STF reforça segurança de ministros em meio a temor de violência em atos

Política
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Preocupado com as manifestações previstas para esta terça-feira, 7, o Supremo Tribunal Federal reforçou a segurança de seus dez ministros - a cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho, permanece vaga. A corte é alvo recorrente dos aliados radicais do presidente Jair Bolsonaro, sendo que dois de seus integrantes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, são considerados desafetos pelo chefe do Executivo.

A corte fechou as portas na véspera do feriado para "facilitar os preparativos de segurança". A escolta nas instalações do tribunal será reforçada por agentes das forças de Segurança Pública do governo do Distrito Federal, a entrada de visitantes no prédio ficará proibida e a Praça dos Três Poderes, onde fica a sede do STF, estará fechada.

No fim de semana anterior às manifestações, Bolsonaro voltou, mais uma vez, a subir o tom contra o STF, em especial contra os ministro Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O presidente afirmou que os atos marcados para o dia 7 serão um "ultimato para duas pessoas", em referência aos magistrados.

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Barroso entrou na mira de Bolsonaro em razão da defesa da urna eletrônica e do sistema eleitoral brasileiro. Desde sua campanha ao Planalto, Bolsonaro faz alegações sem provas sobre as urnas eletrônicas, sendo que ao longo do último mês recebeu duros recados do Judiciário sobre o tema. O chefe do Executivo se tornou alvo de inquéritos sobre as bravatas contra a urna eletrônica.

Com perfil discreto, Barroso por vezes dá respostas breves e indiretas sobre a ofensiva do Planalto. Ao pedir a investigação do presidente pelos ataques ao sistema eletrônico de votação e as ameadas às eleições 2022, o magistrado chegou a dizer que a "obsessão" de Bolsonaro por ele não "fazia qualquer sentido" e "não era correspondida".

Às vésperas do 7 de Setembro, o ministro divulgou em seu perfil no Twitter sua tradicional lista de "dicas da semana" reproduzindo uma frase atribuída ao ex-deputado Carlos Lacerda: "Quem está no poder deve ter interesse em ordem, não em desordem". Para acompanhar a declaração, o ministro sugeriu o livro Código Machado de Assis, de Miguel Matos, e a música "Você não sabe", da cantora Ana Carolina.

Já o ministro Alexandre de Moraes se tornou um dos principais alvos do presidente em razão dos inquéritos que tem sob sua relatoria, muitos deles sensíveis ao Planalto e contra aliados do chefe do Executivo.

Nos últimos dias, a pedido da Procuradoria-Geral da República, Alexandre de Moraes determinou uma série de medidas contra apoiadores do presidente no inquérito sobre a "ilícita incitação da população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos, violentos e atentatórios ao Estado Democrático de Direito e às suas instituições" durante o feriado de 7 de Setembro.

Entre as diligências cumpridas pela Polícia Federal estão as prisões preventivas de dois bolsonaristas que proferiram ameaças ao ministro do STF - Marcio Giovani Niquelatti e Cassio Rodrigues Costa Souza. O primeiro, capturado em Santa Catarina neste domingo, 5, disse, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que há um empresário "grande" que está oferecendo dinheiro pela "cabeça" do ministro do STF, "vivo ou morto". Já Souza, preso nesta segunda-feira, 6, é responsável por ameaças diretas a Alexandre de Moraes, tendo postado no Twitter mensagem em que se diz policial militar e afirma que ele e outros agentes "vão matar" o ministro do STF e sua família.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.