Rui Falcão diz que 'caminho está posto' para Marta voltar ao PT e fechar chapa com Boulos

Política
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O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) afirmou que o "caminho está posto" para a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (sem partido) se filiar ao PT e oficializar a chapa com o deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato pelo PSOL, para a capital paulista. Após encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marta nesta manhã, o parlamentar afirmou que a filiação só depende da ex-prefeita.

"Essa decisão (filiação ao PT) vai caber a ela", declarou Rui Falcão a jornalistas, após a reunião desta segunda-feira, 8, no Palácio do Planalto. Conforme relembrou, há o acordo com Boulos e o PSOL para o PT indicar a vice na chapa. A escolha do partido era de dar preferência a uma mulher na disputa. "Então, o caminho está posto, depende dela (Marta)", acrescentou.

Marta é secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo e uma das figuras mais cortejadas para a eleição municipal deste ano. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) quer mantê-la ao seu lado, mas o PT tenta trazê-la de volta ao partido para que ela seja vice na chapa com Boulos.

O deputado evitou dar detalhes da conversa, mas confirmou que o objetivo do encontro foi debater a filiação partidária e a formalização da chapa. Rui disse ser melhor conversar com Marta para falar sobre a concretude da filiação, mas esbanjou um sorriso e disse: "Sou sempre otimista".

Sobre a expectativa de vitória de uma possível chapa com Boulos e Marta, o parlamentar não quis fazer qualquer previsão sobre o assunto. "Hoje, ele (Boulos) lidera as pesquisas, tem uma boa possibilidade, ganhamos eleição na capital com Haddad e Lula", citou. Mas pontuou ser difícil fazer prognóstico sobre o pleito na capital.

Marta deixou o PT em 2015, poucos meses antes do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, e filiou-se ao MDB. Na votação decisiva que retirou Dilma da Presidência da República, Marta, então senadora, votou a favor do processo. Posteriormente, ela seguiu no cargo até fevereiro de 2019. Em 2021, tornou-se secretária do governo Ricardo Nunes.

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O governo de Donald Trump iniciou amplos cortes de pessoal no Departamento de Saúde e Serviços Humanos, deixando alguns funcionários fora dos prédios federais e transferindo outros para novas agências, incluindo o Serviço de Saúde Indígena.

Os e-mails notificando os funcionários sobre os cortes e remanejamentos inundaram as caixas de entrada na noite de segunda-feira e na manhã de hoje. A medida faz parte da estratégia do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., de reduzir e remodelar os órgãos de saúde do país.

Os cortes se estendem por toda parte, desde a Administração de Alimentos e Medicamentos e os Institutos Nacionais de Saúde até os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Na plataforma de mídia social X, Kennedy disse que o que o governo anterior vinha fazendo não estava funcionando: "Precisamos mudar de rumo. Essas mudanças não afetarão o Medicare, o Medicaid ou outros serviços essenciais de saúde".

O senador democrata de Nova Jersey Cory Booker ocupou o plenário do Senado americano com um discurso de quase um dia inteiro, em uma demonstração de resistência para evidenciar o que ele chamou de "crise" enfrentada pelos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump.

Booker foi ao plenário do Senado na noite de segunda-feira, 31, e começou a falar às 19h. Mais de 22 horas depois, no começo da noite desta terça-feira, o senador, claramente exausto, continuava falando, criticando os cortes do governo Trump nos serviços governamentais e sua repressão aos imigrantes.

O discurso foi parte de um esforço dos democratas para retomar a iniciativa e se opor mais assertivamente ao presidente Trump. Booker dividiu seus comentários em seções focadas em um aspecto das políticas da administração, incluindo assistência médica, educação, imigração e segurança nacional.

"Estes não são tempos normais em nossa nação", disse ao iniciar seu discurso. "E eles não devem ser tratados como tal no Senado dos Estados Unidos. As ameaças ao povo americano e à democracia americana são graves e urgentes, e todos nós devemos fazer mais para enfrentá-las."

Na tarde de terça-feira, Booker parecia estar determinado a quebrar um recorde estabelecido pelo senador Strom Thurmond, que em 1957 falou por 24 horas e 18 minutos se opondo a uma parte da legislação de direitos civis.

Às 16h20 no horário local, o discurso já havia ultrapassado a memorável arenga do senador Ted Cruz sobre a Lei de Assistência Médica Acessível do presidente Barack Obama em 2013, que durou 21 horas e 19 minutos.

Sem pausas para ir ao banheiro, mas fazendo pausas ocasionais para perguntas de seus colegas democratas, Booker leu um fichário de notas e acenou com uma pequena cópia da Constituição dos EUA. Com o passar das horas, sua voz ficou rouca. Não ficou claro se ele se alimentou ao longo da maratona, e apenas alguns copos de água foram vistos no púlpito.

Andando de um lado para o outro, às vezes se inclinando, Booker protestou por horas contra os cortes nos escritórios da Previdência Social liderados pelo Departamento de Eficiência Governamental do conselheiro de Trump, Elon Musk.

Ele listou os impactos das ordens iniciais de Trump e falou sobre as preocupações de que cortes mais amplos na rede de segurança social poderiam estar chegando, embora os legisladores republicanos digam que o programa não será tocado.

Musk estava ativo no X ativo nesta terça-feira, mas não fez menção a Booker ou seu discurso a noite toda. Nem Trump no Truth Social.

Booker está no seu segundo mandato no Senado. Ele tentou se candidatar à presidência em 2020, mas desistiu e perdeu a nomeação para Joe Biden. (Com agências internacionais)

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, disse nesta terça-feira, 1º, que orientou os promotores a buscar a pena de morte contra Luigi Mangione pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson.

É a primeira vez que o Departamento de Justiça tenta aplicar a pena de morte desde que Donald Trump retornou à presidência em janeiro, prometendo retomar as execuções federais depois de terem sido interrompidas durante o governo anterior.

"O assassinato de Brian Thompson - um homem inocente e pai de duas crianças pequenas - por Luigi Mangione foi um ato premeditado e a sangue frio que chocou os EUA", disse Bondi em um comunicado. Ela descreveu o assassinato de Thompson como "um ato de violência política".

Mangione, formado em uma universidade Ivy League e pertencente a uma importante família do setor imobiliário de Maryland, enfrenta acusações separadas de homicídio federal e estadual depois que as autoridades afirmam que ele matou o CEO do lado de fora de um hotel de Manhattan em 4 de dezembro. Fonte: