Queiroz presta continência para boneco de Roberto Jefferson em ato bolsonarista

Política
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Após ser tietado na manifestação bolsonarista de Copacabana, zona sul do Rio, Fabrício Queiroz postou uma foto em que presta continência para um boneco de papelão do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Após passar anos preso por causa do Mensalão, Jefferson agora está na cadeia por integrar uma organização que busca "desestabilizar as instituições republicanas", segundo decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Na foto publicada no Instagram pessoal de Queiroz, restrito a seus seguidores, o amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro chama Jefferson de "patriota" e afirma: "Tem meu respeito!!"

Durante o ato no Rio, o ex-assessor da família Bolsonaro denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito das "rachadinhas" no gabinete do senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) foi tietado pelos manifestantes. Posou para fotos ao lado de apoiadores do presidente, do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e do estadual Rodrigo Amorim (PSL).

Queiroz é acusado de ser o operador dos desvios de salários de assessores "fantasmas" de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. Eles ainda não são réus, mas já foram denunciados pelo Ministério Público junto com outras 15 pessoas. O suposto operador chegou a ser preso preventivamente em junho do ano passado por tentar obstruir as investigações, mas conseguiu, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), converter a prisão em domiciliar. Em março deste ano, a mesma Corte o tornou livre.

Neste 7 de setembro, o policial da reserva publicou diversas imagens dos atos bolsonaristas, que tiveram forte teor golpista - especialmente nos ataques ao Judiciário. Numa delas, Queiroz aparece de camisa do Brasil ao lado do filho Felipe. Em um vídeo gravado em Copacabana, canta o hino nacional aos berros. O ex-assessor já havia compartilhado um vídeo da invasão de ontem à noite na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Na legenda, comemorou a ação: "Vap! Vap !!!"

As publicações bolsonaristas têm sido recorrentes no Instagram do policial da reserva. Na semana passada, por exemplo, divulgou que uma amiga estava vendendo bonés com os dizeres "Bolsonaro 2022". E se colocou como intermediário das vendas: "Interessado fazer contato no privado."

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.