Operação é inadmissível num Estado que se diz democrático de direito, diz Precisa

Política
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Após a Polícia Federal (PF) deflagrar operação nesta sexta-feira na qual faz buscas em endereço vinculado à empresa Precisa Medicamentos, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, a empresa se pronunciou. "É inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento e respondeu a quase 100 perguntas, enviou vídeo com esclarecimentos, termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1° de julho e 14 de julho", diz parte da nota assinada por Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados da Precisa Medicamentos.

Além disso, acrescenta o documento, seus representantes, sempre que intimados, prestaram depoimentos à PF, CGU, além de ter entregue toda documentação ao MPF e TCU.

Portanto, completa a nota, "a operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder as perguntas conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias. A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento".

Operação

As buscas da PF foram pedidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado e autorizadas pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais federais fazem as buscas desde as 6h.

Em nota, a cúpula da CPI - o presidente Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL) - afirmou que as buscas miram no contrato entre a Precisa Medicamentos e a empresa indiana Bharat Biotech. A operação também tem como alvo documentos relacionados a este contrato.

"A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações junto à empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se fez necessária a utilização deste instrumento judicial", afirma a cúpula.

A Precisa fechou contrato com o Ministério da Saúde, em 25 de fevereiro deste ano, para intermediar a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin a R$ 1,6 bilhão. O negócio entrou na mira da CPI após denúncia dos irmãos Miranda.

O servidor Luis Ricardo Miranda, da Saúde, e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) relataram ter ido ao presidente Jair Bolsonaro, em março, para denunciar irregularidades no contrato. Segundo eles, a Precisa teria enviado uma 'invoice' - nota fiscal - com pedido de pagamento antecipado de doses. A solicitação seria contrária ao contrato com o Ministério da Saúde, que teria de pagar após a entrega das doses. À CPI, o servidor também relatou pressões de superiores pela liberação da importação da Covaxin.

O contrato da Covaxin foi rescindido no fim de agosto, após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar indícios de falsificação em documentos entregues pela Precisa ao Ministério da Saúde. Atualmente, a pasta estuda sanções à empresa.

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Imagens de uma câmera de segurança divulgadas pelas autoridades locais de Colorado Springs, no estado de Colorado, nos Estados Unidos, mostram o momento exato em que um cachorro iniciou acidentalmente um incêndio em uma residência no meio da madrugada do dia 26 de junho. As informações são da ABC News.

Segundo a emissora americana, o corpo de bombeiros de Colorado Springs foi enviado ao endereço por volta das 4h43 da manhã no horário local, após receber uma ligação de uma família dizendo que um incêndio havia começado no fogão, mas que eles conseguiram apagá-lo relativamente rápido, informaram os bombeiros.

"Depois de conversar com os donos da casa e analisar as imagens de segurança, descobrimos que o cachorro deles ficou um pouco curioso e acidentalmente ligou o fogão, que tinha algumas caixas em cima", afirmou o corpo de bombeiros, em comunicado.

As imagens mostram um cachorro pulando e colocando as patas no fogão para inspecionar as caixas. As autoridades acreditam que, quando ele pulou, acidentalmente ligou o fogo, incendiando essas caixas.

De acordo com a ABC News, os moradores foram imediatamente alertados e acordados pelo seu HomePod, alto-falante inteligente da Apple, que enviou uma notificação de "calor alto", e um deles conseguiu apagar o fogo antes que se espalhasse pela casa. Ele foi levado para um hospital local e tratado por inalação de fumaça. Não houve outros ferimentos relatados, nem para os moradores nem para o animal de estimação.

O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no G20, embaixador Mauricio Lyrio, disse nesta sexta-feira, 5, que seus pares no grupo concordaram em retirar menções a conflitos globais das declarações ministeriais do grupo.

Esses "temas geopolíticos", como definiu Lyrio, serão contemplados em documentos separados de responsabilidade da presidência brasileira. Segundo Lyrio, o teor desses textos paralelos já foi negociado com os demais países.

A fórmula, que já foi usada pelo Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), será incorporada pelo G20 para destravar consensos em áreas específicas, alguns dos quais travados nas durante as duas últimas presidências, de Indonésia (2022) e Índia (2023).

Nessas duas presidências, disse Lyrio, não houve declarações conjuntas dos países, ou seja, com força no bloco, somente documentos emitidos pelas presidências e, portanto, com respaldo menor.

"O que conseguimos foi um acordo sobre como proceder nas reuniões ministeriais daqui em diante, para que se concentrem em seus temas e busquem entendimentos em suas áreas", disse Lyrio.

"Durante as últimas presidências, alguns países exigiam um parágrafo mencionando a questão da Ucrânia, e portanto, os ministros não emitiam a declaração conjunta. Cabia à presidência do momento emitir uma declaração, mas não ministerial", exemplificou.

Segundo o diplomata, exemplos de acordos praticamente fechados no âmbito do G20, mas que estavam pendurados em função de menções geopolíticas, são documentos relacionados à redução da desigualdade, racial, de gênero e socioeconômica, e outro sobre acesso à água e saneamento.

Esses assuntos, que devem finalmente ser alvos de declarações ministeriais, serão abordados durante reunião do grupo de trabalho de desenvolvimento do G20, nos dias 22 e 23 de julho no Rio de Janeiro. Essa reunião será presidida pelo ministro das relações exteriores, Mauro Vieira.

A Proteção Civil da Itália elevou o nível de alerta do vulcão Stromboli de laranja para vermelho na quinta-feira, 4, devido a uma nova erupção. O vulcão, de 927 metros, está localizado na ilha de mesmo nome, no sul do país. As autoridades também acionaram a fase operacional de pré-alarme, devido à "rápida evolução" das atividades do vulcão. As informações são do jornal português Público.

O vulcão Stromboli está em atividade contínua, mas geralmente de baixa intensidade. O nível de alerta vermelho implica o reforço do sistema de monitoramento do vulcão e permite que a Proteção Civil da ilha de Stromboli possa contar com o apoio de especialistas da Proteção Civil italiana.

Há cerca de 500 pessoas vivendo na ilha de Stromboli. As autoridades pediram à população que se "mantenha informada e siga escrupulosamente as instruções" de segurança, diz o Público. Segundo o jornal, a Proteção Civil italiana destacou que, "independentemente das fenomenologias vulcânicas de nível local, que podem ter variações frequentes, persiste uma situação de acentuado desequilíbrio do vulcão".

O presidente da Câmara Municipal de Lipari, autarquia que inclui Stromboli, também estabeleceu medidas de precaução iniciais destinadas a proteger a população da ilha.

O Público destaca que a ilha de Stromboli é um destino turístico popular que atrai diversos visitantes da Itália continental e da ilha da Sicília, que viajam para escalar o vulcão. A última grande erupção do vulcão Stromboli ocorreu em julho de 2019, deixando um morto e alguns feridos.