CPI quebra sigilo fiscal de Frederick Wassef e líder do governo Ricardo Barros

Política
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A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira, 19, pedido de quebra de sigilo fiscal do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara. O colegiado vai requerer os dados à Receita Federal, assim como informações sobre investigações que envolvam o parlamentar no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU). Na sessão desta manhã, os senadores também deram aval a um requerimento que quebra o sigilo fiscal de Frederick Wassef, que se apresenta como advogado do presidente e sua família.

Wassef se tornou amplamento conhecido após a Polícia Federal encontrar e prender Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro acusado de comandar um esquema de rachadinha para o parlamentar quando ele era deputado estadual pelo Rio, em uma propriedade sua na cidade de Atibaia, no interior paulista, em junho de 2020.

Em ambos os casos - Wassef e Barros -, as informações precisarão ser fornecidas pela Receita Federal, com dados de empresas em que o advogado e o deputado possam ter participação, como de faturamento desses negócios.

O autor do pedido de quebra de sigilo de Wassef foi o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Durante a sessão desta manhã, ele afirmou que, a partir dos depoimentos colhidos até o momento na comissão, foram interrelacionados comportamentos, transferências monetárias e ligações societárias entre diversas empresas e pessoas. Na lista apresentada pelo senador estão nomes como de Wassef e Francisco Maximiano, um dos sócios da Precisa Medicamentos, investigada pela negociação da vacina indiana Covaxin com o governo federal que presta depoimento nesta quinta.

"E é exatamente nessa esteira que, visando complementar e esclarecer as informações já levantadas anteriormente, faz-se imperiosa a aprovação do presente requerimento. Além de tudo, as pessoas acima relacionadas possuem registros de passagens de recursos e/ou relacionamentos comerciais com origem ou destino na empresa Precisa Comercialização de Medicamentos, seus sócios, familiares destes e outros investigados por esta CPI", afirmou Calheiros.

O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, suspeito de pedir propina para negociar vacinas, também foi incluído em requerimentos aprovados nesta manhã. A comissão pediu ao Ministério da Saúde e à Casa Civil informações sobre a atuação do ex-diretor.

Fib Bank

Na extensa lista de requerimentos votados está ainda a quebra de sigilos fiscal, bancário, telemático e telefônico da Fib Bank, instituição financeira que teria dado a garantia ao negócio fechado entre a Precisa Medicamentos e o governo federal na compra da vacina indiana Covaxin. Para senadores da comissão, há suspeitas de irregularidade na garantia apresentada pela empresa. Os diretores do Fib Bank, Roberto Pereira Ramos Junior e Luiz Henrique Lourenço Formiga, foram convocados a depor.

"A Precisa procura uma empresa que sequer está autorizada pelo Banco Central a atuar como instituição financeira, que agora sabemos teve seu capital integralizado de forma duvidosa, e aponta indícios de uma operação fraudulenta", aponta o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) no requerimento aprovado pela CPI. Além de chancelar a quebra sigilo da empresa, a CPI também pediu informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), cartórios e à Junta Comercial de São Paulo e do Paraná sobre o Fib Bank.

Bloco de requerimentos

O bloco de requerimentos aprovado prevê aprofundar as informações em relação à Precisa. Os senadores quebraram o sigilo fiscal e pediram informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de diversas pessoas e empresas ligadas à empresa, entre elas o dono da empresa, Francisco Maximiniano, depoente desta quinta.

A quebra de sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático inclui a Global Gestão em Saúde, outra empresa de Maximiano que já foi alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) por um contrato com o Ministério da Saúde em 2017. Em relação à Precisa, o senador Tasso Jereissati destacou que a quebra de sigilo da matriz da empresa já foi aprovada pela comissão. Hoje, a comissão deu aval à transferência de informações de filiais da Precisa.

Conforme o Estadão mostrou, Maximiano levou à Índia uma comitiva de empresários com os quais sua rede de empresas fez transações milionárias consideradas suspeitas. A CPI da Covid apura se alguma dessas movimentações financeiras serviram para lavagem de dinheiro. A comissão também pedirá ao Itamaraty informações sobre os contatos da Precisa com a fabricante da vacina Covaxin, Bharat Biotech, que suspendeu as negociações com a empresa brasileira após o início da investigação.

Representantes de duas empresas que negociaram com o Ministério da Saúde foram convocados para prestar depoimento. O sócio da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori, e o executivo da World Brands Jaime José Tomaselli serão chamados para depor, conforme os requerimentos aprovados. A CPI também aprovou uma série de pedidos para solicitar informações sobre hospitais do Rio de Janeiro.

Apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-CE), um requerimento que pede sejam fornecidos à CPI extrato de mensagens, chamadas de voz e vídeo, bem como de telefones da agenda de contatos de todas as pessoas que já foram alvo de quebra de sigilo telemático também foi aprovado pelos senadores.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta terça, 18, que os ataques contra o Hamas na Faixa de Gaza continuarão e qualquer negociação futura sobre cessar-fogo ocorrerá "sob fogo" a partir de agora. As declarações foram dadas em um discurso na TV, o primeiro desde os bombardeios contra o território que mataram mais de 400, no dia mais letal da guerra desde seus primeiros meses em 2023.

"Este é apenas o começo. Vamos lutar até atingir todos os objetivos da guerra. De agora em diante, as negociações serão conduzidas apenas sob fogo", disse Netanyahu, que também rejeitou as acusações de que havia renovado a guerra em Gaza para sua própria sobrevivência política. Segundo ele, seus oponentes, ao fazer tais comentários, ecoavam a "propaganda do Hamas".

Os ataques acontecem em um momento tenso na política interna israelense. Netanyahu disse no domingo que demitirá Ronen Bar, chefe do serviço de segurança interna Shin Bet, uma decisão controvertida que provocou acusações de autoritarismo. Protestos foram planejados para hoje.

Críticos do primeiro-ministro argumentaram que ele rejeitou acordos que encerrariam a guerra e libertariam mais reféns para preservar sua coalizão de governo, que inclui apoiadores de ultradireita.

O grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, acusou Israel de anular o acordo de cessar-fogo, mas não respondeu militarmente aos ataques. A primeira fase do cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro. Nesse período, o Hamas devolveu 33 reféns em troca de 1,8 mil prisioneiros palestinos. Ela foi encerrada no dia 1.º e desde então as negociações para a segunda fase não avançaram.

A próxima etapa deveria libertar os últimos reféns mantidos no território, estimados em 24. Os mediadores esperavam que as negociações levassem ao fim do conflito. Mas os líderes israelenses disseram que não estavam dispostos a parar a luta até eliminar o Hamas. O grupo disse que poderia entregar o controle civil do território, mas não dissolver batalhões de combatentes armados ou enviar líderes para o exílio.

Vítimas

Em Gaza, a intensidade do bombardeio lembrou os primeiros dias da guerra, quando Israel lançou uma onda implacável de ataques aéreos em resposta ao atentado do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito.

Autoridades de saúde em Gaza relataram 404 mortes, incluindo um grande número de mulheres e crianças. Mais de 600 ficaram feridos. Militares israelenses disseram ter como alvo comandantes militares e autoridades políticas do Hamas. O grupo confirmou a morte de cinco altos integrantes do grupo. A Jihad Islâmica Palestina disse que o porta-voz de sua ala militar também foi morto. Ataques aéreos e fogo de artilharia continuaram ao longo do dia.

A Casa Branca afirmou que Israel consultou os EUA antes de lançar os ataques e o presidente Donald Trump deu sinal verde para eles.

Antes do discurso de Netanyahu, o ministro da Defesa, Israel Katz, indicou que o conflito deve seguir por semanas ou até meses. "O Hamas deve entender que as regras do jogo mudaram", disse Katz a jornalistas durante uma visita a uma base aérea. O Exército israelense emitiu ordens de retirada para áreas mais ao norte e leste de Gaza, sugerindo que novos ataques terrestres poderiam ser lançados.

O tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz militar, disse que Israel lançou os bombardeios após descobrir que o Hamas estava planejando novos ataques para capturar ou matar civis ou soldados israelenses porque o Hamas se recusou a libertar o restante dos reféns.

Vários estados árabes e europeus, assim como a Rússia, condenaram os bombardeios israelenses. O Egito denunciou o que considerou uma tática israelense para expulsar os palestinos de Gaza. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia da Turquia prendeu nesta quarta-feira (19) o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, considerado um dos maiores rivais do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan. O detento foi acusado de liderar uma organização criminosa e terrorismo, de acordo com a agência de notícias estatal turca, Anadolu.

Imamoglu rejeitou as acusações e as classificou como uma tentativa de "golpe contra a vontade do povo", em um vídeo postado no X. "A vontade do povo não pode ser silenciada por meio de intimidação ou atos ilegais", escreveu em outra publicação na rede social.

Ele é considerado como um importante desafiante para Erdogan desde quando venceu a eleição para prefeito da maior cidade do país, em 2019, e foi reeleito em 2024. Imamoglu, único concorrente nas primárias presidenciais que acontecem neste mês, é visto como um candidato viável para desafiar Erdogan e o Partido da Justiça e Desenvolvimento no poder pela presidência. Fonte: Dow Jones Newswires.

A ex-atriz canadense Jasmine Mooney, que participou do filme American Pie: O Livro do Amor (2009), relatou ter ficado 12 dias presa após tentar um visto para trabalhar nos Estados Unidos. Jasmine narrou o ocorrido em uma entrevista ao jornal The New York Times nesta terça, 18.

Nem o Serviço de Imigração e Alfândega e nem a Casa Branca responderam a pedidos do NYT para um pronunciamento sobre o assunto.

Segundo a ex-atriz, ela havia levado sua documentação a oficiais de uma fronteira na Califórnia para tentar seu visto. Jasmine havia recebido uma oferta para trabalhar em uma startup de saúde e bem-estar.

Ao chegar lá, ela foi informada pelos agentes que estava no local errado e levada a outra sala. Jasmine, então, foi surpreendida ao ser presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega do país.

"Eles disseram: 'Mãos na parede'", narrou a ex-atriz. Jasmine afirma ter tentado conversar com os agentes, dizendo que não tinha a intenção de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, mas em vão.

Seis dias depois, a ex-atriz contou ter sido informada de que ela e outras presas seriam transferidas a outra prisão no Arizona. Na ocasião, Jasmine disse que teve de responder a uma série de perguntas sobre se havia sido abusada sexualmente, se havia tentado suicídio, além de ser obrigada a fazer testes de gravidez em banheiros sem porta.

Enquanto ainda estava presa, ela conversou com uma emissora local, a KGTV, e afirmou que teve de dormir em um colchonete, sem cobertor e sem travesseiro, e enrolada com uma folha de alumínio. "Nunca na minha vida vi algo tão desumano", disse Jasmine.

A ex-atriz foi solta na última sexta, 14, e retornou a Vancouver, no Canadá. Ela foi proibida de entrar nos EUA por cinco anos. Jasmine, porém, pretende apelar da decisão.

Desde que assumiu o mandato, o presidente Donald Trump vem tomando "táticas linha-dura" para tentar barrar as imigrações para o país. Entenda as medidas do governo Trump aqui.