Bolsonaro entrega medalha de 'imbrochável' para Neymar e discute futuro do jogador na política

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou ao jogador de futebol Neymar Jr. uma medalha que ele tem distribuído a amigos e aliados desde quando era chefe do Executivo. Apelidada de "a medalha dos 3 I's", o objeto foi entregue pelo presidente ao jogador na última segunda-feira, 27, na mansão de Neymar em Mangaratiba (RJ), onde ele se recupera de uma lesão no joelho.

Na placa com uma imagem centralizada de Bolsonaro, aparentemente mais jovem, é possível ler o título "Clube Bolsonaro", seguido de três palavras que o ex-presidente já usou, em diferentes ocasiões, ao falar sobre si mesmo: "imbrochável", "imorrível" e "incomível".

O ex-presidente ainda disse ter conversado com o pai do jogador, do qual seria amigo há anos. Segundo ele, os dois falaram de planos para uma possível entrada de Neymar na política. "Já se faz planos para daqui a cinco anos. Não é que o Neymar vai estar velho, mas ele vai começar a sair do futebol".

Bolsonaro falou sobre o presente a Neymar durante o PL60+, um evento de seu partido focado no eleitor idoso realizado na última terça-feira, 28, em Brasília. "Ele mais do que ninguém merece aquela medalha", afirmou, e acrescentou que "o pessoal quer saber o que é 3 I, um é 'imorrível', o resto eu não posso falar não".

Os "3 I" do ex-presidente o acompanharam durante parte de seu período na chefia do Executivo. Em janeiro de 2021, Bolsonaro afirmou ser "imbrochável" ao dizer para apoiadores que estava fazendo "milagre" para governar com poucos recursos. Em maio do mesmo ano, respondeu ser "imorrível, imbrochável, incomível" quando um apoiador perguntou sobre seu estado de saúde. No mesmo mês, em dia de protestos contra o governo, voltou a usar os mesmos termos em uma postagem nas redes sociais.

O "imbrochável" voltou a aparecer em destaque durante a comemoração do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022. Na ocasião, Bolsonaro puxou o coro de "imbrochável" pouco depois de elogiar e beijar a primeira-dama, Michelle, e foi acompanhado por apoiadores que acompanhavam a solenidade. O ato repercutiu no exterior, a ponto de a imprensa internacional buscar traduções para o termo sexualizado.

Outro esportista também recebeu a medalha do presidente em 2021. Na ocasião, Hebert Conceiçao, atleta do boxe, estava em um evento com outros esportistas para receber a Medalha Mérito Desportivo Militar da Marinha.

No X (antigo Twitter), internautas reagiram com memes. Um usuário, em tom de piada, disse faltar o "I" de "infiel" na medalha, referindo-se aos casos recentes em que o jogador admitiu ter traído a ex-namorada Bruna Biancardi.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 22, que conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em publicação na Truth Social, Trump disse que os dois abordaram vários assuntos, incluindo comércio e relações com o Irã.

"A ligação correu muito bem - estamos do mesmo lado em todas as questões", escreveu o presidente dos EUA.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, reafirmaram nesta terça-feira, 22, o compromisso de aprofundar a cooperação bilateral, em meio a críticas conjuntas a práticas unilaterais que, segundo eles, ameaçam a estabilidade global. A conversa ocorreu por telefone.

O diálogo acontece em um contexto de crescente tensão no comércio internacional. Wang Yi destacou os esforços da China para "manter as regras internacionais" frente ao avanço de medidas protecionistas. "Os EUA, usando tarifas como arma, estão atacando indiscriminadamente vários países, violando abertamente as regras da OMC e prejudicando os direitos legítimos das nações", afirmou. "Essa regressão à lei da selva nas relações entre países é um retrocesso histórico, insustentável e cada vez mais rejeitada."

Segundo comunicado do governo chinês, Wang ressaltou que, desde o início do ano, Pequim e Londres vêm ampliando o diálogo estratégico em áreas como economia, energia e segurança. Estão previstas ainda novas conversas sobre inteligência artificial, tecnologia, mudança climática e educação. "A China está disposta a trabalhar com o Reino Unido para superar interferências e focar em cooperação mútua."

Lammy, por sua vez, afirmou que o Reino Unido "apoia firmemente o livre comércio e o sistema multilateral baseado na OMC".

O chanceler britânico também manifestou interesse em "aprofundar o intercâmbio de alto nível" com a China e em buscar soluções conjuntas para desafios globais.

Além das questões comerciais, os dois diplomatas trataram da guerra na Ucrânia. O comunicado não mencionou eventuais convergências, e o tema continua sendo um ponto sensível: o Reino Unido integra o bloco ocidental que apoia Kiev, enquanto a China mantém uma postura de neutralidade, defendendo negociações de paz, segundo o texto.

A Universidade de Harvard entrou com uma ação federal contra o governo de Donald Trump na segunda-feira, 21, argumentando que ele violou os direitos constitucionais da universidade ao congelar bilhões de dólares em financiamento federal e colocar em risco sua independência acadêmica.

O processo estabelece um confronto legal entre a universidade mais proeminente dos EUA e o presidente Trump, que está em uma campanha crescente para reordenar o ensino superior de elite.

"As consequências do exagero do governo serão graves e duradouras", disse o presidente de Harvard, Alan Garber, em uma mensagem comunitária anunciando a ação judicial.

As pesquisas em risco, devido aos cortes de verbas, incluem trabalhos sobre câncer infantil, surtos de doenças infecciosas e alívio da dor de soldados feridos em batalha, afirma Garber.

Harvard argumenta que o governo cortou os fundos "como parte de sua campanha de pressão" para forçar a universidade "a se submeter ao controle de seus programas acadêmicos".

A ação pede que o tribunal suspenda o congelamento do financiamento e declare ilegais tanto o congelamento quanto as exigências feitas à universidade. Fonte: Dow Jones Newswires.