Manifesto é 'chamamento para colocar os adultos na sala', diz presidente da Abag

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O manifesto de entidades do agronegócio em defesa da democracia, divulgado nesta segunda-feira, 30, já estava pronto antes mesmo do adiamento do texto capitaneado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de acordo com o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito. De acordo com ele, a entidade quer chamar "os adultos" à discussão em um momento de crise política.

"No caso do nosso manifesto, já estava pronto, e o manifesto foi muito aberto mas muito centrado na posição de desenvolvimento, de crescimento, e de paz, nós estamos precisando de paz", disse Brito, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda.

O presidente da Abag afirmou que o texto não tem a intenção de simplesmente criticar o governo, mas sim de ampliar a discussão sobre a crise. "Ali não é uma crítica para ninguém. É um chamamento para colocar os adultos na sala", afirmou.

O documento é assinado por várias entidades representativas do agronegócio brasileiro. Além da Abag, são signatárias a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), a Croplife Brasil (que representa empresas de defensivos químicos, biológicos, mudas, sementes e biotecnologia), a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), entre outras.

Segundo Brito, o grupo chegou a ter dúvidas sobre se soltaria ou não o texto. Mas o conselho de uma das associações - cujo nome não revelou - entrou em contato com a Abag para estimular a divulgação do manifesto. Brito disse que muitas entidades não assinaram o texto por temor de represálias do setor público à cadeia de fornecedores, por exemplo. "O Brasil tem uma democracia muito jovem, onde esse tipo de manifesto é visto como crítica", disse.

Agronegócio

O presidente da Abag afirmou que é a favor de quaisquer manifestações, desde que sejam "democráticas". Segundo Brito, o manifesto de entidades do setor capitaneado pela Abag não tem a pretensão de representar todo o agronegócio.

"Eu sou a favor de toda e qualquer manifestação, desde que seja pacífica, ordeira e democrática", disse o presidente da Abag durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. Brito não se referiu a manifestações específicas, mas disse que outras associações têm direito a divulgar posicionamentos sobre o cenário político se assim o quiserem.

O presidente da Abag afirmou que o texto divulgado nesta segunda pela Abag e por outras associações do agro representa o posicionamento dessas entidades, e não de todo o setor. "Não tenho a pretensão de falar pelo agronegócio", comentou.

Em outra categoria

A parceria entre a Rússia e a China é de natureza estratégica e a cooperação entre Moscou e Pequim na esfera militar está se desenvolvendo em todas as áreas, disse o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, segundo a agência de notícias RIA Novosti.

O dirigente afirmou ainda que o espaço e a energia nuclear são áreas promissoras de cooperação.

"Hoje, esta é uma parceria estratégica... Na parte militar, tudo está se desenvolvendo em todas as direções", disse Shoigu aos jornalistas. Ele observou que a Rússia e a China realizam patrulhas aéreas estratégicas conjuntas na região da Ásia-Pacífico e que os dois países também realizam exercícios navais.

Shoigu disse ainda que a declaração do presidente francês Emmanuel Macron sobre a possibilidade de defender a União Europeia com armas nucleares francesas, representa uma ameaça direta a toda a comunidade mundial. Segundo Shoigu, a Rússia leva isso muito a sério.

O secretário do Conselho de Segurança russo afirmou ainda que as armas do país foram aperfeiçoadas durante a operação militar especial e haverá uma longa fila para elas no mundo, disse o secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Sergei Shoigu.

Shoigu disse que as armas foram colocadas à prova em combate e foram levadas à perfeição.

O governo da Malásia deu aprovação final para que uma empresa de robótica marinha do Texas (EUA) retome as buscas pelo voo Malaysia Airlines MH370, que desapareceu há mais de dez anos. Acredita-se que a aeronave caiu no sul do Oceano Índico.

Ministros do gabinete concordaram com os termos e condições de um contrato baseado na política "no-find, no-fee" (sem achado, sem pagamento) com a empresa Ocean Infinity, também do Texas. A nova operação de busca no fundo do mar será realizada em uma área de 15 mil quilômetros quadrados no oceano, informou o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, em um comunicado na quarta-feira, 19.

A Ocean Infinity receberá US$ 70 milhões apenas se os destroços forem encontrados.

O avião Boeing 777 desapareceu dos radares logo após decolar em 8 de março de 2014, transportando 239 pessoas, a maioria cidadãos chineses, em um voo de Kuala Lumpur, capital da Malásia, para Pequim, capital da China. Dados de satélite indicam que a aeronave desviou da rota e seguiu para o extremo sul do Oceano Índico, onde acredita-se que tenha caído.

Uma extensa e cara operação de busca multinacional falhou em localizar o avião, embora destroços tenham sido encontrados na costa leste da África e em ilhas do Oceano Índico. Uma busca privada realizada em 2018 pela Ocean Infinity também não obteve sucesso.

A aprovação final para a nova busca veio três meses após a Malásia ter dado um aval inicial para os planos de retomar as operações. O CEO da Ocean Infinity, Oliver Plunkett, afirmou anteriormente que a empresa aprimorou sua tecnologia desde 2018 e que especialistas analisaram novos dados, reduzindo a área mais provável para a localização dos destroços.

O ministro Anthony Loke disse que o contrato será formalizado em breve, mas não revelou detalhes sobre os termos. A empresa já teria enviado um navio para a área e indicou que o período entre janeiro e abril é o mais adequado para a busca.

"O governo está comprometido em continuar a operação de busca e em proporcionar um desfecho para as famílias dos passageiros do voo MH370", afirmou Loke no comunicado.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que exige que todos os cidadãos ucranianos presentes em territórios ocupados pelos russos sem autorização legal para permanência (residência) "deixem a Federação Russa por conta própria ou regularizem sua situação jurídica até 10 de setembro de 2025".

O decreto também estipula que estrangeiros e apátridas que tenham chegado às regiões da República Popular de Donetsk, República Popular de Lugansk, Oblast de Zaporíjia e Oblast de Kherson "para fins não relacionados ao exercício de atividade laboral, por mais de 90 dias consecutivos, ou para fins de trabalho, sem ter passado por exame médico", deverão ser submetidos a testes para detecção de drogas e possíveis doenças infecciosas até 10 de junho.