Padilha: Comandantes ficaram impressionados com dedicação de Lula durante reunião

Política
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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Alexandre Padilha, afirmou que os comandantes das Forças Armadas "ficaram impressionados com a dedicação" e tiveram debate "muito positivo" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião nesta sexta-feira, 20, no Palácio do Planalto.

Padilha repetiu a versão do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de que o envolvimento de militares nos atos golpistas de 8 de janeiro não foi tratado e que o assunto principal do encontro foi uma política de investimentos em projetos das Forças.

"Os comandantes ficaram muito bem impressionados com a dedicação de Lula durante a reunião, de dialogar sobre os temas, discutir sobre os temas, relembrar investimentos que fez quando foi presidente da República e foram paralisados", afirmou Padilha, ao destacar que a reunião "foi produtiva".

O titular da Serin disse ainda que os investimentos na área da Defesa podem vir por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). "Você tem PPPs, parte dos investimentos em inovação tecnológica, fortalecimento da capacidade produtiva do País. Não é um plano que tem recursos apenas do Orçamento Geral da União, é um plano que tem uma combinação de investimentos. O Brasil vai voltar a ter um plano de Defesa", garantiu.

Após almoço com militares na terça-feira, 17, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também falou na possibilidade de realização de PPPs para projetos da Defesa que envolvem produção de tecnologia e conhecimento.

Montagem do governo

Padilha reiterou que deve ser publicado na próxima semana um decreto com remanejamento de cargos do governo para os ministérios recriados e criados por Lula. "Temos remanejamento de cargos sem aumentar custos e sem aumentar criação de cargos. Estruturas que foram destruídas pelo governo Bolsonaro foram recriadas", destacou. A previsão é de que o decreto seja publicado no dia 24 ou 25.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.