Zema, Leite e Ratinho Jr. apoiam fim da reeleição; Senado debate proposta

Política
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Os governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Romeu Zema (Novo), de Minas; e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, demonstraram apoio à proposta discutida no Senado que prevê acabar com a reeleição para cargos de presidente, governador e prefeito e ampliar o mandato para cinco anos. Todos os três foram reeleitos em 2022.

A medida é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nesta semana, o relator do Código Eleitoral, senador Marcelo Castro (MDB-PI), apresentou aos líderes partidários três sugestões de Propostas de Emendas à Constituição (PEC) para acabar com a reeleição. Segundo ele, os líderes receberam as propostas positivamente.

Os três governadores participaram da abertura da 10.ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Porto Alegre, nesta quinta-feira, 29, mas deixaram claro que opinaram de forma pessoal e não em nome da entidade.

Zema disse ter conversado com Pacheco recentemente sobre o tema e afirmou que o senador é adepto da ideia de unificar as eleições, o que significa a realização de um pleito a cada cinco anos. "Na minha opinião, o processo fica muito mais bem estruturado, produtivo, e acho que temos vivido política demais e precisamos executar mais em vez de ficar envolvidos com questões eleitorais", afirmou Zema.

'Equilíbrio'

"Eu gosto da ideia de cinco anos (para o Executivo). Talvez oito seja muito. Acho que cinco é o equilíbrio para o governante poder implantar um projeto de desenvolvimento da sua cidade, Estado ou país", disse Ratinho Júnior, que ressalvou não conhecer a proposta atualmente em debate no Senado.

Leite disse considerar "positiva" a discussão, mas afirmou que os modelos eleitorais têm prós e contras e citou outras medidas que aperfeiçoariam o sistema brasileiro na visão dele, como a volta do financiamento empresarial de campanhas e a diminuição do número de partidos.

Para ele, eleições a cada dois anos prejudicam a capacidade administrativa dos governos estaduais e prefeituras por causa das restrições impostas pela legislação para impedir que a máquina pública seja utilizada para favorecer candidatos que tentam se reeleger.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O líder do grupo libanês Hezbollah, Naim Kassem, disse neste sábado que, se os ataques de Israel ao Líbano continuarem e o governo libanês não agir para detê-los, o grupo acabará recorrendo a outras alternativas. O comentário foi feito um dia depois de Israel lançar um ataque à capital do Líbano pela primeira vez desde que um cessar-fogo encerrou a última guerra entre Israel e o Hezbollah em novembro. O ataque a Beirute ocorreu horas depois de dois foguetes terem sido disparados do Líbano em direção a Israel. O Hezbollah negou tê-los disparado.

"Nós cumprimos totalmente e não temos presença ao sul de Litani, mas Israel não cumpriu. Israel está realizando agressões todos os dias", disse Kassem em discurso televisionado na noite de sábado.

Kassem deveria fazer seu discurso na sexta-feira para marcar o Dia de Jerusalém, que geralmente é realizado na última sexta-feira do mês sagrado muçulmano do Ramadã. No entanto, foi adiado por causa dos ataques aéreos israelenses em diferentes partes do Líbano, incluindo um subúrbio da capital.

"Esses (ataques israelenses) não são violações. Eles são uma agressão que ultrapassou todos os limites", completou, acrescentando ainda que Israel parece estar pressionando o Líbano a normalizar as relações com ele, um movimento que o Hezbollah rejeita totalmente. "Israel não obterá em tempos de paz o que não foi capaz de obter na guerra", afirmou. "Que todos saibam que esta resistência (Hezbollah) está presente e pronta e, ao mesmo tempo, comprometida com o acordo."

Não houve resposta imediata das autoridades israelenses. Fonte: Associated Press.

O Hamas disse neste sábado que aceitou uma nova proposta de cessar-fogo em Gaza, feita pelo Egito e pelo Catar. No entanto, Israel afirmou ter feito uma contraproposta em "coordenação total" com o terceiro mediador, os Estados Unidos.

No início da semana, o Egito fez uma proposta para colocar o cessar-fogo de volta no eixo, após Israel retomar os ataques. Não ficou imediatamente claro se a proposta mudou antes de Khalil al-Hayyah, o líder do Hamas em Gaza, anunciar que havia sido aceita.

Segundo uma fonte egípcia ouvida pela Associated Press, o acordo consistiria na libertação de cinco reféns pelo Hamas, incluindo um americano-israelense, de Gaza, em troca de Israel permitir a entrada de ajuda no território e uma pausa de uma semana nos combates. Israel libertaria centenas de prisioneiros palestinos.

No sábado, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não deu detalhes sobre a contraproposta de Israel, que disse ter sido oferecida após Netanyahu ter realizado consultas na sexta-feira. Também no sábado, Israel ampliou suas operações terrestres na cidade de Rafah, no sul de Gaza, perto da fronteira com o Egito. Fonte: Associated Press.

O Governo de Unidade Nacional paralelo de Mianmar (NUG, na sigla em inglês), que coordena a luta popular contra os militares no poder, anunciou hoje um cessar-fogo parcial unilateral para facilitar os esforços de socorro ao terremoto. O anúncio informa que a Força de Defesa do Povo, seu braço armado, fará uma pausa de duas semanas nas operações militares ofensivas a partir de domingo nas áreas afetadas pelo terremoto.

O comunicado afirmou ainda que "colaboraria com a ONU e organizações não governamentais para garantir a segurança, o transporte e o estabelecimento de acampamentos temporários de resgate e médicos" nas áreas que controla. "Apelamos a todos os grupos étnicos e cidadãos para cooperar ativamente com o NUG e as forças revolucionárias no fornecimento de resgate de emergência abrangente e assistência de socorro às vítimas do terremoto", completou o anúncio.

O plano representa um desafio político aos militares, que restringiram fortemente os esforços de ajuda para mais de 3 milhões de pessoas deslocadas pela guerra, mesmo antes do terremoto. Simpatizantes da resistência pediram que os esforços de socorro incorporassem ajuda transportada livremente para áreas sob o controle do Governo de Unidade Nacional.

Não houve comentários imediatos dos militares sobre o anúncio, que foi divulgado pouco antes da meia-noite (no horário local). A mídia independente de Mianmar relatou que os militares continuaram os ataques aéreos em áreas controladas pela resistência, mesmo após o terremoto. Fonte: Associated Press.