Castro agradece a Bolsonaro pelo apoio para se reeleger no Rio

Política
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aproveitou a oficialização dos secretários estaduais na manhã desta segunda, 2, para agradecer o apoio do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e do seu partido na campanha pela reeleição. Castro, considerado um bolsonarista moderado, não tinha mencionado o presidente no pronunciamento da véspera, na Assembleia Legislativa fluminense, ao ser reconduzido ao cargo.

O mandatário estadual, em geral, não falava em Bolsonaro quando fazia campanha sem o então presidente. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Castro disse que trabalharia com o novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, porque este fora escolhido pelo povo. Bolsonaro foi derrotado em 30 de outubro, no segundo turno.

"Quero fazer um agradecimento especial ao PL e ao presidente Jair Bolsonaro que me ajudou muito nessa trajetória. Não posso deixar de agradecer e ter inteira gratidão a ele", disse ao encerrar discurso após o anúncio oficial do secretariado, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.

Castro participou da posse de Lula no domingo, em Brasília. Estava acompanhando do petista André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Na cerimônia desta segunda-feira, o governador prometeu entregar obras em andamento e outras que ainda não saíram do papel. São os casos do Museu da Imagem e do Som, do metrô leve da Pavuna, na zona norte do Rio, até Nova Iguaçu, na baixada fluminense, e do Hospital do Câncer, em Nova Friburgo.

O ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, anunciado como candidato a vice-governador na chapa de Castro antes de ser impedido de concorrer pela Justiça, comandará a Secretaria de Transportes e Mobilidade. O vice-governador Thiago Pampolha, escolhido para concorrer no lugar de Reis, ocupará a pasta do Ambiente e Sustentabilidade.

Outro nome conhecido dos fluminenses que integrará o primeiro escalão de Castro é Rafael Picciani. Ele é filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani. Um dos líderes do MDB, Jorge Picciani presidiu a Alerj e morreu em maio de 2021. Chegou a ser preso, acusado de corrupção, como seus parceiros na política Sérgio Cabral e Paulo Melo. Rafael será secretário de Esporte e Lazer.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais será dividida em duas. Uma será de Indústria e Comércio. A outra será de Óleo, Gás, Energia e Indústria Naval. A segunda pasta será comandada pelo deputado Hugo Leal (PSD).

A escolha busca sinalizar alinhamento ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, escolhido pelo presidente Lula para gerir o ministério.

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O governo da Alemanha anunciou nesta sexta-feira, 5, que chegou a um acordo sobre o orçamento para 2025, junto a um pacote de estímulos para a maior economia da Europa. O acordo ameniza uma disputa política que durou meses e ameaçava acabar com a coalizão de centro-esquerda do chanceler Olaf Scholz.

Scholz, um social-democrata, e os líderes dos Democratas Livres e dos Verdes chegaram a um acordo sobre os planos, incluindo maiores gastos com defesa e moradias acessíveis, após uma maratona de negociações que se arrastou até a madrugada de sexta-feira. Scholz disse que os ministros aprovariam formalmente o plano em uma reunião do Gabinete no final deste mês.

Ao equilibrar a segurança, a coesão social e o crescimento econômico, Scholz afirmou que o orçamento foi projetado para tranquilizar os cidadãos inquietos com a guerra na Ucrânia, os impactos das mudanças climáticas e a migração irregular, além de oferecer uma alternativa às políticas "separatistas" dos partidos de extrema direita que estão ganhando espaço em toda a Europa.

Para apoiar o crescimento econômico, o governo planeja criar incentivos para investimentos, inclusive permitindo que as empresas reduzam o valor dos ativos mais rapidamente, apoiem a pesquisa e o desenvolvimento, reduzam a burocracia e promovam o desenvolvimento de energia renovável.

Os líderes da oposição rebateram que estavam céticos em relação à aritmética orçamentária do governo, especialmente em relação à sua capacidade de financiar um orçamento de defesa ampliado, e previram que os parceiros da coalizão se desentenderiam novamente em relação aos detalhes.

Nos últimos meses, a coalizão de Scholz enfrentou uma série de disputas internas, após a Corte Constitucional Federal da Alemanha considerar ilegais as manobras do governo para manter a expansão de gastos caracterizados como "emergenciais". Os partidos da coalizão tinham visões divergentes sobre a suspensão do chamado "freio da dívida" e os desentendimentos alimentaram especulação sobre colapso do governo, capaz de provocar eleições parlamentares antecipadas na Alemanha. Fonte: Associated Press.

O governo do novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, confirmou, nesta sexta-feira, 5, a nomeação da parlamentar Rachel Reeves ao cargo de ministra das Finanças do país. Ela se torna a primeira mulher da história a ocupar a posição. Reeves, de 45 anos, é economista formada pela London School of Economics (LSE) e começou a carreira como funcionária do Banco da Inglaterra (BoE). Em 2010, foi eleita ao Parlamento Britânico e rapidamente ascendeu na estrutura do Partido Trabalhista. Em 2021, Reeves foi nomeada ao gabinete paralelo da oposição, no posto análogo ao de ministra das Finanças.

Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, se tornou oficialmente primeiro-ministro do Reino Unido nesta sexta-feira, 5, após reunião com o rei Charles III. Após um cerimonial aperto de mãos, o monarca convidou o trabalhista para o cargo e lhe concedeu a bênção para que forme um governo em seu nome.

Ele se encontrou com o rei no Palácio de Buckingham, como manda o ritual após a vitória esmagadora de seu partido sobre o Partido Conservador. Então ele fez um discurso do lado de fora do número 10 da Downing Street, sua nova residência oficial, onde afirmou que "a mudança começa agora". O novo premiê prometeu liderar um governo pragmático que restauraria a esperança e a fé da nação na política e no serviço público.

Starmer levou o Partido Trabalhista a uma enorme vitória eleitoral e se tornou o primeiro líder do partido de centro-esquerda a vencer uma eleição nacional no Reino Unido desde Tony Blair , que venceu três eleições consecutivas a partir de 1997.

Em seu primeiro discurso como premiê, Starmer começou elogiando seu antecessor, Rishi Sunak, que havia feito suas próprias breves observações de despedida do mesmo local algumas horas antes.

"Precisamos avançar juntos", disse sob um céu nublado de tarde e acompanhado de sua esposa Victoria. "Não tenham dúvidas de que o trabalho de mudança começa agora", disse ele.

Starmer mencionou poucas políticas específicas em seus comentários, falando de um governo "não sobrecarregado pela doutrina", prometendo trabalhar de forma pragmática por todos os britânicos, unir a nação e governar com respeito e humildade.

"Quer você tenha votado no Partido Trabalhista ou não - na verdade, especialmente se não votou -, digo diretamente a você: 'Meu governo servirá a você'", disse ele. "A política pode ser uma força para o bem. Nós mostraremos isso."

Os britânicos, disse ele, deram ao seu partido "um mandato claro, e nós o usaremos para entregar mudança, para restaurar o serviço e o respeito à política, encerrar a era da performance barulhenta, interferir menos em suas vidas e unir nosso país."

Falando sobre a necessidade de escolas e moradias acessíveis, Starmer prometeu reconstruir a "infraestrutura de oportunidades" do país "tijolo por tijolo".

Com quase todas as 650 disputas declaradas, o Partido Trabalhista havia conquistado mais de 410 cadeiras e os Conservadores estavam a caminho de menos de 130. Essa seria a pior derrota para os Conservadores nos quase 200 anos de história do partido.

Mas também foi um resultado excepcionalmente fragmentado, com ganhos não apenas para o partido Reformista britânico, de direita radical, mas para o Partido Verde e para candidatos independentes pró-Palestina em assentos trabalhistas antes seguros.

Starmer assumiu a residência oficial cerca de duas horas depois que o líder conservador Rishi Sunak e sua família deixaram a casa e o rei aceitou a renúncia do líder conservador.

"Este é um dia difícil, mas deixo este trabalho honrado por ter sido primeiro-ministro do melhor país do mundo", disse Sunak em seu discurso de despedida.

Sunak admitiu a derrota no início da manhã desta sexta, dizendo que os eleitores haviam dado um "veredicto preocupante".

Em um discurso reflexivo de despedida no mesmo lugar onde havia convocado eleições antecipadas seis semanas antes, Sunak desejou tudo de bom a Starmer, mas também reconheceu seus erros.

"Ouvi sua raiva, sua decepção, e assumo a responsabilidade por essa perda", disse Sunak. "A todos os candidatos e ativistas conservadores que trabalharam incansavelmente, mas sem sucesso, lamento que não tenhamos conseguido entregar o que seus esforços mereciam" (Com agências internacionais).