Sem citar nomes, Michelle Bolsonaro revela ameaça e que vai processar petistas

Política
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A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, publicou em seu perfil no Instagram neste domingo, 14, uma nota em que afirma que vai processar pessoas do Partido dos Trabalhadores (PT) por ter sido ameaçada e atacada, segundo ela.

"Agradeço a cada um de vocês pelas mensagens de apoio e de preocupação diante da covarde ameaça e dos ataques feitos por representantes do PT contra a mim. Informo que as ações judiciais cabíveis já foram iniciadas e que, diante do histórico violento da militância de esquerda, as medidas preventivas de segurança foram reforçadas."

Nos últimos dias, Michelle se envolveu em diferentes embates com filiados do partido e, inclusive, com a presidente nacional e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR).

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Gleisi afirmou que a ex-primeira-dama "gosta de se fazer de santa". Em nota, ela diz que Michelle usa "os métodos covardes do bolsonarismo, ameaças, falsificações e fake news para tentar calar mulheres petistas".

Gleisi se refere a dois episódios e duas mulheres: um, envolvendo a coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Elenira Vilela, e outro, a influenciadora Karina Santos.

No último dia 22, Elenira disse em uma live ser preciso "destruir politicamente" e "quiçá de outras formas" a ex-primeira-dama. No vídeo que viralizou na última semana, a sindicalista segue a frase citando exemplos do que seriam essas outras formas: "jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível". Mas Michelle entendeu que poderia se tratar de uma ameaça contra sua integridade física.

O PL Mulher, presidido por Michelle, emitiu uma nota de repúdio publicada nas redes sociais no último sábado, 13, à fala feita na live. "A gravidade da ameaça proferida pela mulher filiada ao PT contra a integridade de Michelle Bolsonaro está nítida e engloba, segundo as palavras dessa militante petista, não só uma destruição política e judicial, mas uma variedade de outras possibilidades, representadas pela expressão 'quiçá de outras formas', o que, obviamente, inclui a integridade física."

A outra polêmica foi envolvendo a influenciadora petista Karina Santos. No dia 4 de janeiro, Michelle postou na conta dela no Instagram uma captura de tela mostrando o perfil de Karina, com a legenda: "Terrivelmente petista. Como uma boa comunista caviar, ama um dinheirinho".

O post foi em resposta a uma publicação de Karina, em que a recifense de 30 anos havia divulgado uma montagem com o ex-presidente Bolsonaro e Michelle atrás das grades, e a legenda "que tudo se realize no ano que vai nascer!". Karina possuía 217 mil seguidores, enquanto Michelle acumula 6,5 milhões.

A exposição feita por Michelle gerou uma enxurrada de ameaças e mensagens preconceituosas nas redes sociais de Karina, que registrou o caso na Polícia Civil de Pernambuco.

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Em conversa telefônica nesta quinta-feira, 17, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, abordaram os esforços para encerrar o conflito na Ucrânia, com Washington apresentando uma proposta de paz e Moscou mantendo sua disposição ao diálogo, segundo comunicados oficiais de ambos os países.

O Ministério das Relações Exteriores russo informou que Rubio, que está em Paris para discussões com aliados europeus e ucranianos, detalhou a Lavrov seus recentes contatos diplomáticos. O ministro russo "reafirmou a disposição de Moscou em continuar o trabalho conjunto com os colegas americanos para eliminar de forma confiável as causas fundamentais da crise ucraniana", segundo a nota da Rússia.

Do lado americano, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que Rubio apresentou a Lavrov a mesma proposta de paz discutida com europeus e ucranianos. "O presidente Donald Trump e os EUA querem que esta guerra termine, e apresentaram a todas as partes os contornos de uma paz duradoura e sustentável", declarou.

A nota americana destacou a "recepção encorajadora" à proposta em Paris, sugerindo abertura das partes para negociações. Enquanto isso, o comunicado russo enfatizou o acordo em manter "comunicação ativa", especialmente antes das próximas reuniões diplomáticas previstas para a semana que vem.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, foi o anfitrião de uma discussão nesta quinta-feira, 17, com o ministro das Forças Armadas da França, Sébastien Lecornu.

Os dois líderes conversaram sobre os aumentos nos gastos com defesa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumindo a responsabilidade primária pela defesa convencional da Europa e os esforços para uma paz duradoura na Ucrânia, segundo nota do departamento de Defesa.

"Foi uma excelente reunião com meu colega francês", disse Hegseth. "Discutimos a necessidade imperativa de os europeus cumprirem um compromisso de gastos com defesa de 5% para restaurar a dissuasão com forças convencionais letais e prontas."

Ele também afirmou que os aliados europeus, incluindo a França, devem fazer mais para defender a Europa e precisam assumir a responsabilidade primária pela defesa do continente, acrescenta a nota.

O Hamas declarou estar pronto para iniciar imediatamente negociações por um acordo abrangente com Israel, "no qual todos os prisioneiros em nossas mãos e um número de prisioneiros palestinos nas prisões da ocupação Israel sejam libertados". Segundo comunicado divulgado pelo grupo, a troca de reféns tem como objetivo a "cessação total da guerra e da retirada completa de Israel da Faixa de Gaza".

O chefe da delegação de negociações do Hamas, Khalil al-Hayya, elogiou a postura do enviado especial dos EUA, Adam Bowler, por defender a ideia de "encerrar o assunto dos prisioneiros e a guerra ao mesmo tempo, o que coincide com a posição do movimento". Al-Hayya também conclamou a comunidade internacional a pressionar Israel pelo fim dos bloqueios impostos à Faixa de Gaza.