Datafolha: Gestão Tarcísio é boa ou ótima para 33% dos paulistanos e ruim ou péssima para 26%

Política
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A gestão do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) é considerada ótima ou boa por 33% dos entrevistados pela última pesquisa Datafolha, divulgada na segunda-feira, 11. São 37% os que consideram o governo como regular, e 26% os que o apontam como ruim ou péssimo. Já 3% da população não soube avaliar a gestão.

O levantamento foi realizado apenas na cidade de São Paulo nos últimos dias 7 e 8. Foram entrevistadas 1.090 pessoas com 16 anos ou mais e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Os dados obtidos revelam que consideram ótima ou boa a gestão de Tarcísio:

- 37% dos homens;

- 30% das mulheres;

- 38% da população com 60 anos ou mais;

- 18% dos jovens de 16 a 24 anos;

- 43% dos evangélicos;

- 87% dos eleitores do Partido Liberal (PL);

- 21% das pessoas que preferem o Partido dos Trabalhadores (PT).

O governo é considerado ruim ou péssimo por:

- 37% dos paulistanos que têm nível superior de ensino;

- 46% dos funcionários públicos;

- 41% das pessoas entrevistadas que têm renda de cinco a dez salários mínimos;

- 38% dos que têm renda superior a dez salários mínimos.

Apesar do alto índice de aprovação entre os aliados da capital paulista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a maior parcela dos entrevistados considera a gestão de Tarcísio mediana. O índice é um ponto percentual menor que o de agosto de 2023, quando 38% avaliou o governo como regular.

Na época do levantamento anterior, a gestão era considerada ótima ou boa por 30% dos paulistanos. Já para 27% deles, o governo era ruim ou péssimo. Considerando a margem de erro da pesquisa, as taxas de avaliação do governo são estáveis, mas a aprovação teve oscilação positiva.

Já em relação ao levantamento de abril de 2023, que entrevistou pessoas de 65 municípios do Estado, a aprovação caiu 11 pontos percentuais e a reprovação, que era de 11%, subiu 15 pontos.

Apadrinhado politicamente pelo ex-presidente, Tarcísio sinalizou, no início deste mês, uma possível saída de seu atual partido para integrar o PL. O governador disse que os convites de Bolsonaro "tocam lá no fundo do meu coração", mas não há movimento a ser feito "neste momento".

Eleito em 2022 com o apoio do ex-presidente, o governador mantém uma relação próxima com os bolsonaristas para se manter popular. No mês passado, ele esteve presente no ato convocado pelo aliado na Avenida Paulista que reuniu milhares de manifestantes em defesa do ex-presidente investigado pela Polícia Federal (PF) por suposta organização de golpe de Estado.

Na última semana, Tarcísio encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto de lei que prevê a criação de escolas cívico-militares. As instituições deste modelo compartilham o gerenciamento entre civis e militares, assemelhando-se à iniciativa de Bolsonaro durante sua gestão.

Já em relação à denúncia recebida, na última sexta-feira, 8, pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa das mortes provocadas por ações policiais na Baixada Santista, o governador disse que "a pessoa pode ir para a ONU, para a Liga da Justiça, para o raio que o parta, eu não estou nem aí".

Tarcísio ainda deve viajar para Israel, no próximo dia 18, em meio à crise diplomática causada pela fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto. Na sexta-feira, Bolsonaro também disse que foi convidado a visitar o país pelo próprio primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.

O departamento eleitoral de Cingapura anunciou neste sábado (3) que o Partido Ação Popular (PAP), do primeiro-ministro Lawrence Wong, ganhou as eleições gerais ao conquistar 82 cadeiras parlamentares. O resultado oficial, após término da contagem de votos, veio em linha com o que a contagem de uma amostra dos votos indicava mais cedo.

O PAP já tinha cinco assentos no Parlamento. Com a contagem de votos deste sábado, o partido passa a deter 87 cadeiras, de um total de 97. O Partido dos Trabalhadores, da oposição, manteve seus 10 assentos.

Assim, o governo do PAP - ininterrupto há 66 anos - foi prorrogado, dando um grande impulso a Wong, que assumiu como primeiro-ministro há um ano.

"Estamos gratos novamente pela sua forte confiança. Honraremos a confiança que nos deram trabalhando ainda mais por todos vocês", disse Wong em um discurso antes de o resultado oficial ser divulgado. (Fonte: Associated Press)