Zema: homens brancos, heterossexuais e bem-sucedidos são rotulados de 'carrascos'

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez um discurso nesta quarta-feira, 30, sobre o perigo de rotular grupos de pessoas conforme orientação sexual, gênero e raça no Brasil. Ao tratar do tema, disse que "homens brancos, heterossexuais e bem-sucedidos" são rotulados como "carrascos". A declaração ocorreu durante o lançamento de um programa que prestará apoio à mulheres vítimas de violência, especialmente importunação sexual, durante o Carnaval.

Zema argumentava que trabalha para tornar o Carnaval mineiro um produto diferenciado dos demais, com foco em garantir a segurança e tranquilidade dos foliões, quando comparou seu governo à empresa que presidia antes de entrar para a vida pública. Segundo o governador, o grupo Zema está entre os melhores para se trabalhar no Brasil porque os colaboradores, entre eles mulheres, negros e LGBTs, são tratados com respeito.

"E é muito perigoso rotular. No Brasil, a coisa mais comum que acontece é rotular: se alguém é homem, branco, heterossexual e bem-sucedido, pronto: rotulado de carrasco. Parece que não pode ser humano. Mas, pode, sim. Dá para ser humano. Qualquer rótulo é perigoso. Há político honesto e desonesto; empresário honesto e desonesto", declarou Zema. "Temos que começar a ver cada caso como um caso. Perigosíssimo essa questão de rotular".

Intitulado "Acolhe minas", em um trocadilho entre o nome do Estado e a gíria para se referir às mulheres, o programa do governo mineiro oferecerá espaços para acolhimento, atendimento psicossocial, suporte emocional, orientação jurídica e encaminhamentos durante as festividades.

O Carnaval de Belo Horizonte cresceu nos últimos anos a ponto de se tornar um dos principais eventos no calendário turístico de Minas Gerais. Tradicionalmente, o protagonismo político e a organização são da prefeitura, mas neste ano Zema tem buscado dividir as atenções com mais medidas direcionadas especificamente para o evento, o que gerou rusgas com o prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD-MG).

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Agentes do FBI prenderam nesta sexta, 25, uma juíza estadual de Wisconsin, acusada de obstruir o trabalho de agentes de imigração. A medida representa uma escalada na guerra do governo de Donald Trump contra autoridades locais a respeito das deportações. A Casa Branca exige, sob ameaça de investigação ou processo, total cooperação com a agenda do presidente.

O governo acusa a juíza Hannah Dugan de deixar escapar um cidadão mexicano que estava em seu tribunal. Eduardo Flores-Ruiz respondia a acusações de contravenção e foi conduzido por ela para uma porta lateral, enquanto agentes federais esperavam por ele no corredor para prendê-lo. A magistrada confrontou os agentes e pediu que eles conversassem com o juiz-chefe do tribunal, Carl Ashley.

"Apesar de ter sido informada do mandado administrativo de prisão de Flores-Ruiz, a juíza Dugan escoltou ele e seu advogado para fora do tribunal pela 'porta do júri', que leva a uma área restrita", diz a denúncia escrita por um agente do FBI.

Na semana passada, Dugan já havia sido acusada de obstruir um processo de uma agência federal e de ocultar um indivíduo para impedir sua localização e prisão. No entanto, após uma breve audiência em um tribunal federal de Milwaukee, ela foi liberada sob fiança.

Reação

Ontem, o FBI prendeu a juíza afirmando que ela "intencionalmente desorientou agentes federais", escreveu o diretor do FBI, Kash Patel, nas redes sociais, antes de as acusações serem reveladas.

Dugan, de 65 anos, é muito popular nos círculos progressistas de Milwaukee, maior cidade de Wisconsin. Ela foi eleita com folga, em 2016, e nem sequer teve um oponente republicano quando se reelegeu, em 2022. Seu mandato expira em 2028.

Christopher Wellborn, presidente da Associação Nacional de Advogados de Defesa Criminal, reagiu à prisão da juíza, afirmando que a democracia americana "se baseia na independência do Judiciário". "Ações retaliatórias do Executivo, que pareçam minar essa base, exigem nosso escrutínio inabalável e uma resposta contundente", afirmou. Ashley, o juiz-chefe de Milwaukee, disse que o caso seria tratado por outro magistrado do tribunal e se recusou a fazer mais comentários.

O governo Trump prometeu investigar e processar as autoridades locais que não ajudarem nos esforços federais de fiscalização da imigração ilegal, denunciando o que eles chamam de "cidades-santuário", por não cooperarem com as apreensões e deportações de milhões de estrangeiros.

O caso de Milwaukee é um ponto crítico do embate: quando agentes de imigração tentam prender imigrantes ilegais que estão comparecendo a uma audiência em um tribunal estadual. As autoridades locais geralmente se irritam com essas operações, argumentando que elas colocam em risco a segurança pública, caso as pessoas que estão respondendo a questões legais menores sintam que não é seguro entrar nos tribunais.

Obstrução

No primeiro mandato de Trump, uma juíza local de Massachusetts foi indiciada pelo Departamento de Justiça sob a acusação de obstruir as autoridades de imigração. As acusações foram retiradas depois que a magistrada concordou em se submeter a uma punição administrativa.

O caso também envolveu alegações de que uma juíza permitiu que um réu que estava sendo procurado por agentes de imigração saísse do prédio pela porta dos fundos para evitar a detenção. A Comissão de Conduta Judicial de Massachusetts apresentou acusações disciplinares formais contra a juíza Shelley Joseph. Ela negou qualquer irregularidade. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Luigi Mangione, acusado da morte a tiros do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, declarou-se inocente das acusações federais nesta sexta-feira, 25, em um caso que pode o levar à pena de morte.

Mangione enfrenta acusações que incluem o uso de uma arma de fogo para cometer assassinato, perseguição interestadual e disparo de uma arma de fogo equipada com silenciador. Alguns de seus partidários, que se agarraram ao caso devido à frustração com o setor de seguros, sentaram-se atrás dele na galeria lotada do tribunal.

Os promotores federais apresentaram na quinta-feira, 24, uma notificação formal de que pretendem pedir a pena de morte. No início deste mês, a Procuradora Geral Pam Bondi ordenou que eles fizessem isso, chamando o suposto crime de "assassinato premeditado e a sangue frio que chocou os Estados Unidos".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou a finalização de um acordo estratégico entre o país e a Ucrânia envolvendo terras raras, minerais essenciais para a produção de tecnologias avançadas. O acordo faz parte das negociações para o fim da guerra Rússia-Ucrânia, mediadas pelos americanos, e para garantias de segurança para os ucranianos após o conflito.

"A Ucrânia, liderada por Volodymyr Zelensky, ainda não assinou os documentos finais sobre o importante acordo de terras raras com os Estados Unidos. O atraso é de pelo menos três semanas. Espera-se que seja assinado IMEDIATAMENTE", escreveu em publicação na Truth Social.

Além disso, o republicano mencionou avanços nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. "O trabalho no acordo geral de paz entre a Rússia e a Ucrânia está indo bem. O SUCESSO parece nos esperar no futuro!"