Alckmin e Marina tomam posse nesta quarta-feira como ministros de Lula

Política
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O vice-presidente Geraldo Alckmin e a deputada federal Marina Silva tomam posse de seus respectivos ministérios nesta quarta-feira, 4. O ex-governador tucano, que migrou para o PSB, e a ex-petista, que se tonou uma das fundadoras da Rede, foram relevantes e simbólicos ao longo da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na representação da aliança partidária criada para impedir a reeleição de Jair Bolsonaro.

A cerimônia de posse de Alckmin teve início no final da manhã, no Palácio do Planalto. Além das funções de vice, o ex-governador de São Paulo será responsável também por liderar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, uma das quatro pastas desmembradas do ministério da Economia. Durante a transição, Lula disse mais de uma vez que Alckmin não seria ministro, mas suas tentativas de atrair nomes ligados diretamente ao setor, como o presidente da Fiesp, Josué Gomes, foram frustradas.

No cargo, o desafio do vice-presidente será "reindustrializar o Brasil e promover uma inserção internacional mais competitiva", segundo o relatório final do grupo de transição do governo petista. "A recriação do MDIC deve ser a primeira ação concreta do novo governo para reverter o quadro no setor produtivo e na inserção externa brasileira, de maneira a impulsionar a inovação tecnológica, o aumento de produtividade e competitividade, e a promoção de uma economia verde e limpa, não apenas na indústria, mas também no comércio e serviços", disse o GT de Indústria, Comércio e Serviços.

Marina irá assumir o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, pela segunda vez, às 16h, em uma cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A estreia no cargo foi durante o primeiro governo Lula, em 2003, ainda filiada ao PT. Após cinco anos, entre conflitos internos no governo referente a flexibilizações das regras ambientais em sua gestão, Marina optou por deixar o cargo e o partido.

A ambientalista deve encontrar um cenário crítico na pasta. O ministério, nos últimos quatro anos, foi foco de diversas polêmicas e acusações de desmonte de programas, por exemplo, contra o desmatamento. Num dos episódios de maior repercussão, em maio de 2020, o ex-ministro Ricardo Salles, durante uma reunião ministerial, defendeu aproveitar a pandemia de covid-19 como uma "oportunidade" para "ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas".

Antes mesmo de tomar posse, Marina já assinou sua primeira medida: extinguiu ato que criava um processo de "conciliação de multas" ambientais entre infratores e o Ibama.

Nesta quarta-feira, também toma posse a ministra do Esporte, Ana Moser, pasta recriada. A ex-jogadora de vôlei de 54 anos é conhecida também por sua trajetória de engajamento fora das quadras, marcada pelo desenvolvimento de projetos educacionais.

Até o momento, 25 ministros já tomaram posse no governo Lula, que terá 37 pastas. Entre aqueles que ainda pretendem realizar uma cerimônia de chegada ao cargo está a ex-senadora Simone Tebet. Filiada ao MDB e terceira colocada na corrida presidencial, ela foi crucial na disputa do segundo turno. Tebet será ministra do Planejamento, após ser vetada por petistas para comandar o Desenvolvimento Social.

Como mostrou o Estadão, Simone adiou a posse para quinta-feira, dia 5, para que seu marido pudesse participar do evento. Eduardo Rocha assumiu a Casa Civil do governador Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul, e já tinha compromisso nesta quarta no Estado.

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a proibição de entrada da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner e de Julio Miguel de Vido, ex-ministro de Planejamento do país sul-americano, "por envolvimento em corrupção significativa durante o tempo em que ocuparam cargos públicos".

De acordo com comunicado divulgado pelo Departamento de Estado americano, os familiares imediatos do dois ex-líderes argentinos também estão "inelegíveis para entrada nos EUA".

"Kirchner e de Vido abusaram de suas posições ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de múltiplos esquemas de suborno envolvendo contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino", afirmou Rubio.

O secretário declarou que os EUA continuarão a promover a responsabilização "de quem abusa do poder público para ganho pessoal" e reafirmou o compromisso do país em combater a corrupção global, "incluindo nos mais altos níveis de governo".

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, se reuniram com os líderes da Islândia, Noruega, Turquia e Reino Unido para discutir os resultados da reunião desta semana do Conselho Europeu, segundo comunicado da União Europeia. Costa e Von der Leyen destacaram a iniciativa da França e do Reino Unido na formação de uma "coalizão de países dispostos", com o objetivo de definir as garantias de segurança que os países europeus podem oferecer à Ucrânia.

O comunicado da UE também reiterou a necessidade urgente de "aumentar os investimentos em segurança e defesa" na Europa. De acordo com o texto, foram apresentados dois mecanismos de financiamento: o "National Escape Clause", que permite o desbloqueio de até 650 bilhões de euros nos orçamentos nacionais dos Estados-membros, e o "SAFE", que oferece empréstimos de até 150 bilhões de euros.

Países como Noruega e Islândia, que são membros da UE, poderão participar diretamente, enquanto outras nações, como o Reino Unido, Canadá e Turquia, poderão contribuir com até 35% de um produto de defesa. Para ampliar essa participação, serão necessários acordos de parceria em segurança e defesa.

Costa e Von der Leyen também ressaltaram o "apoio esmagador" do Conselho Europeu para colocar a Ucrânia em uma "posição de força", com o intuito de alcançar uma "paz justa e sustentável". Os líderes europeus celebraram a disposição da Ucrânia para um cessar-fogo total e reforçaram que a paz "não deve recompensar o agressor", reforçando a necessidade de aumentar a pressão sobre a Rússia.

Os participantes concordaram em continuar coordenando esforços para fortalecer a Ucrânia e aumentar a segurança europeia. De acordo com o comunicado, os governos da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Japão também serão informados sobre os resultados do Conselho Europeu.

A Boeing venceu a disputa para desenvolver o novo caça de próxima geração do Pentágono, superando a Lockheed Martin. O contrato tem impacto significativo para os resultados financeiros da empresa, sua fragilizada divisão de defesa e sua relação com o governo Trump.

O novo caça substituirá o F-22, da Lockheed, e será projetado para operar junto a drones semiautônomos já em estágio avançado de desenvolvimento. O Pentágono não divulgou estimativas de custo para o programa, mas especialistas calculam que os gastos com pesquisa, desenvolvimento e aquisição possam ultrapassar US$ 50 bilhões.

Para a Boeing, o contrato representa um alívio para sua divisão de defesa, que responde por cerca de um terço da receita da companhia, mas tem acumulado bilhões de dólares em perdas nos últimos anos devido a contratos deficitários. Muitos projetos na área de defesa e espaço sofreram com estouros de orçamento, atrasos e outros problemas.

Nos últimos anos, a Boeing perdeu concorrências importantes para programas do governo dos EUA. Desde que assumiu em novembro, o CEO Kelly Ortberg tem buscado reformular o processo de licitação da empresa para tentar reverter esses prejuízos.

O contrato também sinaliza um voto de confiança do governo em uma empresa que enfrenta uma série de crises. O presidente Trump e Elon Musk criticaram publicamente a Boeing por atrasos na substituição do Air Force One e estouros de orçamento em projetos militares.

Ao mesmo tempo, a empresa negocia um acordo com o Departamento de Justiça (DoJ) relacionado aos dois acidentes fatais do 737 Max e precisa de aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) para ampliar a produção de seus 737s, passo essencial para recuperar a lucratividade.

Já para a Lockheed Martin, a derrota é mais um revés. Suas ações vêm caindo nos últimos seis meses, e a empresa tem buscado novos contratos para reduzir a dependência do caça F-35, afetado por atrasos, estouros de custos e problemas de design e software. Fonte: Dow Jones Newswires.