Eduardo Suplicy vai à JBS 'esclarecer' suposta 'mesada' de R$ 200 mil a Marta

Política
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O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) foi nesta segunda-feira, 5, à sede da JBS, em São Paulo, para esclarecer a delação do ex-presidente da companhia Joesley Batista sobre o pagamento de mesadas de R$ 200 mil para a então senadora Marta Suplicy entre 2015 e 2016. A notícia foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada por Suplicy ao Estadão. Já a ex-prefeita preferiu não comentar o assunto.

O deputado estadual disse à reportagem que "é importante que o caso seja inteiramente esclarecido", especialmente porque Marta representará o PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo neste ano, desempenhando o papel de vice na chapa liderada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Em 2017, Joesley Batista comprometeu figuras influentes da política nacional em sua delação. Para a Justiça, o empresário alegou que Marta teria lhe pedido R$ 1 milhões para financiar campanha ao Senado em 2010. Segundo a delação, metade do valor teria sido pago por meio de doação oficial, enquanto a outra metade foi entregue em espécie.

Batista também revelou que entre 2015 e 2016 houve solicitações de doações via caixa dois para a pré-campanha de Marta à Prefeitura de São Paulo. Na delação, ele mencionou que Marta indicou seu marido, Márcio Toledo, para gerenciar a recepção dos recursos. Foram realizados, no mínimo, 15 pagamentos mensais de R$ 200 mil.

Suplicy explicou que na semana passada teve uma conversa telefônica com Batista, que o informou sobre sua presença na JBS nesta segunda-feira. O deputado estadual foi à sede da empresa para esclarecer detalhes da delação, mas não foi recebido pelo empresário. Em vez disso, um advogado o atendeu e informou que Batista não abordaria o tema devido a um acordo de confidencialidade estabelecido com a Justiça.

A assessoria de Marta Suplicy informou que ela não vai se manifestar sobre o assunto. A JBS foi procurada para comentar o assunto, porém não houve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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A secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou nesta segunda-feira, 21, que o governo americano tenha iniciado o processo de busca por um novo secretário de Defesa, conforme noticiou a NPR. "Essa história da NPR é uma notícia falsa completa, baseada em uma fonte anônima que claramente não tem a mínima ideia do que está falando. Como o presidente disse esta manhã, ele apoia firmemente o secretário da Defesa", escreveu Leavitt, em publicação na rede social X.

Segundo fontes ouvidas pela NPR, a Casa Branca teria a intenção de substituir o atual secretário de Defesa, Pete Hegseth, diante das controvérsias pelo compartilhamento de detalhes sigilosos de operações militares por meio de bate-papos no aplicativo Signal.

De acordo com a Reuters, o presidente americano Donald Trump disse a jornalistas hoje que "Pete está fazendo um ótimo trabalho" e que "todos estão felizes com ele". Quando questionado se continuaria confiando em Hegseth, Trump disse: "Ah, totalmente".

Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 21, que o Brasil é o País da paz e que por isso continuará tentando ajudar no diálogo pelo fim das guerras, como a que ocorre na faixa de Gaza. Alckmin foi questionado em entrevista à CNN Brasil sobre o resultado de esforços de lideranças como o Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, para pacificar regiões.

"O Brasil é o país da paz, e exatamente por não ter litígio com ninguém, ele pode ajudar, ajudar nesse diálogo. É mais demorado infelizmente, mas o Brasil é sempre um protagonista importante, e o presidente Lula é um protagonista importante da paz e do diálogo, vamos continuar nesse trabalho", disse o vice-presidente.

Alckmin contou também que ainda conversará com Lula sobre a presença do Brasil no enterro do pontífice, e lembrou que o presidente já decretou luto oficial de sete dias pela morte do papa. "Para nós católicos, nosso líder, o Papa, sua santidade. Para toda a humanidade, a figura maravilhosa da paz, da concórdia, do diálogo entre as religiões, da inclusão, do respeito, é uma vida de exemplos que fica para todos nós. E o Brasil tinha um enorme carinho com o Papa", disse Alckmin sobre o papa Francisco.

O ministro também foi perguntado sobre a agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que encontrou o líder da igreja católica em audiência reservada no ano passado, no contexto de conversas sobre a agenda de tributação de super-ricos - que atualmente é a proposta de compensação fiscal para o governo ampliar a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Sobre o tema, Alckmin disse ser importante que o País tenha boas políticas públicas para ajudar a vida dos que mais necessitam. "E levar essa verdadeira mensagem de fraternidade, de diálogo, não de prepotência, de força, mas do diálogo e da compaixão", afirmou.

"Amar ao próximo não é discurso. Amar ao próximo são atitudes, são propostas, são ações, que a fé sem obras é morta", disse o vice-presidente.