Saiba quais são as medidas cautelares que Mauro Cid pode ter descumprido

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso nesta sexta-feira, 22, por descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A prisão de Cid se deu após a audiência com o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. O militar fora intimado a esclarecer as acusações que fez à Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal em áudios divulgados pela revista Veja na quinta-feira, 21. Nas declarações, ele diz que investigação da PF é uma "narrativa pronta" e que o ministro do STF já tem a sentença dos investigados.

Contudo, o Supremo não informou quais das medidas cautelares foram descumpridas pelo acusado. Elas foram impostas em setembro do ano passado quando Moraes concedeu liberdade provisória à Cid. Na decisão, são sete as determinações que o tenente-coronel deveria respeitar:

- Uso de tornozeleira eletrônica e limitação para sair de casa aos finais de semana e à noite;

- Afastamento das funções do cargo no Exército;

- Comparecimento semanal à Comarca de origem todas as segundas-feiras;

- Proibição de deixar o país e cancelamento de todos os passaportes;

- Suspensão de documentos de porte de arma de fogo e de licenças de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC);

- Proibição de uso de redes sociais;

- Proibição de comunicar-se com os demais investigados, com exceção da esposa Gabriela Cid, a filha Beatriz Cid e o pai Mauro Lourena Cid.

Além da concessão de liberdade provisória, o ministro do STF também homologou a delação premiada do tenente-coronel no bojo do inquérito das milícias digitais e investigações sobre fraudes na carteira de vacinação do ex-presidente e suposto esquema de venda de presentes recebidos por Bolsonaro enquanto chefe de Estado.

Em relação ao acordo, a Corte informou que a validade da delação, em que Cid apontou Bolsonaro como o mandante das fraudes no sistema do Ministério da Saúde e a existência de reuniões golpistas entre o ex-presidente e as Forças Armadas, "está sob análise".

Sobre os áudios, a defesa do militar alegou que as declarações são "meros desabafos" do investigado. "Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios", disse em nota o advogado Cezar Bittencourt.

Em outra categoria

A Casa Branca manifestou que há progressos no desenrolar das negociações para um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. "Estamos na linha de 10 jardas da paz com a Rússia e a Ucrânia", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, dia 17. No futebol americano, a linha de 10 jardas é uma marcação no campo que separa cada tentativa de avanço do time de ataque. Karoline Leavitt também confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversará na terça-feira, 18, com o homólogo russo, Vladimir Putin.

A Casa Branca refutou a ideia de devolver a Estátua da Liberdade, como sugeriu um político francês, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. "É graças aos EUA que a França não fala alemão hoje", disse a representante em coletiva nesta segunda-feira, 17.

O político de centro-esquerda francês Raphael Glucksmann defendeu o retorno da icônica estátua para a França durante uma convenção de seu movimento de centro-esquerda Place Publique no domingo, 16.

Na visão do político, os EUA não representam mais os valores que levaram a França a oferecer a estátua, que foi inaugurada no porto da cidade de Nova York em 1886 para o centenário da Declaração de Independência americana como um presente do povo francês.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".