Lira avisa Lula que não poderá participar de ato do 8 de Janeiro em Brasília

Política
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avisou no começo da noite de domingo, 7, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não poderá participar nesta segunda-feira, 8, do ato no Congresso que marcará um ano dos ataques golpistas de 8 de Janeiro, apurou o Estadão/Broadcast. O deputado, que discursaria no evento, citou problemas de saúde na família, e deve permanecer em Maceió (AL).

Pelas redes sociais, Lira defendeu a punição de todos os responsáveis pela tentativa de golpe em 8 de Janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula. "Há um ano as sedes dos 3 Poderes da República foram atacadas e depredadas num ato de violência que merece ser permanentemente repudiado", publicou o parlamentar, no X (antigo Twitter).

"Todos os responsáveis (pelo 8 de Janeiro) devem ser punidos com o rigor da lei, dentro do devido processo legal", emendou Lira. O presidente da Câmara afirmou que a liberdade de manifestação e o direito fundamental de protestar não podem se converter em violência e destruição.

Ao defender que se deve sempre celebrar a democracia, Lira disse que a Câmara tem cumprido seu papel constitucional e relembrou propostas legislativas aprovadas em 2023, como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal e a regulação do mercado de carbono.

"A Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo e expressão significativa de nosso regime democrático, tem dado o exemplo em prol do Brasil e dos mais caros valores consagrados em nossa Constituição Federal", escreveu o deputado.

"Todos esses avanços são a prova viva de que a democracia, exercida por cada um dos três poderes nos termos delimitados pela Constituição, é o único caminho possível para o desenvolvimento, prosperidade, geração de emprego e renda e bem estar dos brasileiros e brasileiras", acrescentou.

Nesta segunda-feira, autoridades da República se reunirão no Salão Negro do Senado para repudiar a invasão das sedes do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) que ocorreu um ano atrás, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendiam intervenção militar para tirar Lula da Presidência. O ato foi pensado pelo petista para que a tentativa de golpe não seja esquecida.

Está prevista a participação dos presidentes Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, Luís Roberto Barroso, do STF, Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ministros do governo Lula e dos comandantes do Exército, general Tomás Miguel Paiva, da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno.

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A Rússia realizou um ataque com mísseis balísticos na cidade de Sumy, na Ucrânia, durante as celebrações do Domingo de Ramos. Até o momento, o governo ucraniano confirmou 21 mortes.

No X, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque russo a uma região civil em um momento de celebração religiosa e enviou condolências às famílias das vítimas. "Uma operação de resgate está em andamento. Todos os serviços necessários estão trabalhando no local", afirmou.

Na publicação, Zelensky ainda ressaltou que o mundo deve responder com firmeza a esse tipo de ataque. "Os Estados Unidos, a Europa, todos no mundo que desejam que esta guerra e esses assassinatos acabem. A Rússia quer exatamente esse tipo de terror e está prolongando esta guerra. Sem pressão sobre a Rússia, a paz é impossível", enfatizou o presidente ucraniano, que também disse ser preciso uma ação voltada à Rússia digna de um terrorista.

A vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, também condenou o ataque no X e prestou solidariedade aos ucranianos. "Esse é um exemplo horrível da Rússia intensificando ataques enquanto a Ucrânia aceitou um cessar-fogo incondicional. Meus pensamentos estão com o povo ucraniano hoje", disse.

(Com agências internacionais)

Um terremoto de magnitude 5,5 atingiu na manhã deste domingo uma pequena cidade no centro de Mianmar, perto de Meiktila, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA.

Não houve relatos imediatos de grandes danos ou vítimas causadas pelo novo terremoto, um dos mais fortes entre centenas de tremores secundários desde o tremor de 28 de março.

O Departamento Meteorológico de Mianmar disse que o terremoto de domingo ocorreu na área do município de Wundwin, 97 quilômetros ao sul de Mandalay, a uma profundidade de 20 quilômetros. O Serviço Geológico dos EUA estimou a profundidade em 7,7 km.

Israel atacou o Hospital Al-Ahli, no norte de Gaza, na madrugada deste domingo, forçando a evacuação dos pacientes à medida que os ataques se intensificaram. O ataque atingiu o hospital após Israel emitir um aviso de evacuação, de acordo com o ministério da saúde de Gaza.

Uma menina morreu durante a evacuação, porque a equipe médica não conseguiu prestar cuidados urgentes, afirmou. O hospital é administrado pela Diocese de Jerusalém, que condenou o ataque em uma declaração, dizendo que aconteceu no "Domingo de Ramos, o início da Semana Santa, a semana mais sagrada do ano cristão".

Israel disse que atacou um centro de comando e controle usado pelo Hamas no hospital para planejar e executar ataques contra civis e soldados israelenses, sem fornecer evidências. Disse que antes do ataque, medidas foram tomadas para mitigar danos, incluindo a emissão de avisos, e o uso de munições precisas e vigilância aérea.

Horas depois, um ataque separado a um carro em Deir al-Balah, no centro de Gaza, matou pelo menos sete pessoas, seis irmãos e um amigo, de acordo com a equipe do necrotério do Hospital Mártires de Al-Aqsa, que recebeu os corpos. O exército israelense também disse que visou outro centro de comando e controle na área de Deir al-Balah, quando muitos militantes do Hamas estavam presentes e planejavam realizar um ataque contra soldados israelenses.