Pacheco: estaremos prontos a reagir a arroubos contra estado democrático

Política
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reagiu à participação do presidente Jair Bolsonaro em um desfile militar nesta terça-feira, 10, afirmando que o Congresso não vai aceitar "arroubos e bravatas" contra o Estado Democrático de Direito e intimidação a parlamentares.

O discurso foi feito no plenário do Senado após Pacheco ser pressionado por colegas a se posicionar sobre a postura do chefe do Planalto. O ato foi criticado por parlamentares por ocorrer no mesmo dia em que a Câmara deve rejeitar a bandeira do chefe do Planalto para instituir o voto impresso no Brasil e o Senado deve aprovar um projeto para revogar a Lei de Segurança Nacional.

Pacheco minimizou os efeitos do desfile, afirmando não acreditar em risco para a democracia ou intimidação ao Congresso, mas destacou que o Legislativo vai reagir a qualquer ameaça e defender a democracia.

"Absolutamente nada e ninguém haverá de intimidar as prerrogativas do parlamento. Não que eu interprete isso como algo que seja consistente de intimidação ao Parlamento, tampouco acredito, com a maturidade institucional que temos, que haja algum risco nesse sentido, mas temos que afirmar e reafirmar sempre para todos essa nossa responsabilidade cívica com a obediência à Constituição Federal", disse o senador.

O presidente do Senado declarou que não iria "supervalorizar" o evento, mas afirmou que o Congresso está atento. "Estaremos todos nós prontos a reagir a arroubos, a bravatas, a ações que definitivamente não calham no Estado Democrático de Direito." Pacheco destacou que o desfile ocorre no mesmo dia em que o Senado vai votar um projeto que "enterra o entulho autoritário" ao revogar a Lei de Segurança Nacional.

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Um edifício de 33 andares em construção, com uma grua no topo, desabou em Bangcoc, perto do popular mercado Chatuchak, após um terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar e Tailândia nesta sexta-feira, 28. Pelo menos três pessoas morreram no desabamento do edifício e 90 estavam desaparecidas, segundo o ministro da Defesa, Phumtham Wechayachai.

A pasta não forneceu mais detalhes sobre os esforços de resgate em andamento, mas os primeiros socorristas disseram que sete pessoas já haviam sido resgatadas na área.

Pelo menos dois trabalhadores da construção civil morreram por escombros ou detritos que caíram, disse o socorrista Songwut Wangpon a repórteres. O edifício estava sendo construído pela China Railway Construction Corporation para o auditor-geral do governo da Tailândia.

Em outros lugares, as pessoas em Bangcoc desocuparam prédios e foram aconselhadas a ficar ao ar livre, caso houvesse mais tremores secundários. O Serviço Geológico dos EUA e o centro GFZ de geociências da Alemanha informaram que o terremoto foi superficial, a uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com relatórios preliminares. Terremotos mais superficiais tendem a causar mais danos.

A prefeitura de Bangcoc declarou a cidade como área de desastre para facilitar a resposta ao terremoto. A grande área metropolitana de Bangcoc abriga mais de 17 milhões de pessoas, muitas das quais vivem em apartamentos de andares elevados.

O epicentro do terremoto foi perto de Mandalay, em Mianmar. Ele foi seguido por um forte tremor secundário de magnitude 6,4. O governo do país informou que havia uma grande demanda por sangue nas áreas mais afetadas.

O terremoto teria derrubado vários edifícios, incluindo o mosteiro Ma Soe Yane, um dos maiores da cidade, e danificado o antigo palácio real. Em Sagaing, ao sudoeste da cidade, uma ponte de 90 anos desabou e algumas partes da estrada que conecta Mandalay à maior cidade de Mianmar, Yangon, também foram danificadas.

O governo militar de Mianmar declarou um estado de emergência em seis regiões e Estados, incluindo a capital Naypyitaw e Mandalay.

O ministro de Defesa da França, Sébastien Lecornu, conversou com sua contraparte americana - o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth - por telefone na manhã desta sexta-feira, 28, para discutir a situação no Oriente Médio e os esforços de ambos os países para assegurar a estabilidade da região.

Em publicação no X, Lecornu afirmou que as autoridades discutiram a liberdade do movimento no Mar Vermelho e a manutenção do acordo de cessar-fogo no Líbano, após o exército de Israel realizar bombardeios em Beirute, capital libanesa, pela primeira vez desde novembro de 2024.

Mais cedo, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que conversará com o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre formas de garantir o cessar-fogo e fez críticas aos ataques israelenses.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, prometeu nesta quinta-feira, 27, que os Estados Unidos responderão com força se a Venezuela atacar a Guiana na disputa territorial em andamento que envolve enormes reservas de petróleo e gás. Rubio disse que seria um "dia muito ruim" para a Venezuela se isso acontecesse.

Ele fez uma breve parada em Georgetown, capital da Guiana, hoje para conversar com o presidente do país, Irfaan Ali, e outras autoridades antes de viajar para o Suriname.

"As ameaças regionais são baseadas em reivindicações territoriais ilegítimas de um regime de narcotráfico", declarou Rubio aos repórteres em uma coletiva de imprensa conjunta com Ali. "E quero ser franco: haverá consequências para o aventureirismo. Haverá consequências para as ações agressivas".