PF prende mais um suspeito de ataque hacker ao sistema do STF

Política
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A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 31, em Fortaleza, no Ceará, um homem suspeito de envolvimento no ataque aos sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação de hoje é um desdobramento da segunda fase da Operação "Leet", aberta no último dia 11, em que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Ceará.

A partir da análise do material apreendido na etapa anterior, a Polícia Federal identificou a participação do novo suspeito no crime cibernético que atingiu o STF e em outras ações contra outras instituições públicas e privadas. Ele já tinha sido alvo da Operação Capture the flag, em junho, que investigou a invasão em sistemas informatizados de órgãos públicos para vazar dados privados de servidores e autoridades, incluindo supostos exames do presidente Jair Bolsonaro.

O hacker vai responder, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa e invasão de dispositivo informático de uso alheio, cujas penas, somadas, podem chegar a cinco anos de prisão.

A investigação que levou ao grupo suspeito foi aberta no início de maio, a pedido da Polícia Federal, após a equipe de tecnologia da informação do STF comunicar aos investigadores 'uma série de condutas suspeitas que indicavam' que o site do tribunal seria alvo de um ataque hacker. O inquérito corre sob sigilo.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Como mostrou o Estadão, os investigadores suspeitavam que a suposta invasão poderia ter relação com os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, que também estão sob a relatoria do ministro. Uma das possibilidades que chegou a ser cogitadas é a de que um algum grupo ativista anti-STF estaria por trás do ataque.

As apurações preliminares sobre o ataque chegaram a indicar que o acesso não teve intuito de "sequestro de ambiente" - como ocorreu em episódios envolvendo o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Rio e Janeiro -, mas sim de obtenção de dados. "O acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas", comunicou o STF em nota divulgada no dia 7 de maio em razão do ocorrido.

A quantidade de acessos ao site do Supremo na ocasião foi muito superior à que é normalmente identificada, o que causou estranheza aos servidores da Corte. O portal chegou a ser retirado do ar para "segurança das informações".

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.