Padilha: urgência para combinar responsabilidades ambiental e social com fiscal

Política
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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda, 2, que é urgente combinar as responsabilidades ambiental e social com a fiscal. Durante discurso em sua solenidade de posse no cargo, Padilha disse também que o governo Lula quer a "saúde" das contas públicas.

"Temos urgência em combater a fome, reduzir a fila do SUS, reconstruir as estruturas de proteção ambiental e social com responsabilidade fiscal, combater o racismo, defender os povos indígenas, proteger as mulheres, defender direitos humanos, reconstruir o ambiente regulatório e de segurança", declarou o ministro.

"Para fazer aquilo que Lula já fez em 8 anos, único período em que aconteceu crescimento econômico, diminuição desigualdade e responsabilidade social. País que não tem responsabilidade social é entregue para a barbárie e a insegurança econômica", emendou Padilha.

Congresso e Tarcísio

Padilha fez acenos ao Congresso e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua solenidade de posse no cargo, Padilha disse que os brasileiros optaram pela democracia na eleição e prometeu comandar o ministério com diálogo.

"Queremos diálogo com os partidos que compõem a nossa base e queremos com a oposição. Quero fazer um profundo agradecimento ao Congresso pelo ato de responsabilidade conjunto ao aprovar a PEC da Transição", afirmou, em referência à proposta aprovada em dezembro que abriu espaço no teto de gastos e no Orçamento para o Bolsa Família de R$ 600 e outras promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Padilha repetiu a frase "Democracia para sempre", dita por Lula em seu discurso de posse ontem, e afirmou que a sociedade brasileira "depositou esperança" em uma frente democrática ampla. "As instituições têm que ser virtuosas e têm que ser respeitadas", declarou, ao ressaltar que em seu ministério está proibido "insultar", "agredir" e "ameaçar" qualquer agente político.

"No terceiro andar do Palácio do Planalto, tinha uma fábrica de guerras e conflitos todos os dias", disse Padilha, em referência ao chamado "gabinete do ódio" do governo Bolsonaro. "Vamos reabilitar o ambiente de relação institucional do País", emendou o ministro.

No aceno que fez a Tarcísio, Padilha afirmou que o governo Lula terá as "melhores relações republicanas" com qualquer governador, independentemente do partido. "Sempre respeitando os governadores e prefeitos, não pelo partido do qual eles fazem parte, mas por representarem seu território", disse. O ministro contou que recebeu uma ligação de Tarcísio e disse que o governador de SP só não compareceu à cerimônia porque está dando posse hoje a seu secretariado.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou a disposição do país em agir militarmente em território libanês contra qualquer ameaça, em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 28.

"Quem ainda não entendeu a nova situação no Líbano teve hoje mais um exemplo de nossa determinação", disse o líder israelense. O premiê afirmou que "a equação mudou" e que Israel não tolerará mais ataques, mesmo que esporádicos, contra seus assentamentos. "O que aconteceu antes de 7 de outubro não se repetirá", garantiu.

Israel lançou nesta sexta-feira um ataque à capital do Líbano, Beirute, pela primeira vez desde que o cessar-fogo entre Israel e Hezbollah foi acordado em novembro. Repórteres da Associated Press no local ouviram um estrondo alto e testemunharam fumaça subindo da região que o exército israelense havia prometido atacar.

Netanyahu destacou que o objetivo é assegurar o retorno seguro dos moradores do norte de Israel, que precisaram deixar a região devido aos ataques do grupo libanês Hezbollah. "Continuaremos a impor com força a cessação das hostilidades e garantiremos que todos os nossos cidadãos no norte voltem para suas casas em segurança", concluiu.

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A ligação ocorre em um momento de tensão crescente entre os dois países, às vésperas da entrada em vigor das tarifas recíprocas norte-americanas, em 2 de abril.

Na quinta-feira, 27, Carney declarou que a "antiga relação que tínhamos com os EUA, baseada na integração de nossas economias e na estreita cooperação em segurança e assuntos militares, chegou ao fim".

O Hamas voltou a acusar o governo israelense de cometer um "genocídio à vista do mundo" e pediu à comunidade internacional que pressione pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza, em nota divulgada nesta sexta-feira, 28. O grupo pediu que "a comunidade internacional, as nações árabes e islâmicas, e organizações de direitos humanos ajam com urgência e eficácia para pressionar a ocupação a levantar o cerco e cessar a agressão brutal". O comunicado também responsabiliza o governo dos EUA por apoiar "política e militarmente" as ações de Israel.

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