Tarcísio se reúne com Rui Costa para tentar acordo sobre obra do túnel Santos-Guarujá

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi a Brasília nesta terça-feira, 30, para uma reunião com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Na pauta, está uma tentativa de reatar o acordo para que o Estado e a União façam juntos a construção do túnel entre Santos e Guarujá, no litoral paulista.

Na próxima sexta-feira, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) farão uma agenda no Porto de Santos, local onde a obra será iniciada, para o anúncio do projeto. Tarcísio quer participar, mas, para isso, deseja refazer um acordo.

Conforme revelou o Estadão, a obra gerou atrito entre os governos estadual e federal após o rompimento do acordo para que a obra fosse feita em parceria pelos entes, que dividiriam os custos.

Aliados de Lula, que serão os responsáveis pelo projeto, alegam que a administração paulista pretendia pagar os R$ 2,7 bilhões que lhe cabiam na divisão das despesas mediante financiamento no BNDES. Tal possibilidade foi rechaçada pelo Palácio do Planalto, que detém o controle do banco.

Após a ruptura da parceria, integrantes da gestão de Tarcísio passaram a dizer que, embora o Porto de Santos seja de jurisdição federal, é necessário licença da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para tirar o projeto do papel.

Em junho do ano passado, o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, enviou um ofício à Cetesb em que pede a renovação da licença ambiental para a construção do túnel e informações técnicas. Até hoje, não houve resposta. Com isso, aliados de Lula passaram a acusar o governo de São Paulo de tentar tumultuar o projeto, o que o governo paulista rechaça.

A construção de uma ligação seca entre Santos e Guarujá é uma demanda antiga da região. Hoje, o caminho entre as duas cidades é feito por estrada, em um trecho de 43 quilômetros de extensão. Outra opção dos motoristas é cruzar os municípios por meio de uma balsa, que demanda um tempo de espera variável a depender das condições climáticas e do fluxo de veículos. Já o túnel submerso terá apenas 1,7 quilômetro de extensão, resolvendo o gargalo de mobilidade entre as duas cidades. Para isso, teria que ser construído em uma profundidade de 20 metros no canal de Santos. Seria o suficiente para não comprometer o tráfego de navios no local, onde o calado chegará a no máximo 17 metros. Atualmente, a profundidade é de 15 metros.

O túnel teria três faixas por sentido, além de uma integração com veículo sob trilhos (VLT), ciclovia e passagem urbana. Estima-se que a travessia submersa seria utilizada por aproximadamente 40 mil pessoas por dia e poderia reduzir em 25 minutos o tempo de viagem em relação à opção por balsa.

Na semana passada, quando o Estadão revelou a briga em torno do projeto, o governo de São Paulo enfatizou que, em dezembro do ano passado, contratou a Fipe para atualizar um projeto realizado pela Dersa em 2014, empresa pública paulista hoje já extinta, com o objetivo de realizar o leilão no segundo semestre deste ano. Já havia também assinado o acordo de cooperação técnica que permitiria a criação de um grupo de trabalho com o Ministério dos Portos e Aeroportos, a Autoridade Portuária de Santos, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado de SP para viabilizar o cronograma.

O Estado também sustentou ter disponibilidade financeira e de captação de recursos para a construção do túnel. Ainda segundo a gestão estadual, como o único projeto executivo existente para o túnel foi desenvolvido pela Dersa, para o governo federal iniciar as obras em 2025 precisaria elaborar um novo projeto, ampliando o prazo e entrega das obras. E isso exigiria uma nova licença ambiental na visão do Estado. Integrantes do governo federal, por sua vez, possuem entendimento diferente de que o Ibama pode licenciar o empreendimento. No ofício enviado à Cetesb, embora peça a disponibilização das licenças ambientais prévias, a autoridade portuária complementa: "em que pese requerimento que já fora protocolado junto ao Ibama para que seja avocada a competência para a renovação/atualização das mesmas licenças, tendo em vista a natureza jurídica de empresa pública federal, da ora requerente".

Em outra categoria

EUA: republicano Randy Fine conquista cadeira na Câmara da Flórida e vence adversário democrata -

/04/2025 - O senador estadual republicano Randy Fine venceu uma eleição especial nesta terça-feira para representar o 6º Distrito Congressional da Flórida, derrotando o democrata Josh Weil e anulando os esforços dos democratas nacionais, que gastaram milhões de dólares na disputa.

Fine estava a caminho de uma vitória muito mais apertada do que a margem de 33 pontos pela qual Mike Waltz venceu o distrito em novembro, de acordo com os primeiros resultados.

As margens reduzidas podem sinalizar uma mudança no sentimento público, impulsionada por um entusiasmo democrata excepcionalmente forte em um reduto tradicionalmente republicano. Isso está acontecendo a menos de cinco meses da eleição presidencial e após um forte aumento na arrecadação de fundos entre os democratas preocupados com a reforma agressiva do governo iniciada por Donald Trump.

Os republicanos conquistaram as duas cadeiras da Câmara da Flórida uma eleição especial nesta terça-feira, 1, derrotando seus adversários democratas.

Jimmy Patronis venceu no 1º Distrito Congressional da Flórida, apoiado pelo endosso do presidente Donald Trump para preencher a vaga. Patronis, o diretor financeiro do estado, concorreu contra a democrata Gay Valimont. Ele ocupará a vaga no noroeste do estado deixada pelo ex-deputado Matt Gaetz, que foi escolhido para ser o procurador-geral de Trump, mas desistiu de concorrer em meio a alegações de má conduta sexual.

Mais cedo, o senador estadual republicano Randy Fine conseguiu o assento no 6º Distrito Congressional do estado, derrotando o democrata Josh Weil.

"As duas cadeiras da Câmara da Flórida foram conquistadas, em grande escala, pelos candidatos republicanos. O apoio de Trump, como sempre, provou ser muito maior do que as forças do mal dos democratas. Parabéns América!!!", escreveu o presidente no Truth Social.

*Com informações da Associated Press

O governo de Donald Trump iniciou amplos cortes de pessoal no Departamento de Saúde e Serviços Humanos, deixando alguns funcionários fora dos prédios federais e transferindo outros para novas agências, incluindo o Serviço de Saúde Indígena.

Os e-mails notificando os funcionários sobre os cortes e remanejamentos inundaram as caixas de entrada na noite de segunda-feira e na manhã de hoje. A medida faz parte da estratégia do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., de reduzir e remodelar os órgãos de saúde do país.

Os cortes se estendem por toda parte, desde a Administração de Alimentos e Medicamentos e os Institutos Nacionais de Saúde até os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Na plataforma de mídia social X, Kennedy disse que o que o governo anterior vinha fazendo não estava funcionando: "Precisamos mudar de rumo. Essas mudanças não afetarão o Medicare, o Medicaid ou outros serviços essenciais de saúde".