CPI pede que Saúde informe gastos em tentativa de trazer vacinas da Índia

Política
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), iniciou a sessão desta quinta-feira, 26, solicitando a criação de um requerimento de informações para que o Ministério da Saúde informe quanto foi gasto na tentativa "fracassada" - como classificou - do governo tentar se trazer 2 milhões de doses da vacina contra covid-19 da Índia. Em janeiro deste ano, o governo brasileiro chegou a preparar um avião para buscar as vacinas do país, contudo, as negociações tiveram diversos atrasos.

De acordo com notícia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, após fracassar na tentativa de buscar as doses, o Itamaraty negociou secretamente com o governo indiano e conseguiu transportar as mesmas doses por um valor muito menor. Segundo a publicação, a primeira tentativa do governo de buscar os imunizantes teria gerado um prejuízo de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões na cotação atual) para a Fiocruz. após isso, o Itamaraty negociou secretamente com o governo indiano e conseguiu transportar as mesmas doses por US$ 55 mil (R$ 288 mil na cotação atual), cerca de 10% do valor pago anteriormente.

"Tudo que se fez com a Índia em termo de vacina foi problemático", criticou Aziz, ao afirmar que o governo fez um "carnaval" para buscar as doses da vacina na Índia. Segundo ele, a operação "atrapalhada" teve um alto custo e não gerou nenhum benefício ao País.

Na mesma linha, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), solicitou que o relatório final da CPI inclua um quesito de ressarcimento do valor gasto na operação aos cofres públicos. "Um custo de mais de meio milhão de reais é um custo que não pode deixar de ser ressarcido aos cofres públicos", afirmou.

O vice-presidente destacou ainda que o ressarcimento deveria ser feito por parte dos responsáveis pela ação, o presidente da república, Jair Bolsonaro, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

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O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, convocou eleições para 3 de maio em um cenário de recuperação econômica e crescente incerteza em torno das perspectivas globais.

As pesquisas mostram que a eleição terá uma disputa acirrada, com o governo trabalhista esperando que o anúncio de mais cortes de imposto de renda no orçamento para 2025-2026 ajude a garantir um segundo mandato.

Questões globais e liderança devem emergir durante toda a campanha, com a Casa Branca de Trump já mirando a Austrália com tarifas de aço e alumínio.

O governo trabalhista vai às urnas com apenas uma pequena maioria na Câmara dos Representantes.

Albanese disse a repórteres, em Canberra, que pretende fazer campanha com base no histórico da melhora da economia e do custo de vida mais brando.

"O que eu quero é uma campanha sobre substância política e sobre esperança e otimismo para o nosso país", disse.

"Estou otimista sobre a Austrália", acrescentou. "Essa é uma das grandes distinções nesta campanha."

O Partido Trabalhista apontará para a queda das taxas de juros, crescimento salarial mais forte e inflação controlada durante a campanha de cinco semanas.

"A Austrália está virando a esquina", disse Albanese.

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., disse que reduziria significativamente o tamanho do departamento que dirige, reformulando as agências de saúde do país e fechando escritórios regionais. Kennedy Jr. declarou nesta quinta-feira, 27, que a agência cortaria 10.000 funcionários em tempo integral espalhados por agências encarregadas de responder a surtos de doenças, aprovar novos medicamentos, fornecer seguro para os norte-americanos mais pobres e muito mais.

Os cortes se somam aos cerca de 10.000 funcionários que optaram por deixar o departamento por meio de ofertas de demissão voluntária desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo.

"Vamos eliminar toda uma sopa de letrinhas de departamentos e agências, preservando sua função principal", disse Kennedy Jr. em um vídeo publicado no X. Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou nesta quinta-feira, 27, que a "antiga relação que tínhamos com os Estados Unidos, baseada na integração de nossas economias e na estreita cooperação em segurança e assuntos militares, chegou ao fim". Durante coletiva de imprensa, ele afirmou que os norte-americanos "claramente" deixaram de ser parceiros confiáveis após as tarifas "injustificadas" impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

"Nossa resposta às tarifas é lutar com retaliações. Vamos impor medidas de grande impacto aos EUA e de baixo impacto ao Canadá. Não existe uma bala de prata para as tarifas e, não vou mentir, o caminho será longo", declarou Carney.

O premiê disse que deve se reunir na sexta-feira com ministros de seu gabinete para definir uma resposta conjunta às tarifas recíprocas a serem impostas pelos EUA em 2 de abril. "Nada está fora da mesa."

Carney também revelou que Trump entrou em contato com o governo canadense na quarta-feira à noite para agendar uma ligação telefônica e que deve falar com o republicano "dentro de um ou dois dias".

Segundo ele, as negociações tarifárias com os norte-americanos podem levar a uma restauração parcial da confiança entre os dois países. "Chegará o momento de uma ampla renegociação dos acordos comerciais e de segurança com os EUA", afirmou.

A retaliação canadense às tarifas de Trump será anunciada na próxima semana, com base nas ações do governo americano em 2 de abril. Carney prometeu responder "a cada tarifa que os EUA aplicarem sobre nós" e mencionou a possibilidade de que alguns ministros viajem a Washington nos próximos dias para novas discussões sobre o tema.

Além disso, o primeiro-ministro destacou a necessidade de reduzir "drasticamente" a dependência do Canadá em relação aos EUA. "Vamos fortalecer o setor automotivo do Canadá, por exemplo, e faremos o mesmo com outros setores. Queremos construir uma indústria automobilística forte no nosso país e podemos sustentá-la mesmo com as tarifas americanas", declarou.

E acrescentou: "Vamos construir um futuro independente para o Canadá."