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Lula anuncia reunião ministerial na próxima semana e outra com governadores

Política
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Após anunciar os nomes de 16 novos ministros, o presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira, 29, que fará uma reunião ministerial na próxima semana, além de uma reunião com todos os governadores que também tomarão posse em 1º de janeiro.

"A construção do governo continua e vai continuar após a posse. Os companheiros indicados receberão estudos da transição e vão começar a trabalhar e montar suas equipes. Pretendo depois de dois ou três dias fazer reunião com todos os ministros e logo em seguida uma reunião com os governadores para fazer o levantamento dos principais projetos de infraestrutura educação e saúde", prometeu Lula.

Segundo ele, o governo federal quer compartilhar com os entes subnacionais recursos para a retomada de obras. "Sempre aparece um pouco de dinheiro. Se a Receita Federal trabalhar muito, ela pode arrecadar um pouco mais. Temos mais de 3 mil obras paradas, muitas creches, muitas residenciais do Minha Casa Minha Vida, muitas estradas. Vamos começar o governo trabalhando para gerar emprego, pagar salário e distribuir renda", completou.

Lula voltou a dizer que os ministros indicados receberão um "país destruído", e pediu que todos trabalhem bastante para reativar políticas que teriam sido desmontadas pelo atual governo. "Por favor, sejam o mais democratas possível na montagem do governo, com pessoas com competência técnica. No meu governo, não há medo de escolher políticos, porque fora da política não se acha solução para nada", acrescentou.

O presidente ainda comparou a montagem de seu ministério com a escalação da Seleção Brasileira por Tite para a Copa do Mundo deste ano. "Certamente nem todo mundo gostou do ministério. A escolha do Tite foi unânime na imprensa esportiva, não houve nenhum senão, todos disseram que Tite escolheu seleção perfeita. Achavam que a gente ia ganhar a Copa e deu no que deu. Messi com 35 anos ganhou o título de melhor jogador da Copa e certamente será eleito novamente o melhor do mundo. Quero que vocês ganhem essa copa e que a gente receba o título de melhor governo do mundo", brincou.

Lula encerrou convidando a população a participar da festa da posse no dia 1º de janeiro, apesar do clima de tensão na capital federal após ocorrências de terrorismo causadas por apoiados do presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas. "Todos estão convidados para a posse. Não fiquem preocupados com barulho. Quem perdeu fique quietinho, e nós que ganhamos a eleição vamos fazer uma grande festa", concluiu.

Em outra categoria

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.

Lilian Moreno Cuéllar, juíza distrital de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, anulou nesta quarta, 30, a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por estupro e tráfico de pessoas, em um caso relacionado ao abuso de uma menor durante seu mandato. "Fica sem efeito qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão", diz a decisão judicial.

Lilian também determinou a suspensão de qualquer investigação sobre o caso, que corre em Tarija, no sul da Bolívia, e ordenou que o processo seja enviado para Cochabamba - onde Evo tem forte respaldo político e social.

Em outubro, o Ministério Público havia pedido a prisão do ex-presidente boliviano, de 65 anos, que desde então se refugiou em seu bastião político na região cocaleira do Chapare. De acordo com o MP, Evo começou um relacionamento com uma jovem de 15 anos em 2015, quando ele era presidente, e os pais dela consentiram com a união em troca de benefícios. A relação resultou no nascimento de uma filha, um ano depois. A jovem foi posteriormente identificada como Noemí Meneses, que hoje estaria com 25 anos.

Reação

A ordem judicial provocou reação dos críticos de Evo, em razão do histórico de Lilian, que entre 2012 e 2016 trabalhou no Serviço Nacional de Impostos e depois na Companhia Ferroviária Nacional (Enfe).

Lilian foi nomeada juíza pouco antes de Evo deixar o poder, em 2019, o que acabou levantando questionamentos sobre um conflito de interesses e acusações de proteção política ao ex-presidente boliviano.

Evo está inelegível desde 2023, quando a Justiça eleitoral vetou a reeleição indefinida - Evo foi presidente por quatro mandatos. Em fevereiro, no entanto, ele desafiou a sentença e anunciou sua candidatura presidencial nas eleições de 17 de agosto.

Ele se tornou opositor do atual presidente Luis Arce, transformado em desafeto e chamado de "traidor", depois que ambos desataram uma guerra pelo controle do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Em março, o ex-presidente fundou seu próprio partido, o Evo Povo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista sueco Joakim Medin, preso em março após sua chegada à Turquia, foi condenado ontem a 11 meses de prisão por "insultar o presidente" turco, Recep Tayyip Erdogan, durante um protesto ocorrido em Estocolmo. A condenação foi suspensa logo em seguida, mas ele continuará detido por outra acusação, a de "pertencer a uma organização terrorista".

O repórter do jornal sueco Dagens ETC participou da audiência por videoconferência de sua cela na prisão de Silivri, oeste de Istambul. A Justiça turca o acusa de ter participado, em janeiro de 2023, de uma manifestação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em Estocolmo, capital sueca, durante a qual foi pendurado um boneco de Erdogan de cabeça para baixo, algo que o jornalista nega desde o início.

Medin reafirmou nesta quarta, 30, "não ter participado desse evento". "Eu estava na Alemanha a trabalho. Nem sabia dessa manifestação", declarou. Durante a audiência, o tribunal exibiu fotos tiradas em outra reunião, em agosto de 2023, em Estocolmo, quando a Turquia ainda bloqueava a entrada da Suécia na Otan.

"Nunca tive a intenção de insultar o presidente. Eu tinha a tarefa de escrever os artigos, e foram meus editores que escolheram as fotos", disse o repórter, destacando que Erdogan é "uma figura central" exibida nesses protestos.

Medin, de 40 anos, foi preso em 27 de março ao chegar à Turquia, onde iria cobrir as manifestações desencadeadas pela prisão, em 19 de março, do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal adversário político do presidente.

Violações

O jornalista relatou múltiplas violações de seus direitos básicos durante os estágios iniciais de sua detenção, incluindo o direito de acesso a um tradutor, a um advogado e a serviços consulares. Medin foi acusado de pertencer a uma organização terrorista, crime que poderia lhe render até nove anos de prisão e será julgado posteriormente, em data a ser definida.

Essa acusação baseia-se em publicações nas redes sociais, artigos e livros escritos "unicamente no âmbito de seu trabalho jornalístico", disse Baris Altintas, diretora da ONG turca de direitos humanos MLSA, que o representa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.