Gilmar sobre ação da PF contra Bolsonaro: 'Raramente tivemos avanços tão significativos'

Política
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 19, que os elementos colhidos pela Polícia Federal na investigação que apura uma suposta articulação golpista no entorno do então presidente Jair Bolsonaro são "muito convincentes". Para o ministro, as provas indicam que "de fato algo de muito ruim estava em marcha".

Gilmar e os outros dez ministros do STF serão responsáveis por julgar Bolsonaro se a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizar a denúncia criminal contra o ex-presidente.

"Eu, como observador da cena há muito tempo, raramente a gente teve avanços tão significativos. Saímos de especulações para provas. Assistindo àquilo que vocês têm divulgado, mais do que as coisas que leio no próprio tribunal, a propósito daquela reunião com os ministros em que os ministros militares falaram, [Augusto] Heleno [do GSI], Paulo Sérgio [da Defesa], fico admirado com os dados que a Polícia Federal conseguiu obter. São de fato muito convincentes de que algo de muito ruim estava em marcha", afirmou durante sua participação num evento em Brasília nesta terça-feira, 19.

Gilmar Mendes se refere à reunião filmada pelo Palácio do Planalto em julho de 2022 com a presença de Bolsonaro e diversos de seus ministros. No encontro, o então presidente afirmou que "não podemos deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado".

O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional à época, afirmou que a Abin iria "montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo". O próprio Bolsonaro pediu para seu ministro interromper sua fala neste momento e pediu que o assunto fosse discutido em particular para não ser vazado.

Já o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio, afirmou que "a comissão [eleitoral, organizada pelo TSE] é para inglês ver". Disse, ainda, que se sentia "na linha de contato com o inimigo".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 21, o desenvolvimento de um novo caça a jato de sexta geração, o F-47, que será produzido pela Boeing. Em evento na Casa Branca, o republicano destacou que o avião terá características inéditas e será o mais avançado já construído.

"Esse é um caça a jato de nível seis. Nunca vi algo parecido", afirmou o presidente, acrescentando que o novo caça terá "números que ninguém nunca viu antes" e uma velocidade "impressionante".

O contrato para a produção do F-47 foi concedido à Boeing após uma "rigorosa competição" entre empresas aeroespaciais norte-americanas. Trump ressaltou que o avião será construído ainda durante seu governo, mas evitou revelar detalhes sobre o preço, alegando que isso poderia expor tecnologias sensíveis.

O novo caça faz parte do programa "Nova Geração de Dominação Aérea" das Forças Armadas dos EUA. Pete Hegseth, secretário de Defesa dos EUA, destacou que o F-47 envia uma mensagem clara tanto aos aliados quanto aos adversários dos Estados Unidos. "O F-47 diz aos nossos aliados que continuaremos ao lado deles e aos nossos inimigos que estamos 'atentos'", afirmou, classificando o anúncio como "um grande dia para os EUA e para o mundo todo".

Trump também revelou que o caça operará em conjunto com drones, uma tecnologia que ele descreveu como revolucionária. "Esse avião não voa por si só, ele voa com muitos drones", disse o presidente dos EUA.

No entanto, ele manteve um tom de mistério em relação ao projeto, afirmando que o F-47 ainda é "um segredo, em sua maioria", e que por isso não será mostrado publicamente em detalhes.

O presidente dos EUA ainda mencionou o interesse de aliados internacionais em adquirir o novo caça. "Até nossos aliados também quererão comprar um caça desses", afirmou Trump, que reforçou a importância estratégica do F-47 para a defesa e a indústria militar dos EUA. "Nada no mundo chega perto disso", concluiu.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que a influência do país sobre a situação atual na Ucrânia é essencial para a estabilidade global. Durante evento na Casa Branca para apresentação de novo caça das Forças Armadas, ele expressou otimismo em relação a um possível fim do conflito Rússia-Ucrânia.

"Um cessar-fogo completo na Ucrânia virá muito em breve", declarou Trump. "Sem os EUA, Vladimir Putin não estaria preocupado com a situação atual na Ucrânia", afirmou o republicano.

Segundo Trump, o presidente russo não se importaria com o fim do conflito caso ele não estivesse "liderando as negociações" por um cessar-fogo completo e imediato na região.

Otan

Trump também criticou o que chamou de "desequilíbrio financeiro" dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Ele afirmou que, antes de sua segunda gestão, os EUA arcavam com a maior parte dos custos da aliança militar.

"Os EUA pagavam o custo de quase todos os países da Otan até eu chegar", disse Trump, destacando que seu governo pressionou os membros da aliança a aumentar seus investimentos em defesa. "A Otan é forte, mas devem nos tratar de maneira justa", completou.

O chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (Doge) e CEO da Tesla, Elon Musk, visitou o Pentágono nesta sexta-feira (21) e, de acordo com um oficial, discutiu sobre a China e tecnologia no Departamento de Defesa, onde ficou por cerca de 90 minutos. "É sempre uma ótima reunião. Eu já estive aqui antes, você sabe", disse o bilionário ao sair do local.

Após o encontro com o secretário de Defesa, Pete Hegseth, os dois representantes da administração do presidente americano, Donald Trump, apertaram as mãos e Musk disse: "Se houver algo que eu possa fazer para ajudar, eu gostaria de encontrá-lo".

De acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, Musk iria receber um briefing ultrassecreto sobre a China, após uma solicitação feita por ele mesmo. Ele tem uma autorização de segurança, mas não está na cadeia de comando militar. Fonte: Dow Jones Newswires.