Chefe da PF diz que imagem da corporação foi afetada; Torres pode ser expulso

Política
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, foi ouvido como testemunha no processo disciplinar que pode levar à expulsão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, dos quadros da corporação.

O chefe da PF afirmou que ações e omissões de policiais federais têm afetado a imagem da instituição. Anderson Torres fez carreira como delegado federal e passou a ser investigado internamente na esteira dos atos golpistas do 8 de janeiro.

Quando os bolsonaristas radicais invadiram a Praça dos Três Poderes, Anderson Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal, mas estava de férias nos Estados Unidos. Ele assumiu o cargo no Governo do DF após o fim do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ex-ministro teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas e passou quatro meses preso preventivamente. A PF agora está cobrando os salários pagos no período em que ele esteve no presídio. O valor chega a R$ 120 mil.

A Polícia Federal apreendeu na casa dele, durante as investigações, um rascunho de decreto para Bolsonaro intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e anular o resultado da eleição. O documento apócrifo é uma das principais provas contra o ex-ministro.

Torres já prestou depoimento no inquérito. Ele foi ouvido por dez horas pela Polícia Federal e negou ter sido omisso ou conivente com os extremistas.

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"Há uma boa chance", declarou Trump quando perguntado se ele achava que Moscou e Kiev poderiam selar um acordo até sexta-feira, acrescentando que teve boas reunião com os dois lados.

Durante o evento anual Easter Egg Roll realizado na Casa Branca, o republicano também disse que teve "reuniões muito boas sobre o Irã" e expressou confiança de que uma solução comercial seria alcançada com a União Europeia. "No final das contas, teremos um acordo com qualquer um", afirmou ele.

A secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou nesta segunda-feira, 21, que o governo americano tenha iniciado o processo de busca por um novo secretário de Defesa, conforme noticiou a NPR. "Essa história da NPR é uma notícia falsa completa, baseada em uma fonte anônima que claramente não tem a mínima ideia do que está falando. Como o presidente disse esta manhã, ele apoia firmemente o secretário da Defesa", escreveu Leavitt, em publicação na rede social X.

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De acordo com a Reuters, o presidente americano Donald Trump disse a jornalistas hoje que "Pete está fazendo um ótimo trabalho" e que "todos estão felizes com ele". Quando questionado se continuaria confiando em Hegseth, Trump disse: "Ah, totalmente".

Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.