Zhaoxu, que leu uma declaração conjunta ao lado de representantes da Rússia e do Irã. "As três nações reiteraram que o envolvimento político e diplomático e o diálogo, baseados no princípio do respeito mútuo, continuam sendo a única opção viável e prática neste contexto", acrescentou Ma. O chanceler chinês Wang Yi também deve se reunir com os representantes.

Apesar de o Irã afirmar que não negociará sob pressão, suas autoridades enviam sinais contraditórios. O aiatolá Ali Khamenei já ironizou Trump, chamando seu governo de "opressor", mas o país enfrenta dificuldades econômicas devido às sanções e instabilidade política causada por protestos.

China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, participaram do acordo nuclear de 2015 ao lado de França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia. Os EUA saíram do pacto em 2018, intensificando as tensões no Oriente Médio.

O Irã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas enriquece urânio a 60%, nível próximo ao grau militar, bem acima do limite de 3,67% do acordo de 2015. Seu estoque também ultrapassa 8 mil kg, muito acima do permitido.

Pequim e Moscou mantêm relações estreitas com Teerã, sobretudo em acordos energéticos. O Irã também fornece drones à Rússia para a guerra na Ucrânia. Além disso, os três países compartilham o interesse em enfraquecer a influência dos EUA e das democracias liberais no cenário global. Fonte: Associated Press.

Dois juízes federais dos Estados Unidos proferiram decisões na quinta-feira, 13, exigindo que a administração do presidente Donald Trump recontrate milhares de trabalhadores do governo que haviam sido desligados após processos de demissões em massa. A avaliação dos juízes é que as demissões de funcionários que estavam em período probatório desrespeitaram a legislação.

O governo de Trump contesta as decisões. A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, descreveu a postura dos juízes como uma tentativa de invadir o poder do presidente de contratar e demitir funcionários. "A administração Trump lutará imediatamente contra essas ordens absurdas e inconstitucionais," disse Leavitt, em um comunicado.

A alegação do juiz distrital William Alsup, de São Francisco (Califórnia), é que as demissões realizadas em seis agências federais foram coordenadas pelo Escritório de Gestão de Pessoal e por um diretor interino do órgão que não tinha autoridade para atuar nesse caso. Já em Baltimore, o juiz distrital James Bredar constatou que o governo não seguiu as condições para demissões em grande escala, como o aviso prévio de 60 dias.

Pelo menos 24 mil funcionários em estágio probatório foram demitidos desde que Trump assumiu o cargo, no dia 20 de janeiro, de acordo com a decisão de Bredar. O governo não confirma o número de dispensas.

A Casa Branca argumenta que os Estados não têm o direito de tentar influenciar a relação do governo federal com os próprios trabalhadores. Os advogados do Departamento de Justiça argumentaram que as dispensas foram por questões de desempenho, e não demissões em larga escala sujeitas a regulamentos específicos.

A Casa Branca não retornou um pedido de comentário sobre o assunto. Fonte: Associated Press.